Pronunciamento de Romero Jucá em 07/07/2004
Discurso durante a 98ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Importância do Comércio Internacional para o desenvolvimento do país.
- Autor
- Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
- Nome completo: Romero Jucá Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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COMERCIO EXTERIOR.:
- Importância do Comércio Internacional para o desenvolvimento do país.
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/07/2004 - Página 21469
- Assunto
- Outros > COMERCIO EXTERIOR.
- Indexação
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- ELOGIO, GOVERNO FEDERAL, POLITICA, COMERCIO EXTERIOR, AMPLIAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, BRASIL, MERCADO INTERNACIONAL, IMPORTANCIA, VIAGEM, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
- COMENTARIO, ATUAÇÃO, CAMARA DE COMERCIO, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), BALANÇO, ATIVIDADE, PROMOÇÃO, EXPORTAÇÃO, CONSULTORIA, COMERCIO EXTERIOR.
O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, entre os vários acertos do Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva existe pelo menos um que virtualmente conseguirá a unanimidade da Situação, da Oposição e da opinião pública nacional. Refiro-me ao comércio internacional.
Desde a posse do novo Governo tornou-se extremamente claro o efetivo empenho do Presidente Lula e seus Ministros, no sentido de incrementar a presença brasileira nos mercados internacionais. E isso a partir de uma constatação que não é nova, mas que jamais, nas últimas décadas, havia sido enfrentada com tanta determinação: a insignificante participação de nosso País no comércio entre as nações.
Seja a oitava ou a décima quinta economia do mundo - no caso, isso não importa -, mas dispondo de um setor primário forte e em expansão consistente, de um parque industrial invejável diante do conjunto das nações que formam o nosso subcontinente e de serviços compatíveis com os países mais avançados, é inexplicável que o Brasil tenha a participação de apenas 1% no comércio mundial.
Daí a correta atitude do Governo de utilizar ações coordenadas e agressivas para desenhar aquilo que o Presidente da República chamou de “nova geografia comercial”. E para isso a Administração não tem poupado esforços. Ainda nesta semana politicamente tumultuada, o Presidente Lula arrumou tempo para uma rápida viagem a Nova Iorque, para apresentar a cerca de 500 empresários as potencialidades de nosso País e as formidáveis oportunidades de negócios existentes no Brasil.
Faço essa introdução, Sr. Presidente, para logo ingressar no tema deste pronunciamento, que é justamente a Câmara de Comércio Americana - AMCHAM, que tem base em São Paulo, mas também está presente em Campinas, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e aqui, no Distrito Federal.
Em atividade há 85 anos, a AMCHAM tem prestado uma contribuição decisiva para o comércio bilateral, funcionando como um importante e sensível radar das tendências e das possibilidades do constante incremento das trocas comerciais entre os nossos dois países. Fundada no ano de 1919, em mais de oito décadas de funcionamento, a Câmara de Comércio, no início de 2004, contava com mais de 5.500 associados, destacando-se majoritariamente as empresas brasileiras, que respondem por 73% do quadro social, e as norte-americanas, com 21%. Participam dessa associação sem fins lucrativos mais de 600 outras empresas de distintas nacionalidades.
Sob a égide da Câmara de Comércio, sempre disposta a manter em seu calendário uma intensa e pragmática programação, no ano passado representantes dos primeiros escalões do Governo do Brasil e dos Estados Unidos, mantiveram contato, receberam propostas e ouviram as principais preocupações do empresariado.
Um rápido balanço de suas atividades durante o último exercício revelam um conjunto positivo de iniciativas. Em parceria com a Agência de Promoção às Exportações - Apex, dentro do projeto Destino Exportador - U.S.A., foram realizados seminários em São Paulo, Belo Horizonte, Caxias do Sul, Porto Alegre, Curitiba e Recife. Além disso, teve continuidade o trabalho de consultoria direta a empresas que começam a se envolver com o comércio exterior.
Um outro ponto das atividades de 2003 a merecer destaque é o diálogo com parlamentares e autoridades federais e estaduais paulistas, com a participação intensa de colegas Senadores e Deputados Federais.
Quero igualmente destacar, Sr. Presidente, o trabalho desenvolvido pelo Grupo Estratégico de Economia da AMCHAM, que criou um novo índice para acompanhamento dos negócios. Trata-se do Business Climate Indicator, ou indicador do ambiente para negócios, capaz de medir a percepção dos investidores sobre a atratividade do País. Uma primeira descoberta dessa sondagem mostrou que, entre os principais entraves para uma maior inversão externa, estão a precariedade da infra-estrutura logística, as dúvidas sobre o marco regulatório e os problemas de segurança pública.
São informações de grande pertinência e valia para os estrategistas do Governo brasileiro, que, assim, poderão trabalhar mais objetivamente na criação e consolidação de um clima de direito e de fato propício aos negócios.
Enfim, Sr. Presidente, congratulo-me com os dirigentes e associados da Câmara Americana de Comércio, pelo excelente trabalho que vêm realizando em benefício das relações entre nossos países, esperando que o volume de negócios percorra sempre uma curva ascendente, de modo a ampliar a geração de riquezas para todos os parceiros, o que seguramente se vai refletir na qualidade de vida dos cidadãos de nossas sociedades.
Era o que eu tinha a dizer.
Muito obrigado.