A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje é um dia importante. Diria eu - até mesmo - que é um dia especial. Estamos prestes a ‘fechar um importante ciclo’.

Explico, Sr. Presidente: o ano de 2004, com eleições municipais no segundo semestre, nos forçou positivamente a um ano extremamente produtivo. 2004 já é um ano marcado por muito esforço, muito trabalho, em verdade, muito esforço político, que já se pode classificar num 1º semestre de comprovações.

As dúvidas e questionamentos em relação aos rumos de nosso Governo, que entendemos serem os mais adequados, foram diariamente (e ainda continuam sendo) duramente combatidos, questionados e, em alguns momentos, vilipendiados e menosprezados. Mas imputamos estes posicionamentos ao “trabalho parlamentar”. A mim não cabe realizar julgamentos.

Tivemos ao longo deste primeiro semestre os embates mais reveladores da força da democracia brasileira. Os embates aqui travados reforçaram (ainda mais) nossas crenças, nossa esperança - aquela vencedora do medo - de que o País caminha firmemente para um novo patamar na direção do almejado desenvolvimento sustentado.

Bem sei dos nossos problemas, das dificuldades ainda existentes em nosso País. Quando falo “nossos problemas”, refiro-me, naturalmente, a todos nós parlamentares, à sociedade, ao Governo, ao País. Somente se encontrarão alternativas para todo o leque de restrições sociais quando um verdadeiro pacto se conformar neste País! Penso todavia, que o Governo Lula tem dado demonstrações inequívocas de que uma etapa fundamental de nosso desenvolvimento teve a sua base constituída em 18 meses. Os números falam por si!

Não ficarei aqui a listar os importantes projetos aprovados pelo Congresso Nacional, nem falar das reformas históricas.

Optei por retirar da mídia de hoje notícias que dão base à argumentação aqui apresentada:

08/07/2004 - Gazeta Mercantil

 Preços agrícolas desaceleram e IGP-DI agora sobe menos

São Paulo, 8 de Julho de 2004 - A alta foi de 1,29% em junho, com elevação de 1,57% no atacado. Os preços dos alimentos tiveram as maiores influências na desaceleração do Índice Geral de Preços no conceito de Disponibilidade Interna (IGP-DI) em junho, que recuou de 1,46%, registrado em maio, para 1,29%, uma queda de 0,17 ponto percentual. O resultado do mês passado ficou dentro das expectativas do mercado.

08/07/2004 - Gazeta Mercantil

Saneamento para 56 municípios do estado

São Luís, 8 de Julho de 2004 - O governo do Maranhão e a Caixa Econômica Federal assinaram nesta semana, em São Luís, ordem de serviço para obras de melhoria sanitária domiciliar e sistemas de abastecimento de água potável em 56 municípios. As obras fazem parte do Projeto Alvorada - desenvolvido em parceria pelos governos federal e estadual. "Com esse trabalho, vamos beneficiar mais de um milhão de habitantes, o que contribuirá para elevar os indicadores sociais do estado", afirma o gerente de Desenvolvimento de Cidades e Municípios, Arnaldo Melo.

Os investimentos federais para o Maranhão chegam a R$ 91 milhões. Eles foram liberados pelo Ministério das Cidades e são provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) e de outros fundos. No total, o governo federal liberou R$ 432,25 milhões para financiar obras de saneamento também nos Estados do Acre, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

08/07/2004 - Gazeta Mercantil

Uso da capacidade instalada bate recorde em maio, diz a CNI

Brasília, 8 de Julho de 2004 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para cima a previsão de expansão do PIB brasileiro e do PIB industrial. A taxa de crescimento prevista para a economia em 2004 passou de 3,5% para 4% e a da indústria aumentou de 4,5% para 4,8%. O ajuste foi anunciado ontem durante a divulgação do recorde na utilização da capacidade instalada do setor industrial em maio, que atingiu 82,5% - o mais alto nível desde 1992, ano de início da série histórica de indicadores da CNI. Com essa utilização, a indústria brasileira superou o ritmo de produção verificado em 2000.

03/07/2004 - Veja

Conjuntura 
Vitória da superação

“...a rentabilidade (das 500 maiores empresas em operação no Brasil, que representam 69% do PIB) saltou de 0,8% em 2002 para 12,4% no ano passado. Como mostra a edição Melhores e Maiores da revista Exame, que, assim como VEJA, é publicada pela Editora Abril, as 500 maiores empresas do Brasil lucraram 21 bilhões de dólares em 2003. O resultado financeiro é 1 000% melhor que o contabilizado no ano anterior.”

03/07/2004 - Época

Tigre amazônico (DVDs, celulares e TVs põem o Amazonas na liderança do crescimento industrial no país)

MURILO RAMOS

A empolgação da classe média com o consumo de produtos eletrônicos, como aparelhos de DVD, telefones celulares e televisores de tela plana, colocou a Zona Franca de Manaus na ponta da indústria brasileira. As empresas instaladas no local aumentaram a produção e deram ao Estado do Amazonas o título de líder do crescimento industrial no Brasil em 2004. De janeiro a abril, a expansão ali foi de 15,7%, enquanto em São Paulo, no segundo lugar, não passou de 8,4%. O crescimento injetou dinheiro na economia do Estado e gerou empregos: o número de postos de trabalho subiu 7% e a renda dos trabalhadores da indústria aumentou 14%.

08/07/2004 - Correio Braziliense

Sobem as vendas da indústria

Fábricas acumulam crescimento de 14% nos negócios realizados de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período de 2003. Uso da capacidade produtiva é de 82,5%, a maior desde 1992

E ainda:

De acordo com o balanço da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as vendas da indústria cresceram em maio 1,76% sobre abril e 20,33% sobre maio do ano passado. Nos primeiros cinco meses de 2004, o crescimento acumulado é de 14,67%.

Notícias desta natureza se repetem a cada dia. Ratifico: sei muito bem dos nossos problemas!! Mas não me apegarei a eles. Fico com notícias como estas que acabo de ler neste Plenário, de ler para o Brasil.

É importante mostrarmos que o caminho está definido.

Temos direção. Temos políticas públicas. Temos comando.

Obrigada a todos. E bom descanso!