O SR. JOÃO RIBEIRO (PFL - TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, trago, para registro nos Anais desta Casa, dois grandes acontecimentos folclóricos que ocorreram neste mês de agosto no meu querido Estado de Tocantins.

Refiro-me, primeiramente, às Cavalhadas de Taguatinga, tão bem administrada pelo meu ilustre amigo Paulo Roberto, seu grande Prefeito, realizadas nos dias 12 e 13, com a presença do Governador Marcelo Miranda, que reúne, ano a ano, o povo daquela cidade, que atua na grande encenação. É uma festa que se tornou tradição no Brasil, como herança deixada pelos portugueses e espanhóis, onde são representadas as batalhas que ocorreram no período das cruzadas, no ano de 800 Depois de Cristo, entre cristãos e mouros.

A encenação das Cavalhadas, que é realizada na cidade desde a década de 20, faz parte dos festejos de Nossa Senhora D’Abadia, santa padroeira de Taguatinga, com a realização de missas, procissões, festas e shows, que compõem o lado profano e sagrado dessa festa religiosa.

A outra festa folclórica, um verdadeiro acontecimento religioso que merece destaque, é a romaria do Nosso Senhor do Bonfim, que reúne anualmente cerca de 80 mil pessoas em Natividade e no Povoado de Bonfim, onde acontece sempre esse grandioso festejo. Trata-se da maior manifestação religiosa popular do Tocantins, que se encerra no dia de hoje e que tem seu ponto alto no dia do Senhor do Bonfim, dia 15 de agosto.

A festividade contou com a presença do Governador Marcelo Miranda e com o apoio do Governo do Estado por meio da Fundação Cultural do Estado, cuja presidente é a Professora Meire.

Não existe memória sobre a data exata, mas se estima que os festejos começaram no Século XVIII, quando a imagem foi encontrada naquela localidade. Com o passar do tempo, a memória acabou por se transformar numa emocionante celebração da fé tocantinense. Centenas de peregrinos chegaram a percorrer mais de 200 quilômetros entre sua cidade e o Povoado do Bonfim, uma verdadeira festa de romaria.

Essas festas dão uma idéia da fé e da força do povo tocantinense, que valoriza suas raízes e que se mantém firme na busca da sua integração territorial e espiritual.

Fica aqui, Sr. Presidente, o meu registro sobre essas duas festas fantásticas, que se tornaram grande tradição dos religiosos, das pessoas que crêem em Deus, no meu querido Estado do Tocantins.

Muito obrigado.