Discurso durante a 118ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Anúncio do Ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento, de edição de medida provisória para liberar recursos para a continuação das obras da ponte que ligará a ilha de São Luís ao continente e reparos da ponte do Estreito do Mosquito.

Autor
João Alberto Souza (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MA)
Nome completo: João Alberto de Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES. CALAMIDADE PUBLICA.:
  • Anúncio do Ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento, de edição de medida provisória para liberar recursos para a continuação das obras da ponte que ligará a ilha de São Luís ao continente e reparos da ponte do Estreito do Mosquito.
Publicação
Publicação no DSF de 26/08/2004 - Página 27650
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES. CALAMIDADE PUBLICA.
Indexação
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DO MARANHÃO, PRECARIEDADE, PONTE, LIGAÇÃO, MUNICIPIO, SÃO LUIS (MA), ESTADO DO MARANHÃO (MA), CONTINENTE.
  • REGISTRO, ATENDIMENTO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR), GESTÃO, ORADOR, ANUNCIO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), DISPONIBILIDADE, RECURSOS, CONSERTO, PONTE, RECUPERAÇÃO, RODOVIA, ESTADO DO MARANHÃO (MA).
  • DEFESA, IMPORTANCIA, INVESTIMENTO, REGIÃO NORDESTE, PREVENÇÃO, CALAMIDADE PUBLICA.

O SR. JOÃO ALBERTO SOUZA (PMDB - MA. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, agradeço a compreensão. Farei uma breve comunicação.

Por várias vezes, desta tribuna, falei a respeito da ponte do Estreito do Mosquito, que liga a Ilha de São Luís ao continente. Eu sempre viajo para a minha cidade natal, Bacabal, e, numa dessas viagens, ao passar por essa ponte, senti medo e me segurei ao cinto de segurança, pronto para abri-lo em caso de acidente.

Foi feito requerimento ao Ministro dos Transportes, em que se solicitava providências. Em junho, fiz outro pronunciamento e, até agora, nenhuma providência foi tomada.

No jornal O Estado do Maranhão, leio: “A ponte sobre o Estreito racha e deixa a ilha isolada”. A Ilha de São Luís está quase que completamente isolada, pois há hoje uma fila de dez quilômetros de viaturas. Repito: a Ilha de São Luís está quase completamente isolada, comprometendo inclusive seu abastecimento.

Ontem, em companhia do Senador Edison Lobão, da ex-Governadora Senadora Roseana Sarney, dos Deputados César Bandeira, Gastão Vieira, Costa Ferreira, Clóvis Fecury, Remi Trinta, Pedro Novais e Sarney Filho, estive com o Ministro dos Transportes, que nos atendeu muito bem e pareceu até muito prático. Fez uns telefonemas e acenou-nos com uma medida provisória que disponibilizaria R$10 milhões para o levantamento imediato da ponte que está em construção ao lado - obra parada há vários anos - e para o conserto da ponte atual. Ficamos satisfeitos, porque incluímos nessa medida a recuperação das rodovias esburacadas no Estado do Maranhão.

Dizia-me o empresário Adalberto Furtado: “Senador, como fica a história da responsabilidade fiscal? Quem paga pelos nossos prejuízos - prejuízos anunciados?” Há pouco, o Senador Siqueira Campos falou no país pobre e no país rico. Eu falaria dos Estados que não se vêem. Os Estados do Nordeste são os que mais sofrem. Infelizmente, apenas se procura resolver os problemas quando há calamidade. Poderíamos ter evitado isso! Agora, numa situação de calamidade, vamos contratar firmas sem concorrência pública. Não sei o que poderá acontecer. Seria muito mais fácil prevenir. Mas não valeram os pronunciamentos e os discursos que aqui fizemos para evitar o que está acontecendo no Estado do Maranhão.

Todo o Nordeste sofre dessa doença. Só olhamos para aquela região em época de calamidade. Sabemos que haverá uma grande enchente. O inverno está chegando, mas vamos esperar as mortes e as enchentes para que o Governo chegue lá. E ele nunca chega e sempre estaremos a reboque das calamidades para tentar resolver os problemas do Nordeste.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, deixo novamente o meu protesto à Nação. Sei que muitos de meus Pares pensam do mesmo modo. Espero que o Brasil do amanhã seja mais atento e tenha mais dó da situação difícil por que passa aquela região.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/08/2004 - Página 27650