Discurso durante a 125ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Prejuízos para o Pólo Industrial de Manaus decorrentes da paralisação nas negociações entre o Brasil e a Argentina para exportação de eletrodomésticos brasileiros.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMERCIO EXTERIOR.:
  • Prejuízos para o Pólo Industrial de Manaus decorrentes da paralisação nas negociações entre o Brasil e a Argentina para exportação de eletrodomésticos brasileiros.
Publicação
Publicação no DSF de 09/09/2004 - Página 29135
Assunto
Outros > COMERCIO EXTERIOR.
Indexação
  • COMENTARIO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, GAZETA MERCANTIL, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), NOCIVIDADE, EFEITO, PARALISAÇÃO, NEGOCIAÇÃO, EXPORTAÇÃO, APARELHO ELETRODOMESTICO, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ARGENTINA, PREJUIZO, POLO INDUSTRIAL, MUNICIPIO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), RESULTADO, OMISSÃO, GOVERNO BRASILEIRO, SOLUÇÃO, PROBLEMA.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) -

Os Entendimentos Brasil-Argentina Estão Paralisados. Prejuízos para o Pólo Industrial de Manaus

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, está nos jornais: as negociações entre Brasil e Argentina para exportações de eletrodomésticos brasileiros estão paradas. O resultado se traduz em prejuízos para o Pólo Industrial de Manaus, pelo que já não há dúvida de que o assunto requer urgentes ações do Governo brasileiro.

Em vez disso - leio na Gazeta Mercantil, edição de 30 de agosto de 2004.), o Ministro Luís Fernando Furlan, da Indústria e Comércio Exterior, sai-se com esta peça, que só pode ser brincadeira: a indústria de Manaus precisa de maior divulgação!

Enquanto isso, informa o noticiário da Gazeta, as máquinas de lavar brasileiras estão paradas na fronteira, no aguardo das denominadas licenças não-automáticas desde julho. Já estamos em setembro. Aguardam licenças.

Por que não basta a ZFM fazer mais propaganda, como sugere ingenuamente (ou como quem quer tirar o corpo fora) o Ministro Furlan? É que, enquanto se espera - esperar o quê? e para quê? - a Argentina tem aberto portas pra outros países, como o México, um sério competidor do Brasil, para suprir a demanda.

Em outras palavras, a julgar pelas informações dos jornais, parece estar faltando mais ação das autoridades brasileiras, no curso dos entendimentos.

A propaganda é interessante, mas sozinha é muito pouca coisa. Até porque quem lê anúncio é o consumidor e o consumidor não está barrando a entrada dos eletros brasileiros na Argentina. O Governo argentino não lê anúncios nem tem tempo para isso. E são os Governos - argentino e brasileiro - que estabelecem normas para evitar as barreiras.

Segundo uma informação da coordenadora da Comissão de Comércio Exterior da Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), Maria Teresa Bustamante, a Argentina tem diversos acordos bilaterais que podem dar a terceiros países benefícios próximos aos acordos na formação do Mercosul.

Para ela, o problema não reside apenas no setor de eletroeletrônicos nem poderá ser solucionado por empresários dos dois países. Serão necessárias regras institucionais e jurídicas claras, a partir de decisões dos Governos.

Eis aí, Sr. Presidente, o quadro atual criado pelas restrições impostas pelo Governo Nestor Kirchner aos produtos brasileiros.

Com a palavra o Governo brasileiro. Enquanto é tempo.

Muito obrigado.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“As negociações entre Brasil e Argentina estão paradas, diz a Eletros.”


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/09/2004 - Página 29135