O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, uso o microfone neste instante para falar sobre as BRs federais em Rondônia.

Tenho passado semanalmente nas nossas rodovias e, há mais de um ano, a BR-364 encontra-se esburacada. Por mais que o Dnit se esforce, ainda não conseguiu resolver o problema. Há panelas e crateras, onde cabem praticamente um carro e, lamentavelmente, têm havido acidentes com vítimas.

Recentemente, o 5º BEC - Batalhão de Engenharia Civil - e empresas contratadas abriram os buracos, limpando-os, cortando-os e deixando suas laterais mais afiadas ainda. Isso corta os pneus, amassa as rodas e causa um prejuízo enorme à população.

Não é a primeira vez que uso a tribuna do Senado para falar sobre esse assunto. Infelizmente, o Dnit nacional e o Dnit estadual não têm tido competência para resolver esse problema de uma vez por todas. É lamentável que eu tenha de usar novamente o microfone do Senado para falar de assunto já tão antigo. Há algum tempo isso já deveria ter sido resolvido, mas faço esse pedido mais uma vez.

Sei que as obras estão sendo contratadas e que o BEC já está trabalhando no trecho entre Cacoal e Presidente Médici, mas, lamentavelmente, ainda não resolveu o problema. Logo virá o período de inverno. Virão as chuvas novamente, e as estradas ficarão cada vez piores. Começando a chover, as empresas e o 5º BEC não terão mais como trabalhar.

Então, mais uma vez, peço encarecidamente ao Dnit nacional, ao Ministério dos Transportes e ao Dnit de Rondônia que realizem, o mais rápido possível, esse trabalho, para que a nossa BR-364 seja recuperada e restaurada antes do período das chuvas.

Falo também da BR-429. Trata-se de uma outra BR federal em Rondônia, que liga Presidente Médici a Costa Marques, na fronteira com a Bolívia, passando por Alvorada, Terra Boa, São Miguel, Seringueira e São Francisco.

Ontem à noite, uma ponte que já estava com sérios problemas, foi incendiada. A ponte hoje está queimada. Fizeram um desvio, porque, no verão, o leito do rio fica bastante baixo, não sendo possível a passagem de carretas pesadas, carretas com combustível, mas apenas carros e caminhões leves. Dessa forma, a situação dessa ponte é muito séria, assim como a da rodovia. Sei que o Dnit está-se esforçando para resolver o problema, mas até o momento não obteve sucesso.

Peço, mais uma vez, tanto pela BR-429, rodovia tão importante para oito cidades do Estado de Rondônia, quanto pela BR-364, a espinha dorsal, o eixo, o corredor de exportação de soja de Mato Grosso. Grande parte da safra de soja está passando pela BR-429, com prejuízos incalculáveis. Uma carreta que transitava três vezes por semana, de Mato Grosso ao porto de Porto Velho, hoje está faz apenas uma viagem. Então, não pode mais persistir assim a situação das nossas BRs-364 e 429.

Falo aqui por um milhão e meio de rondonienses que têm nessas duas rodovias os principais eixos de escoamento da safra da produção de Rondônia e até do Brasil, porque 80% das mercadorias e produtos da Zona Franca de Manaus, para confecção de eletrodomésticos e outros aparelhos, passam pela BR-364, pelo porto de Porto Velho. Essa rodovia é de vital importância para o escoamento da nossa produção e de outros Estados do Brasil também.

Era o que tinha a dizer Sr. Presidente.

Muito obrigado.