Discurso durante a 139ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Recebimento da segunda edição de publicação intitulada "CNC Sicomércio - História e Evolução", editada pela Confederação Nacional do Comércio.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
LEGISLAÇÃO COMERCIAL.:
  • Recebimento da segunda edição de publicação intitulada "CNC Sicomércio - História e Evolução", editada pela Confederação Nacional do Comércio.
Publicação
Publicação no DSF de 14/10/2004 - Página 31165
Assunto
Outros > LEGISLAÇÃO COMERCIAL.
Indexação
  • REGISTRO, RECEBIMENTO, PUBLICAÇÃO, CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMERCIO (CNC), ANALISE, HISTORIA, ATUAÇÃO, SISTEMA, REPRESENTAÇÃO, SINDICATO, COMERCIO.
  • DEFESA, IMPORTANCIA, ENTIDADE, COMERCIO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ANALISE, ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, APRESENTAÇÃO, DADOS.
  • ELOGIO, SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL (SENAC), SERVIÇO SOCIAL DO COMERCIO (SESC), BENEFICIO, APERFEIÇOAMENTO, EXERCICIO PROFISSIONAL, ASSISTENCIA SOCIAL, ATUAÇÃO, CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMERCIO (CNC), LUTA, DESBUROCRATIZAÇÃO, MELHORIA, LEGISLAÇÃO, SIMPLIFICAÇÃO, SISTEMA TRIBUTARIO, SETOR, COMERCIO.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, recebi, recentemente, do Sr. Roberto Velloso, Chefe da Assessoria junto ao Poder Legislativo da Confederação Nacional do Comércio - CNC, gentil ofício encaminhando, em anexo, a 2ª Edição da publicação intitulada CNC Sicomércio - História e Evolução.

Com excelente tratamento gráfico e amplamente ilustrado, o pequeno livro reúne uma interessante gama de informações sobre essa importantíssima entidade, que reúne nada menos que 33 federações estaduais ou nacionais e 962 sindicatos, representando quase quatro milhões de empresas dos mais diversos segmentos do comércio.

Fundada em 4 de setembro de 1945, e reconhecida pelo Decreto n° 20.068, de 30 de novembro de 1945, a Confederação Nacional do Comércio é a entidade representativa, no plano nacional, dos direitos e interesses do comércio brasileiro.

A partir da fundação da CNC, em 1945, foram surgindo novas federações e sindicatos, que passaram a compor o sistema confederativo da representação sindical do comércio. Esse sistema ganhou identidade própria, sob a sigla Sicomércio, em reuniões das Federações patrocinadas pela CNC, a partir de 1990. Essas reuniões resultaram na expedição das primeiras normas reguladoras do sistema.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, para que se tenha uma adequada percepção do porte da Confederação Nacional do Comércio, da sua dinâmica de funcionamento e da importância da entidade para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, é interessante observar sua estrutura organizacional de forma piramidal.

Na base da pirâmide estão grandes, médias, pequenas e microempresas dos vários segmentos do comércio. São cerca de 3 milhões e 900 mil empresas, as quais empregam, diretamente, cerca de 25 milhões de brasileiros. Essas empresas organizam-se em torno de sindicatos, liderados por pessoas que - a par de se dedicarem a seus negócios particulares - têm sido capazes de defender suas categorias econômicas, unindo-as em torno da defesa de pontos importantes para a sobrevivência de cada empresário como empreendedor e empregador de uma vasta mão-de-obra.

Esses sindicatos representativos do comércio somam hoje nada menos que 963 em todo o País, estruturados - alguns em âmbito municipal, outros com abrangência estadual - e ocupando importantes espaços sociopolíticos nos mais de cinco mil Municípios brasileiros.

No centro da pirâmide do Sistema CNC, e reunindo aqueles mais de 900 sindicatos, estão as grandes federações estaduais ou nacionais. São, ao todo, 33 federações, sendo 27 de âmbito regional e seis de âmbito nacional. A existência de federações de âmbito nacional explica-se pela realidade de certos segmentos do Comércio no Brasil - a exemplo dos despachantes aduaneiros, das empresas de segurança e vigilância, dos hotéis e outros - que têm como principal interlocutor o Governo Federal, o qual mantém esses segmentos sob seu controle direto. Nesses casos, o âmbito das federações é necessariamente nacional, sob a coordenação direta da CNC.

No topo dessa imensa pirâmide de forças econômicas, que juntas movimentam algo em torno de 40% do Produto Interno Bruto do Brasil, está a nossa Confederação Nacional do Comércio - CNC.

Além de representar, há quase 59 anos - e sempre com exemplar transparência e seriedade -, essa parcela tão importante da economia brasileira junto ao Poder Executivo, ao Legislativo e ao Judiciário, no plano institucional, jurídico e econômico, a Confederação Nacional do Comércio é também responsável pela administração de um dos maiores - se não o maior - programas de desenvolvimento social do mundo, o qual hoje beneficia cerca de 50 milhões de brasileiros a cada ano. Refiro-me, evidentemente, ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac, e ao Serviço Social do Comércio - Sesc.

O Senac, como se sabe, ministra, em todo o País, várias centenas de diferentes cursos de reciclagem ou aperfeiçoamento profissional para todos os segmentos do comércio - do atacado e varejo até hotelaria, informática, enfermagem, moda, higiene e alimentação -, atuando desde a aprendizagem básica das profissões até, em alguns casos, o nível de pós-graduação.

O Sesc, por seu turno, leva a milhões de comerciários brasileiros e suas famílias atendimento médico e odontológico preventivo, desenvolvimento físico e esportivo, educação básica, lazer e cultura; enfim, a plena cidadania.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em um plano mais amplo, a Confederação Nacional do Comércio - CNC, defende a liberdade de iniciativa, a economia formal e a legitimidade da representação empresarial por setor, organizada por meio de sindicatos livres.

Levando-se em consideração que 93% das empresas brasileiras do comércio de bens e serviços empregam diretamente até um máximo de 20 pessoas e que apenas os 7% restantes delas dão emprego a um maior número de trabalhadores, veremos que a CNC defende um espectro de estabelecimentos onde preponderam amplamente pequenas empresas. Para essas pequenas empresas afigura-se indispensável que os Governos - seja no plano federal, estadual ou municipal - proporcionem um suficiente grau de liberdade para que possam empreender, dar empregos e crescer.

Nesse contexto, a Confederação Nacional do Comércio representa a instância máxima de coordenação dos esforços conjuntos dessas empresas para assegurarem algumas conquistas fundamentais. Entre esses objetivos, estão a desburocratização dos trâmites para a criação de empresas, a criação de uma legislação menos passível de interpretações dúbias - deficiência que, historicamente, propicia a corrupção em todos os níveis de fiscalização - e a simplificação do sistema tributário.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Confederação Nacional do Comércio vem, há quase seis décadas, realizando um extraordinário trabalho no cumprimento de sua missão de representar, no plano nacional, os direitos e interesses das empresas brasileiras do comércio de bens e serviços.

Desejo, portanto, deixar consignadas, nos Anais da Casa, minhas congratulações à entidade, pela seriedade e transparência com que desempenha seu mandato representativo, bem como pela publicação desta 2ª edição do livro CNC Sicomércio - História e Evolução.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/10/2004 - Página 31165