O SR. VALMIR AMARAL (PMDB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no dia 26 de setembro é comemorado o “Dia Interamericano das Relações Públicas”, uma data importante para todos os profissionais que, em nosso continente, dedicam vida e talento a tão dinâmica e multifacetada atividade.

O “Dia Interamericano” remete-nos ao distante 26 de setembro de 1960, quando foi criada, na cidade do México, a Fiarp - Federação Interamericana de Relações Públicas, inspirada nos ideais de seu fundador e primeiro presidente, o pioneiro Federico Sanchez-Fogarty. Na atualidade, sob a denominação de Confederação Interamericana de Relações Públicas, a entidade exerce um papel cada vez mais fundamental para os especialistas da área, com a promoção regular de uma série de atividades de congraçamento, atualização e aprimoramento profissional.

Se quisermos realizar um rápido exercício retrospectivo acerca da prática moderna das relações públicas, obrigatoriamente temos que recuar aos Estados Unidos das primeiras décadas do século 20, onde desponta a figura singular de Edward Bernays. Personalidade controversa, ligado por vínculos familiares a Sigmund Freud, de quem era sobrinho, Bernays, em sua longa e fecunda existência de 103 anos, foi um sagaz, cerebral e bem-sucedido profissional de RP. Coube a ele forjar uma atividade que então vivia seus primórdios de incipiência e irrelevância, desprovida de quaisquer fundamentos, mas que, em poucas décadas, se transformou em um instrumento essencial do processo de comunicação.

Nos dias de hoje, inúmeras instituições, entidades e organizações, órgãos públicos e empresas privadas, mantêm em suas estruturas assessorias de relações públicas, consideradas necessárias para enfrentar os complexos desafios da comunicação contemporânea. São elas as responsáveis pelo atendimento profissional adequado aos distintos públicos de relacionamento. Em sociedades de alta exposição, como a quase totalidade daquelas abrigadas sob o estilo de vida ocidental, o trabalho dos profissionais de relações públicas alcança também os indivíduos, notadamente as chamadas “celebridades”, hoje em dia tão prolíficas quanto efêmeras. Em situações críticas, é também a esses comunicadores que inúmeras personalidades, no Brasil e no mundo, recorrem para a realização daquilo que os norte-americanos denominam damage control, ou controle de danos associados à imagem pública.

Em nosso País, a profissão de relações públicas será reconhecida oficialmente e regulamentada apenas a partir do final dos anos 60, dentro do regime militar, quando é instituído, sob a forma de autarquia, o Conselho Federal de Relações Públicas (Conferp), e seus conselhos regionais, com a responsabilidade de fiscalizar o exercício profissional. Nas últimas três décadas, a profissão conheceu altos e baixos, mas conseguiu desenvolver-se e impor-se graças à pertinácia e dedicação de alguns de seus melhores quadros em todo o País. Com sua atuação cotidiana, esses profissionais souberam mostrar a importância das relações públicas na concepção e implementação de estratégias para um correto, generoso e saudável relacionamento entre empresa e sociedade, governo e sociedade, instituições e sociedade.

Srªs e Srs. Senadores, todos haveremos de concordar que é a inteligência, a criatividade, o conhecimento, a seriedade e a relevância de sua função social que dão dignidade e sentido a uma profissão e a um profissional. Penso que cultivar e estimular esses atributos são objetivos permanentes de entidades como a Confederação Interamericana das Relações Públicas, que celebra, com justo orgulho, juntamente com todos os profissionais de nosso continente, este “Dia Interamericano das Relações Públicas”.

Assim, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com extrema alegria que saúdo os profissionais de relações públicas, reiterando a importância da atividade para uma melhor compreensão entre a sociedade, suas instituições, empresas e organizações. Não poderia, ainda, deixar de congratular-me com os profissionais da área que atuam no Senado Federal, que aliás é exemplo e referência no Brasil, faço isso parabenizando o Sr. Francisco Etelvino Biondo, Diretor da Subsecretaria de Relações Públicas desta Casa, pedindo a ele que estenda a todos os “Relações Públicas” que aqui trabalham. Parabéns.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.