O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PPS - RR. Como Líder. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, faço um registro hoje dos 21 anos de criação da Folha de Boa Vista, jornal em circulação com mais tempo de vida em nosso Estado.

Farei a leitura de um breve histórico da Folha de ao Vista.

Nascimento no berço da ditadura

A primeira edição do jornal Folha de Boa Vista circulou em 21 de outubro de 1983. O nascimento foi em uma época difícil, quando o País ainda estava mergulhado na ditadura militar e Roraima era um Território Federal.

Apesar do peso da ditadura, a Folha já anunciava seu editorial de estréia: “Nossa idéia é montar um jornal independente”. O que era um idealismo de um grupo de pessoas em fazer jornalismo de verdade tornou-se realidade ao longo de duas décadas de edições ininterruptas.

O grupo que fundou a Folha era formado pelos jornalistas Fernando Estrela, o único que ainda vive no Estado de Roraima, Sandra Regina Tarcitano e Cosette Espíndola de Castro, além de um antigo funcionário da Telebrás da Paraíba, Cícero Cruz.

Os anos se passaram e hoje a Folha firmou-se como um jornal que contribui para fortalecer a democracia no Estado, dando voz a quem não tem, denunciando as mazelas do poder público e contribuindo em divulgar as boas ações que fazem de Roraima uma terra promissora.

Nos últimos 21 anos, tudo o que entrou para a história, sejam denúncias ou boas notícias, foi editado nas páginas da Folha, cumprindo à risca o que diz o slogan do jornal: “Um jornal necessário”.

A antiga Gioconda deu lugar à moderna rotativa

As primeiras edições da Folha, à época um semanário, eram montadas de forma artesanal e enviadas para serem impressas em Manaus, no Estado do Amazonas. O jornal foi pego de surpresa logo na primeira edição.

Atarefados e ansiosos em receber o primeiro número impresso na capital amazonense, os diretores esqueceram-se de avisar à gráfica para enviar o jornal a Boa Vista no dia certo.

O vôo chegava às 11 horas e, quando os jornalistas foram ao aeroporto, não havia jornal algum. Como o grupo arrecadou um dinheiro que valeria hoje alguma coisa em torno de R$8 mil, alugaram um táxi aéreo para trazer a edição de estréia.

Cansados da mão-de-obra penosa de enviar todo o material envelopado para o Amazonas, os diretores conseguiram um financiamento para comprar uma Kolormetal 6696, de São Paulo, com data de fabricação de 1938.

Era uma máquina velha e problemática que os gráficos mais criativos a apelidaram de Gioconda. Também pudera. Era uma máquina que fazia impresso em papelão e estava sendo readaptada para imprimir jornal, um papel muito mais fino. Daí a enorme dor de cabeça.

Depois da Gioconda, veio a Solna, de 1973. Já em 1987, foi comprado o atual prédio da Editora Boa Vista e, um ano depois, a empresa passou a ser do atual proprietário, Dr. Getúlio Cruz.

Com o novo proprietário, a velha Solna - que antes era considerada uma nova era na impressão do jornal - foi substituída pela atual rotativa, inaugurada em 19 de abril de 1997, escrevendo na imprensa de Roraima uma nova era de impressão.

A edição histórica da Folha foi na virada do milênio, em 31 de dezembro de 1999, quando, pela primeira vez, o jornal foi impresso em cores, um prenúncio de como será o jornal em um futuro bem próximo.

Registro e peço a transcrição nos Anais da Casa, como parte do meu pronunciamento, matéria da lavra da jornalista Marilena Freitas, que diz o seguinte:

Nova Cara - A Folha circula a partir de hoje com uma nova cara. Mudou a diagramação e número de páginas, possibilitando ao leitor mais conteúdo. No total, serão 32 páginas, sendo 12 no primeiro caderno, 12 no segundo e oito na dos classificados.

As colunas especiais passam a ter página fixa. Entre as novidades está uma página dedicada à saúde, podendo o leitor perguntar que os médicos - parceiros do jornal - responderão. Uma vez no mês, serão divulgadas a cotação de carros usados e as novas tendências do mercado.

Serão abordados também, em outras páginas, assuntos mais livres, como Casa e Decoração, Informática, além da página Valeu, com temas voltados para os jovens.

Uma parceria com a Associação Nacional dos Agentes do Fisco Federal permitirá divulgar indicadores econômicos com exclusividade, os quais serão disponibilizados posteriormente no site da agência.

Sr. Presidente, parabenizo todos aqueles que fazem o jornal Folha de Boa Vista, desde o seu diretor proprietário, Dr. Getúlio Cruz, até todos os seus jornalistas e funcionários, por esses vinte anos de existência, que, com certeza, contribuíram para que a democracia no meu Estado se consolide. É lógico que um jornal agrada e desagrada, mas o que é certo é que um jornal é sempre um jornal necessário, como diz a própria Folha.

Concedo um aparte ao Senador Augusto Botelho, embora o meu tempo já esteja esgotado.

O Sr. Augusto Botelho (PDT - RR) - Serei rápido, pois quero apenas me solidarizar com suas palavras e dizer que, realmente, a Folha foi o primeiro jornal a se consolidar no nosso Estado e tem prestado um relevante trabalho a nossa sociedade. Esperamos que o jornal continue com sua linha editorial e continue trabalhando em benefício do nosso Estado.

O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PPS - RR) - Agradeço a V. Exª pelo aparte.

Termino reiterando os meus parabéns a toda a equipe que faz o jornal Folha de Boa Vista.

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Histórico da Folha de Boa Vista”;

“Folha comemora 21 anos de criação - artigo de Marilena Freitas.”