O SR. AELTON FREITAS (PL - MG. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Romeu Tuma, Srªs e Srs. Senadores, por convicção pessoal, desde que ingressei na política, sempre procurei acompanhar de perto a atuação dos órgãos públicos ligados à causa agropecuária. Tive, inclusive, a oportunidade de realizar um sonho profissional durante o Governo de Itamar Franco, em Minas Gerais, ocupando a presidência da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado, a Emater. Recordo-me com muito carinho desse período, especialmente pelo trabalho de incentivo à agricultura familiar que desenvolvemos.

Hoje, o destino me reserva, Sr. Presidente, a oportunidade de, como Senador da República, manifestar o meu reconhecimento ao esforço conjunto que diversos órgãos públicos têm feito em prol do desenvolvimento da agropecuária de Minas Gerais, com resultados realmente merecedores de aplausos.

Venho saudar, por meio deste pronunciamento, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, especialmente a diretoria e o quadro de funcionários da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que completa 30 anos de atividade neste mês de agosto. Não poderia deixar, entretanto, de enaltecer também a colaboração da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg), hoje federalizada, da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e da Emater para o crescimento da agropecuária mineira.

Voltando à Epamig, essa importante empresa possui, atualmente, 21 fazendas experimentais espalhadas pelo Estado, onde se desenvolvem mais de 300 projetos de pesquisa nas diversas áreas agropecuárias.

Os focos dos estudos se concentram em soluções para o aumento da produtividade e fortalecimento da defesa sanitária dos alimentos cultivados no Estado.

As pesquisas são produzidas para atender tanto a grandes empresas quanto a pequenos produtores, oferecendo-lhes informações técnicas indispensáveis para o melhor direcionamento das safras. Devido a esse trabalho, somado às ações da Emater, os agricultores familiares já são responsáveis por aproximadamente 40% da safra estadual, com destaque para as culturas de feijão e de mandioca, bem como para a criação de suínos.

Os números da agricultura empresarial do Estado são igualmente destacados. Com lavouras de grande produtividade no sul, no Triângulo e no Alto Parnaíba, Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, com 52% da safra nacional, e já ocupa a quinta colocação no ranking da soja.

Esse ponto merece uma atenção especial. Falar da cultura da soja é muito importante para que tenhamos uma percepção exata do quanto são valiosos os investimentos em pesquisa agropecuária. Quero salientar, Sr. Presidente, que esse trabalho começou no Governo de Eduardo Azeredo, que tanto fortaleceu a Emater em Minas Gerais, renovando toda a sua frota, como foi um dos Governadores que mais investiram na Empresa de Pesquisa Agropecuária, a Epamig.

Há cerca de vinte anos, a soja praticamente inexistia em Minas Gerais e gerou prejuízos para os agricultores que tentaram cultivá-la por conta e risco.

De lá para cá, inúmeras pesquisas foram realizadas pela Epamig na linha de melhoramento genético e aperfeiçoamento de sementes, dando maior confiança aos produtores e fazendo com que a soja mineira registrasse, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, taxas anuais de crescimento de até 15% nos últimos tempos.

É com muita satisfação que observamos, também, o comprometimento do Governo do Estado, comandado com competência pelo Governador Aécio Neves, em fazer com que Minas Gerais, de fato, assuma um papel que sempre lhe coube: o de grande celeiro produtor do País.

Em pouco mais de um ano, o Governo, mesmo enfrentando sérias limitações orçamentárias, multiplicou os investimentos na pesquisa agropecuária, demonstrando uma escolha correta de prioridades.

É certo, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que, se Minas Gerais vai reerguendo, passo a passo, sua economia, com geração de empregos e atração de investimentos, grande parte dessa recuperação se deve, sem sombra de dúvida, ao fortalecimento da agropecuária nos âmbitos empresarial e familiar.

Merecem nossos sinceros cumprimentos as autoridades, empresários, pequenos agricultores e funcionários que empregam o seu suor no contínuo crescimento da produção mineira.

Ao apostar na agropecuária, Minas Gerais cresce e se mantém fiel à sua vocação histórica.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.