Pronunciamento de Paulo Paim em 03/11/2004
Discurso durante a 151ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentário sobre o cinqüentenário da feira do livro em Porto Alegre - RS, destacando o lançamento de seu livro no próximo sábado.
- Autor
- Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
- Nome completo: Paulo Renato Paim
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
POLITICA CULTURAL.:
- Comentário sobre o cinqüentenário da feira do livro em Porto Alegre - RS, destacando o lançamento de seu livro no próximo sábado.
- Publicação
- Publicação no DSF de 04/11/2004 - Página 35074
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. POLITICA CULTURAL.
- Indexação
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- HOMENAGEM, ANIVERSARIO, FEIRA, LIVRO, MUNICIPIO, PORTO ALEGRE (RS), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).
- ANUNCIO, LANÇAMENTO, LIVRO, LITERATURA, AUTORIA, ORADOR, ANALISE, SITUAÇÃO, IDOSO, CRIANÇA, PESSOA DEFICIENTE, INDIO, NEGRO, SALARIO MINIMO, DESEMPREGO, QUALIDADE, POETA.
O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, presidi a sessão durante quase quatro horas. Eu estava inscrito para uma comunicação inadiável, mas, infelizmente, não tive oportunidade de falar, porque se iniciou a Ordem do Dia sem que todos pudessem falar. Entendo que isso ocorreu em virtude do número de Líderes inscritos.
Eu gostaria apenas de encaminhar à Mesa o meu pronunciamento, para que fosse considerado como lido. Nele, na verdade, faço um comentário sobre os cinqüenta anos da Feira do Livro em Porto Alegre. No próximo sábado, às 15 horas e 30 minutos, lançarei um livro de poesia que leva o título de “Cumplicidade” - é cumplicidade com o povo. Na verdade, em cada poesia, faço uma análise da conjuntura nacional, da situação dos idosos, das crianças, dos portadores de deficiências, dos índios, dos negros, do salário mínimo, do desemprego. Enfim, de forma poética e romanceada, faço uma análise de nosso País. Quem faz o prefácio é membro da Academia Brasileira de Letras e Presidente do Senado Federal, Senador José Sarney, que fez uma bela introdução, comentando o que eu escrevi de forma poética.
Cumprimento os organizadores da Feira do Livro e peço que seja considerado como lido o meu discurso na íntegra.
Muito obrigado.
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SEGUE, NA ÍNTEGRA, DISCURSO DO SR. SENADOR PAULO PAIM
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O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, com um magnífico concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, apresentando excelente seleção de músicas brasileiras e alemãs, foi aberta oficialmente, na última sexta-feira, a qüinquagésima edição da Feira do Livro de Porto Alegre, o maior evento cultural a céu aberto de toda a América Latina.
Esta Feira do Livro, que começou na metade da década de 1950 com 14 bancas na Praça da Alfândega, ocupa hoje uma área de 11 mil metros quadrados. Vai se estender até o dia 15 de novembro e nesse período, o evento reunirá 730 sessões de autógrafos, 45 oficinas, 142 expositores, 60 autores nacionais, 210 gaúchos e seis estrangeiros.
Entre os autores gaúchos estará lá este Senador que vos fala, participando de uma sessão de autógrafos dedicada ao meu livro de poesias “Cumplicidade”, prefaciado por um poeta maior, o Senador José Sarney, ilustre presidente desta Casa. O evento será no sábado, dia 06, às 15h 30min, no estande do Senado Federal.
Poeta bissexto, dedico pouco tempo à poesia. Mas quando ela se manifesta, o meu interior revela os sentimentos mais puros que tenho em relação à sofrida vida da classe trabalhadora brasileira.
É com essa classe trabalhadora, e com os excluídos de todas as matizes - negros, índios, idosos, que me acumplicio neste livro de poesias. Elas resumem o trabalho que venho desempenhando em minha vida pública.
Em seus 50 anos, a Feira do Livro de Porto Alegre deixou de ser apenas um evento literário, abrindo seu espaço para as mais diversas formas de expressão da cultura nacional e também de outros países.
Na sexta-feira, presenciamos um encontro da trupe gaúcha “Bonecos Gigantes” com o grupo baiano Olodum. Juntos comandaram um cortejo iniciado no Pavilhão dos Autógrafos e que foi até o pórtico do cais do porto, convidando o público para a cerimônia oficial de abertura do evento.
Nesta edição de 2004, a Feira tem como patrono o escritor e tradutor Donaldo Schüler, a Alemanha como país homenageado e a Bahia como Estado convidado.
Ensaísta, ficcionista, tradutor e poeta, Donaldo Schüler é natural da cidade de Videira (SC) e mora na capital gaúcha desde a adolescência. Publicou 'A mulher afortunada', 'Tatu', 'Chimarrita', 'O império caboclo' e 'Refabular Esopo' e as coletâneas de poesias 'Martim Fera' e 'A essência da mulher'. Tradutor premiado, trouxe ao nosso idioma obras de James Joyce e de Sófocles. Sua vasta obra literária justifica a indicação para patrono deste evento.
A Feira é organizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro, a cujo presidente, Waldir da Silveira, estendo as minhas homenagens cumprimentando-o pelo sucesso do evento, pelo qual deve passar um público estimado em 1,6 milhão de pessoas.
Entre seus visitantes destaco os ministros da Cultura, Gilberto Gil; da Educação, Tarso Genro; do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto; das Cidades, Olívio Dutra; e das Minas e Energia, Dilma Rousseff, além dos Senadores do Estado, que se fizeram presentes na abertura deste singular evento.
Era o que tinha a dizer.