Discurso durante a 157ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Homenagem de pesar pelo falecimento do Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem de pesar pelo falecimento do Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat.
Publicação
Publicação no DSF de 12/11/2004 - Página 36125
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, YASSER ARAFAT, LIDER, ORGANIZAÇÃO DE LIBERTAÇÃO DA PALESTINA (OLP), ELOGIO, SIMBOLO, LUTA, OBTENÇÃO, PAZ, ORIENTE MEDIO.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não há dúvida, hoje é um dia em que todos nós sentimos a morte de um homem que foi um grande líder. Claro que pode ser analisado sob vários ângulos. O próprio autor do requerimento, Senador Eduardo Suplicy, ao lado dos elogios, analisa alguns equívocos que ele teria praticado na vida e algumas interrogações que teria apresentado. Mas devemos analisar o significado do Sr. Arafat na vida de seu povo e de sua gente.

O Brasil teve um papel importante. Era Presidente da ONU Oswaldo Aranha, do Alegrete, Rio Grande do Sul, quando foi criado o Estado de Israel, algo absolutamente justo, absolutamente correto e ao qual todos éramos favoráveis. Mas junto ficou determinado que seria criada a nação palestina, com uma destinação àquela gente que estava, havia um sem-número de anos, ali em Israel. Foi um erro grave praticado lá no início, quando, ao criarem o Estado de Israel, não terem arrumado uma fórmula para que as pessoas afastadas da Palestina, a fim de que se transformasse em Estado de Israel, não tivessem uma destinação.

            Naquela época de pós-guerra, as fronteiras não estavam limitadas; uma porção de países, a começar pela Europa e lá mesmo no Oriente Médio, Líbano, Síria eram colônias francesas que ficaram libertas; havia uma situação de configuração enorme, poder-se-ia ter criado ali, junto com o Estado de Israel, a Nova Palestina. Em vez disso, milhões de pessoas foram atiradas ao ar. O país dos meus ascendentes, o Líbano, foi obrigado a recolher milhões de palestinos. Em barracas. Aí nasceu a primeira expectativa. O que será que as Nações Unidas vão alegar; não, como se trata de uma decisão da ONU, ela vai cumpri-la. O tempo foi passando, e a ONU não cumpriu. Aí nasceu a luta do povo palestino buscando a sua destinação.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/11/2004 - Página 36125