Discurso durante a 164ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Realização da segunda Mostra Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Cineamazônia), em Porto Velho/RO.

Autor
Fátima Cleide (PT - Partido dos Trabalhadores/RO)
Nome completo: Fátima Cleide Rodrigues da Silva
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA CULTURAL.:
  • Realização da segunda Mostra Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Cineamazônia), em Porto Velho/RO.
Publicação
Publicação no DSF de 19/11/2004 - Página 36966
Assunto
Outros > POLITICA CULTURAL.
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, ESTADO DE RONDONIA (RO), EXPOSIÇÃO, AMBITO INTERNACIONAL, CINEMA, VIDEO, ASSUNTO, MEIO AMBIENTE, CONTRABANDO, BIODIVERSIDADE, AGUA, TRADIÇÃO, POPULAÇÃO, FLORESTA, ELOGIO, DIVULGAÇÃO, POPULAÇÃO CARENTE, AUMENTO, CONSCIENTIZAÇÃO, AGRADECIMENTO, RECEBIMENTO, HOMENAGEM, ORADOR, CRITICA, AUSENCIA, REPRESENTAÇÃO, MINISTERIO DA CULTURA (MINC).

A SRª FÁTIMA CLEIDE (Bloco/PT - RO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Porto Velho, capital de Rondônia, sedia a 2ª Mostra Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Cineamazônia, conclave da arte cinematográfica com foco no homem e meio ambiente, que este ano se apresenta com o tema “Biopirataria, Água e Povos da Floresta”.

Iniciada na última quarta-feira, esta Mostra, Srªs e Srs. Senadores, gradativamente insere de forma positiva a nossa Capital no circuito de eventos audiovisuais que ocorrem no País.

Sobretudo, destaca-se como o maior, o mais organizado e bem-sucedido evento do gênero em Rondônia, para ele convergindo profissionais do vídeo e cinema de todas as localidades do Estado e regiões do País, atores e cineastas convidados. 

Sensíveis e comprometidos com a prática cidadã, seus organizadores já inovam nesta edição ao levar para quatro carentes e populosos bairros da Capital uma mostra itinerante.

Sem dúvida é um belo gesto, destinado a revelar a arte cinematográfica a segmentos excluídos de bens culturais, indispensáveis para sua formação crítica.

Certamente a população de Vila Princesa, Conab, JK e 4 de Janeiro terão acesso não apenas à imagem descortinada por desbravadores da Amazônia que através da arte do cinema exprimem suas sensações e experiências. 

A mostra itinerante é importante ferramenta para o despertar de uma consciência preservacionista, de interação saudável do homem com o ambiente em que vive.

Sinto orgulho de ser parceria do Cineamazônia desde seu primeiro momento, e de público agradeço a homenagem recente a mim conferida pelos coordenadores do evento, os videocineastas Jurandir Costa, Carlos Levy e Paulo Arruda.

Muito me orgulha assistir estes e outros jovens cineastas de minha terra empenhados em levar adiante projeto desta envergadura. E, de outro lado, me entristece a falta de atenção do Ministério da Cultura, que nem mesmo se dignou a enviar representante ao conclave. 

Até o dia 20 próximo serão exibidos em diversos lugares da cidade filmes competitivos - os quais serão avaliados por Comissão Julgadora no último dia do evento - e filmes convidados.

São documentários realizados por profissionais de diversas regiões de Rondônia e ainda de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraná e Distrito Federal. 

A maioria deles com o olhar sobre a mais rica e cobiçada região do Planeta, a nossa Amazônia, que soma 60% do território brasileiro. Infelizmente vista ainda de forma predominantemente folclórica e, por vezes preconceituosa por parte dos brasileiros.

A lista de filmes é longa, sendo aqui impraticável nominar todos eles.

Tenho a certeza de que, a exemplo do que ocorreu na primeira edição, esta jornada será igualmente bem-sucedida.

Com recorde de público, com interação da classe artística do País, com a formação de uma consciência governamental local sobre a importância do investimento em cultura e contribuição para difundir positivamente Rondônia, um dos Estados mais ricos do País e que merece todo o nosso respeito. 

Concluo lembrando os versos do grande poeta amazonense Tiago de Melo, também parceiro do Cineamazônia: “Não tenho um caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de caminhar”.

Parabéns aos organizadores, que nos mostram o novo jeito de fazer cinema no Brasil, celebrando a Amazônia. Parabéns aos artistas e convidados que abraçaram o Cineamazônia, e nos honram com sua presença esta semana.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/11/2004 - Página 36966