O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PPS - RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é até interessante pois o tema que abordou o Senador Sérgio Cabral - falou justamente de médico e da Medicina - é o mesmo tema que me traz hoje aqui: quero fazer um registro importante para o meu Estado sobre o curso de Medicina da nossa Universidade Federal de Roraima, que formou mais uma turma no dia 30 de novembro.

Foram mais 23 jovens médicos e médicas oriundos de um curso que, inaugurado em 1993, já formou 117 médicos. Trata-se de curso que foi criado sob muita desconfiança, porque já havia uma campanha nacional contra a criação de novos cursos de Medicina na época.

Eu e mais dois professores da Universidade tivemos a honra de ser os que elaboramos o primeiro plano e a primeira grade curricular do curso de Medicina e conseguimos, inclusive, aprová-los no Conselho Nacional de Saúde. Estamos provando, após onze anos, que realmente tínhamos razão, porque o curso de Medicina tem sido conduzido com muita seriedade. Apenas vinte vagas por ano são abertas para o curso, o que mostra a sua seriedade. Foi necessário tomar cautelas, inclusive a adaptação de um currículo moderno, que tem recebido bastantes elogios e avaliação muito boa por parte do Ministério da Educação.

Assim, quero dar os parabéns à direção do curso de Medicina, aos professores, ao seu diretor, a todos os acadêmicos que se formaram no dia 30 e àqueles que já se formaram em anos anteriores e que, por sinal, ao saírem de lá, realizaram concursos para residência e têm, todos eles, obtido uma aprovação muito boa.

Com isso, quero dizer àqueles que fazem a campanha pela não abertura de novos cursos de Medicina que o que deve haver, isto sim, é uma distribuição geográfica mais igualitária dos cursos em cada Unidade da Federação. Ainda hoje há Estados em que não há cursos de Medicina, e Roraima realmente teve essa primazia - eu diria assim -, porque na Região Norte só existiam dois cursos, um em Belém e outro em Manaus. Agora, já foi autorizada a abertura de mais um curso no Estado do Acre.

Espero que, dentro em breve, todos os Estados da Federação disponham de um curso de Medicina, ao contrário do que ocorre hoje, quando os Estados do Sul e Sudeste praticamente concentram cerca de 80% dos cursos de Medicina do Brasil, quadro que favorece as desigualdades regionais. Como a presença do médico é importante em todas as Unidades da Federação, deveria existir pelo menos um curso em cada Estado.

Encerro, mais uma vez parabenizando os jovens médicos e médicas formados no dia 30 de novembro pela Universidade Federal de Roraima, e cumprimentando os dirigentes da Universidade e do referido curso.

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