Discurso durante a 175ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Transcurso dos 96 anos de atuação da Cruz Vermelha Brasileira, homenageando a sua nova diretoria, que tomará posse no próximo dia 9.

Autor
Eduardo Siqueira Campos (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/TO)
Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Transcurso dos 96 anos de atuação da Cruz Vermelha Brasileira, homenageando a sua nova diretoria, que tomará posse no próximo dia 9.
Publicação
Publicação no DSF de 07/12/2004 - Página 41255
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CRUZ VERMELHA, BRASIL, ELOGIO, HISTORIA, ATUAÇÃO, SAUDE PUBLICA, CONGRATULAÇÕES, PRESIDENTE, DIRETORIA, ENTIDADE.

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PSDB - TO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há exatos noventa e seis anos, era fundada, no Rio de Janeiro, a Cruz Vermelha Brasileira, que é uma instituição comprometida não apenas com o atendimento aos feridos e prisioneiros de guerra __ como mais freqüentemente se costuma pensar __, mas igualmente empenhada no socorro humanitário às vítimas de desastres naturais e de conflitos ou catástrofes urbanos.

Sua missão compreende ainda a contribuição para a melhoria da saúde e a prevenção de doenças, por meio de programas de treinamento e de serviços - o que pode significar, em alguns casos, a criação e manutenção de cursos regulares, profissionalizantes e de nível superior. Outros de seus objetivos são o incentivo ao engajamento de jovens voluntários nos trabalhos prestados pela organização e a divulgação dos princípios humanitários que adota, a fim de cultivar e desenvolver nas populações os ideais de paz, tolerância e respeito mútuo.

A Cruz Vermelha Brasileira é filiada à Federação Internacional de Sociedades de Cruz Vermelha e Crescente Vermelho, da qual fazem parte 181 sociedades nacionais. Os princípios fundamentais que norteiam suas ações são a humanidade, a imparcialidade, a neutralidade, a independência, o voluntariado, a unidade e a universalidade.

O primeiro presidente da instituição foi o renomado médico Oswaldo Cruz, responsável pelas principais campanhas sanitaristas no Rio de Janeiro do início do século XX. Esse passado modelar da Cruz Vermelha Brasileira só ressalta o relevante papel que a entidade tem desempenhado no País desde então, na condição de órgão auxiliar do Poder Público. Entretanto, é reconhecida pelo governo brasileiro como sociedade autônoma, bem como única sociedade nacional da Cruz Vermelha autorizada a exercer atividades no território nacional.

Com o intuito de exemplificar a marcante trajetória da Cruz Vermelha Brasileira, não posso deixar de mencionar sua destacada atuação no combate à epidemia de gripe espanhola, em 1918; a formação das enfermeiras que participaram da Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial; o apoio logístico que forneceu na retirada de mulheres e crianças refugiadas na embaixada brasileira da Nicarágua, quando este país se encontrava em guerra civil; e a Operação Nordeste, que, na década de 80 do século passado, socorreu inúmeros brasileiros vitimados pela seca.

Hoje, a instituição possui um corpo de aproximadamente dez mil voluntários e filiais em 16 Estados da Federação, distribuídas por trinta e seis municípios, do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Administra 3 hospitais, 5 escolas de enfermagem, além de creches e orfanatos.

Atualmente, para coadunar suas ações com as diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal, a Cruz Vermelha Brasileira tem, em fase final de elaboração, seu Plano Estratégico, que vai fixar os objetivos de seu trabalho para os próximos 5 anos. Tal plano prevê também medidas que hão de implicar a renovação e modernização da entidade, e, por conseguinte, o incremento dos serviços prestados.

No próximo dia 9 de dezembro, toma posse a nova diretoria da Cruz Vermelha Brasileira, que terá como presidente o Dr. Luiz Fernando Hernández e será responsável pela gestão da entidade nos próximos 3 anos. Portanto, além das congratulações que ora dirijo à Cruz Vermelha pelo aniversário de sua fundação, devo aproveitar a oportunidade para também desejar boa sorte a esse novo estafe, para cuja competência naturalmente se transfere a árdua tarefa de velar pela vida das populações que, ocasionalmente, se encontrem mais vulneráveis.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/12/2004 - Página 41255