Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de conquistas do agronegócio brasileiro em 2004.

Autor
Aelton Freitas (PL - Partido Liberal/MG)
Nome completo: Aelton José de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA AGRICOLA.:
  • Registro de conquistas do agronegócio brasileiro em 2004.
Publicação
Publicação no DSF de 17/12/2004 - Página 43858
Assunto
Outros > POLITICA AGRICOLA.
Indexação
  • REGISTRO, CRESCIMENTO, AGROINDUSTRIA, BRASIL.
  • COMENTARIO, PARTICIPAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO (MAPA), SEMINARIO, DESENVOLVIMENTO AGROPECUARIO, INTEGRAÇÃO SOCIAL, CAMARA DOS DEPUTADOS.
  • COMENTARIO, DADOS, ESTATISTICA, IMPORTANCIA, AGROPECUARIA, EXPORTAÇÃO, ECONOMIA, BRASIL.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, THE NEW YORK TIMES, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), CRESCIMENTO, AGROINDUSTRIA, BRASIL.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), MELHORIA, PRODUTIVIDADE, AGROPECUARIA, PAIS.
  • NECESSIDADE, MELHORIA, INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE, ARMAZENAGEM, ZONA RURAL, BRASIL.

O SR. AELTON FREITAS (Bloco/PL - MG. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, venho, neste pronunciamento, registrar as conquistas do agronegócio nacional, após um ano de intenso trabalho nas lavouras deste País e, ao mesmo tempo, reforçar a defesa em prol de investimentos que se fazem necessários para 2005 em armazenagem e transporte, ou seja infra-estrutura, para que esse setor possa se manter firme frente a eventuais turbulências.

Tivemos a honra de receber no Congresso, ao lado do nosso mestre Jonas Pinheiro, no início desta semana, o ilustre e competente Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que com a eficiência de sempre nos relatou as previsões do setor para 2005 e os gargalos a serem enfrentados. O Ministro também nos tranqüilizou ao afirmar categoricamente que o agronegócio, em termos gerais, não sofrerá prejuízos em 2005, sendo os mesmos reservados a algumas culturas. O Brasil hoje possui exportações diversificadas que tornam o setor menos vulnerável a flutuações de preço de culturas específicas.

O Ministro Roberto Rodrigues participou do seminário Desenvolvimento do Setor Agropecuário e Inclusão Social, uma louvável iniciativa da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados, da Embrapa e do Jornal Valor Econômico, com patrocínio do Banco do Brasil e da Fosfértil.

Entre os participantes desse seminário, foi formado um consenso em torno da necessidade de a Bancada do agronegócio no Congresso Nacional se manter atuante, no sentido de propor alternativas e caminhos para que a equipe econômica do Governo atenda às necessidades do setor.

A verdade é que a agropecuária foi responsável, neste ano, por mais de 40% das exportações do País, afirmando o seu papel de alavanca e âncora verde da economia nacional. Os resultados são condizentes com o solo e condições climáticas favoráveis que possuímos. Refletem, ainda, a competência dos pesquisadores brasileiros, que têm contribuído com soluções eficientes para o aumento de produtividade ano a ano.

As estatísticas do Ministério da Agricultura, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, apontam o Brasil como maior exportador mundial de frango, suco de laranja, açúcar e café. O setor sucroalcooleiro está em franca expansão com possibilidade de instalação de trinta novas usinas de álcool e açúcar num futuro muito breve, gerando emprego e renda para nossa gente. Temos, ainda, o maior rebanho bovino do mundo e a exportação de carne cresceu 77% nos primeiros nove meses do ano de 2004 em comparação ao mesmo período do ano de 2003.

Essas e outras conquistas estão registradas em reportagem publicada no último domingo pelo jornal The New York Times, um dos mais conceituados órgãos da imprensa mundial. A matéria intitulada “Interior do Brasil vira o celeiro do mundo” retrata de maneira ampla as razões que propiciaram ao País alcançar um salto crescente de qualidade no agronegócio, superando até os Estados Unidos em muitos aspectos e levando desenvolvimento e empregos para regiões distantes dos principais centros do País.

Assim como fez a reportagem, enalteço neste pronunciamento o trabalho dos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa - hoje tão bem comandada pelo Presidente Clayton Campanhola. Desde que assumi este mandato tenho defendido, sistematicamente, os projetos e recursos para a expansão de nossa pesquisa. Pois mesmo enfrentando por vezes a escassez orçamentária, a Embrapa foi uma das principais responsáveis por encontrar soluções científicas que possibilitaram multiplicar a produção em solos até então considerados pobres.

A soja, por exemplo, que hoje representa quase a metade das exportações agrícolas do País, experimentou o grande crescimento, após a Embrapa desenvolver mais de 40 variedades do produto, especialmente adaptadas para os considerados solos fracos ou de cerrados. Outras agriculturas, como: trigo, milho, algodão, e também linhagens de gados, são alvo de estudos conceituados pela instituição.

O nosso potencial produtivo e comercial é indiscutível e demanda especialmente um maior suporte em termos de infra-estrutura e transporte, também de armazenamento. Precisamos revitalizar as rodovias e ferrovias.

Ontem, tivemos a oportunidade de ouvir o bom projeto do Ministério dos Transportes pelo Ministro Alfredo Nascimento, aqui na Comissão de Assuntos Econômicos da Casa de que existem várias concessões e parcerias, também, que devem investir na ampliação e na capacidade de armazenagem, e estimular financiamentos para que os produtores possam investir em estrutura própria.

Nossas esperança, Sr. Presidente, é de que, nos próximos dois anos, o nosso Governo possa avançar no processo de infra-estrutura, como se projeta, como uma forma de cumprir os ideais de crescimentos desejados. Como sinalização positiva, o Ministro dos Transportes confirmou essa prioridade, em audiência realizada na Comissão de Assuntos Econômicos, aqui do Senado.

Informo, também, que já foi constituída uma Frente Parlamentar para a defesa da infra-estrutura nacional, da qual tenho a honra de participar como vice-Presidente Temático na área de ferrovias, que poderá colaborar bastante nesse processo.

A continuidade da trajetória positiva da agropecuária nacional depende, fundamentalmente, das políticas de infra-estrutura a serem implementadas nesse futuro breve. O Brasil já se encontra no limite, ou seja, no gargalo, com estruturas incompatíveis com as demandas da produção. Se superarmos esses entraves, o Brasil certamente se consolidará, apostando na força de sua agropecuária como economia robusta e maior produtor mundial de alimentos. E é com vista a esses objetivos que o Executivo e o Congresso precisam trabalhar daqui para frente.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/12/2004 - Página 43858