Pronunciamento de Ney Suassuna em 20/12/2004
Discurso durante a 3ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Elogios à atuação da Companhia Vale do Rio Doce.
- Autor
- Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
- Nome completo: Ney Robinson Suassuna
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
POLITICA MINERAL.:
- Elogios à atuação da Companhia Vale do Rio Doce.
- Aparteantes
- Romeu Tuma.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/12/2004 - Página 44058
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. POLITICA MINERAL.
- Indexação
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- ELOGIO, ATUAÇÃO, COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD), RELEVANCIA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, PAIS, SUPERIORIDADE, PRODUÇÃO, EXPORTAÇÃO, FERRO, EFICACIA, ADMINISTRAÇÃO, INVESTIMENTO, FERROVIA.
O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, nobre Presidente.
Quero agradecer a Senadora Heloísa Helena. Sendo obediente ao pedido dela, falarei sobre outro assunto. Eu ia falar sobre o São Francisco, mas falarei sobre outro assunto e deixarei aquele para outro momento.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o nobre Senador Mão Santa foi à tribuna e falou da vergonha que é a situação das ferrovias brasileiras. Realmente, é um vexame! Na nossa infância, andávamos de trem pelo Brasil todo - havia estradas de ferro. Hoje, a maioria está desativada.
O nobre Senador que me antecedeu falava do problema das estradas. A situação das estradas está passando por um vexame: de 60 mil quilômetros de estradas, 52 mil quilômetros precisam de recuperação a curtíssimo prazo.
E só ouvimos más notícias. Quando não é a violência, é o desmanchar das ferrovias, é o desmanchar das rodovias. E por aí afora. Até os portos têm problemas. O porto - dizia o Senador Mão Santa - que tanta falta faz ao Piauí, de novo está assoreado. E isso é uma coisa constante, porque o rio vai depositando matéria.
Mas há fatos bons acontecendo neste País. E um deles, Sr. Presidente, sobre o qual eu queria falar neste momento, é a Vale do Rio Doce. Muitas pessoas foram contra a privatização da Vale do Rio Doce. Mas, hoje, ela está presente em treze Estados. Ela é a maior prestadora de serviços de logística no País e a maior produtora global de minério de ferro.
Essa empresa, que é presidida pelo jovem e empreendedor Roger Agnelli, tinha como meta alcançar US$25 bilhões em exportações daqui a três anos; e o fez este ano. Hoje, ela vale algo em torno de US$25 bilhões no mercado.
É uma empresa que administra as suas estradas de ferro, que são um primor. Essas estradas de ferro são grandes e importantes para o Brasil. Só para V. Exªs terem uma idéia, essa empresa, hoje, cuida da estrada de ferro da área atlântica, da estrada de ferro em Tucuruí e de três grandes estradas que estão levando para os nossos portos, para exportação, milhões, milhões e milhões de toneladas de minério.
A Vale do Rio Doce, Sr. Presidente, tem empresas coligadas ou controladas nos Estados Unidos, Argentina, Chile, Peru, França, Noruega e Bahrein. Desenvolve negócios e realiza a venda de minério de ferro e pelotas diretamente aos seus clientes por meio de suas empresas: RDA, responsável pela América do Norte e América Central; RDI, responsável pela Europa, África, Oriente Médio, Irã, Índia e Paquistão; RDAsia Tóquio, responsável pela Ásia, com exceção da China; RDAsia Xangai, responsável pela China; e a Gevac - Gerência Geral de Vendas para a América do Sul. Ou seja, é uma empresa que conquistou respeito mundial e que faz bem o seu papel.
Só para se ter uma idéia, o superávit comercial brasileiro recebeu grande contribuição da Vale, que, sozinha, exportou US$3,95 bilhões, em 2003, com quase 50% de aumento em 2004. Com toda a certeza, essa empresa continuará crescendo e recebendo prêmios em todo o mundo pelo crescimento e pelo importante papel, não só na mineração do Brasil como na de todo o mundo, como acabei de falar.
Falei das ferrovias e terminais de escoamento. Hoje, há três ferrovias sob seu controle, Vitória-Minas, Carajás e Centro-Atlântica, que respondem por uma quantidade enorme de tonelagem, pois é o maior conjunto ferroviário do País e, com toda a certeza, continuará sendo, uma vez que está investindo mais R$400 milhões só no ano de 2004.
O Sr. Romeu Tuma (PFL - SP) - Permite-me V. Exª um aparte?
O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Pois não, nobre Senador Romeu Tuma.
O Sr. Romeu Tuma (PFL - SP) - Desculpe-me interrompê-lo, tendo em vista que o tempo já quase esgotou, mas esse é um assunto pelo qual tenho entusiasmo especial. Há muito tempo, quando eu ainda estava na Polícia Federal, houve várias diligências, pois era sempre uma luta com garimpeiros e a administração das minas. Fui aprendendo um pouco da importância que representava para a economia brasileira a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, quando interligadas em operações. O que me deixou bastante entusiasmado foi a viagem do Presidente à China. Recebi algumas comissões de chineses, num desespero inexplicável. Lá, construíram nove siderúrgicas, entre as mais modernas do mundo. Entretanto, não tinham minério de ferro e precisavam comprá-lo do Brasil, que estava vendendo, com exclusividade, para uma só siderúrgica. A Companhia controla também o porto exportador de minérios. Sinto nas suas palavras que há necessidade de se agregarem valores, não se exportando somente o minério in natura. O Brasil também está precisando de aço e de ferro, e a agregação com as siderúrgicas nacionais tem importância vital. Não sei se V. Exª citou isso. Tentei prestar bastante atenção ao seu discurso, mas, como V. Exª estava no final, vim aqui cumprimentá-lo. Penso que V. Exª deve continuar nesse bom combate. Ao lado do Senador Paulo Octávio, estou na Frente Parlamentar em Defesa da Ferrovia. Entendemos que se deveriam recriar as ferrovias brasileiras, que estão dando um tremendo prejuízo para o Brasil com as suas privatizações, pois estão praticamente esfaceladas. Quem sabe V. Exª consegue com sua vivência, na economia e na indústria, colaborar para a melhora desse estado de coisas, agregando-se valores a esses produtos brasileiros in natura. Muito obrigado.
O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Obrigado, nobre Senador Romeu Tuma.
Encerrando, Sr. Presidente, lembro que resolvi tratar desse assunto em razão dos investimentos feitos na área de ferrovias. Não queria falar do São Francisco e gostaria de dar uma boa notícia. A Companhia Vale do Rio Doce está investindo R$400 milhões, este ano, nas suas ferrovias.
Por último, quero dizer que, só para a China, enviaram 30,5 milhões de toneladas de aço. Trata-se de uma empresa incrível, que está em 13 Estados do País e em todos esses países que acabei de citar.
Peço que meu discurso seja publicado na íntegra, Sr. Presidente.
Depois de tantas notícias ruins, tínhamos a obrigação de falar alguma coisa boa, e a Vale do Rio Doce é uma das grandes empresas e uma coisa boa nesse cenário de dificuldades em que o Brasil vive.
Muito obrigado.
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SEGUE, NA ÍNTEGRA, DISCURSO DO SR. SENADOR NEY SUASSUNA.
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O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores,
1. No ardor do período de industrialização do Brasil, foi criada, no dia 1º de junho de 1942, a Companhia Vale do Rio Doce, para a exploração das minas de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.
2. Depois de enorme sucesso como empresa estatal, durante décadas, seu atual grupo de acionistas controladores é composto por investidores de varejo brasileiro, instituições nacionais e estrangeiras, além de parte dos empregados da empresa.
3. A Vale é líder mundial no mercado de minério de ferro e pelotas, segunda maior produtora global de manganês e ferroligas, além de maior prestadora de serviços de logística do Brasil. Presente em 13 Estados brasileiros e em quatro continentes (Américas, Europa, África e Ásia), é um dos mais importantes e produtivos grupos empresariais brasileiros.
4. Para que se tenha uma idéia do dinamismo da empresa, basta destacar um fato: a atual diretoria, presidida pelo jovem e empreendedor Roger Agnelli, tinha como meta alcançar valor de mercado de US$25 bilhões, até 2010.
5. Pois bem, já neste mês de novembro de 2004, a empresa atingiu o patamar de US$26,6 bilhões. Não há como não louvar esta incrível ascensão, sobretudo se recordarmos que, há apenas dois anos, a Vale não atingia, ainda, o valor de mercado de US$10 bilhões.
6. Grandes reservas minerais de qualidade extraordinária, infra-estrutura de primeira magnitude e um sistema logístico extremamente eficiente. A associação desses fatores permite à Vale projetar-se como uma das três maiores mineradoras do mundo até o final desta década, passando a ser reconhecida como líder mundial em mineração.
7. A Companhia vem conquistando uma participação cada vez mais sólida no disputado cenário mundial. Sua moderna e ousada gestão de governança corporativa a impulsiona para a multiplicação de resultados. Ao concentrar sua atuação nas áreas de mineração e logística, a Vale abre novas frentes de desenvolvimento no Brasil e no mundo, trilhando caminhos cada vez mais promissores.
8. A Companhia Vale do Rio Doce abastece o mercado global com produtos que dão origem a uma infinidade de elementos presentes no dia-a-dia de milhões de pessoas ao redor do mundo - de carros a aviões, de fogões a computadores, da construção de estruturas às fundações.
9. Mais do que uma fornecedora de matéria-prima, a Vale do Rio Doce é uma empresa com visão de futuro e sempre atenta às oportunidades para a melhoria dos seus negócios internacionais.
10. A Vale tem empresas controladas e coligadas nos Estados Unidos, Argentina, Chile, Peru, França, Noruega e Bahrein. Desenvolve negócios e realiza a venda de minério de ferro e pelotas diretamente aos seus clientes através de suas empresas: RDA, responsável pela América do Norte e América Central; RDI, responsável pela Europa, África, Oriente Médio, Irã, Índia e Paquistão; RDASIA Tóquio, responsável pela Ásia, com exceção da China; RDASIA Xangai, responsável pela China; e Gevac - Gerência Geral de Vendas para a América do Sul.
11. O crescimento global da empresa reflete, de maneira direta, no desenvolvimento do Brasil e reforça o quanto a Vale está em sintonia com o País. Como grande geradora de divisas e de empregos, a Companhia tem plena consciência do papel que desempenha junto à sociedade brasileira.
12. A Vale contribuiu de forma destacada para o superávit comercial do Brasil, com exportações de 3,95 bilhões de dólares em 2003. Com um resultado consolidado de 3,4 bilhões de reais na balança comercial em 2003, a Vale foi a empresa que mais contribuiu para a redução das necessidades de financiamento externo do Brasil.
13. Tal eficiência empresarial se refletiu nos diversos prêmios internacionais que a empresa granjeou nos últimos anos: Melhor Companhia da América Latina em Mineração e Metais - Global Finance e Reuters Institutional Investor Survey 2002; Excelência Industrial - Revista L’Usine Nouvelle, Insead e Revista Wirtschaftswoche - Excellence Industrielle Top Usine 2002, concedida à subsidiária RDME, na Noruega; Melhor em Transparência, Vencedora do VI Prêmio Anefac-Fipecafi-Serasa 2002; Troféu Transparência de Melhor Demonstração Contábil de 2001.
14. O desenvolvimento do grupo Vale do Rio Doce é uma demonstração de que empresas de origem brasileira podem se tornar grandes corporações em nível mundial, à altura dos maiores conglomerados de origem estrangeira já existentes.
15. A sua concentração em objetivos, de forma muito clara, permitiu à empresa evoluir rapidamente no mercado internacional. A prova está, por exemplo, no crescimento das vendas de minério de ferro de 2000 a 2003. Partindo de pouco menos de 120 milhões de toneladas, a Vale ultrapassou as 186 milhões de toneladas no breve espaço de 4 anos.
16. Ou seja, um crescimento de vendas de mais de 50%, feito inegavelmente espantoso para qualquer empresa de cunho industrial. Acrescente-se, Senhor Presidente, que a companhia deve ultrapassar as 200 milhões de toneladas, em 2004, batendo novo recorde histórico.
17. Conjugando eficiência produtiva e logística sofisticada e adequada ao escoamento de sua produção, a Vale consegue se colocar nos mercados nacional e internacional a preços competitivos.
18. Operando importantes ferrovias e terminais de escoamento, seja de sua propriedade, seja por acordos com outros empreendedores, a Companhia Vale do Rio Doce é uma das maiores operadoras de logística do País.
19. Três ferrovias sob seu controle - a Vitória-Minas, a Carajás e a Centro-Atlântica - respondem por importante parte do escoamento de minério e produtos do interior do Brasil para os portos de Vitória, São Luiz e Santos. Consciente da importância da logística no sucesso de sua estratégia empresarial, a Vale continuou a investir maciçamente nesse setor, em 2004, reservando-lhe R$460 milhões.
20. Srªs e Srs. Senadores, a pujança da Vale do Rio Doce se reflete também no setor de infra-estrutura, já que demanda forte fornecimento de energia para suas plantas industriais e extrativistas.
21. A Vale é o maior consumidor individual de energia do País, o que a tornou um investidor estratégico compulsório no setor de energia, para o que se associou a outros grupos na construção de usinas hidrelétricas que garantam seu suprimento.
22. Especialmente após sua privatização, a Vale do Rio Doce tem acelerado fortemente seu crescimento. Além de implantada em 13 Estados brasileiros, opera, também, nos quatro continentes, como já mencionei no início deste pronunciamento.
23. E o investimento da empresa na expansão de seus mercados não pára, sejam eles os já tradicionalmente seus compradores, sejam novos clientes. Só para a China a companhia exportará, em 2004, 30,5 milhões de toneladas de minério de ferro, que se somarão a outras 12,8 milhões de toneladas de empresas do Grupo.
24. Como a maior mineradora do mundo, a Vale continua firmemente decidida a manter sua liderança, para o que pesquisa novos sítios de extração. A pesquisa geológica faz parte de seus investimentos estratégicos, e a ela reservou R$80 milhões, em 2004.
25. Sr. Presidente, a agressiva política de gestão corporativa que adotou tem feito a Vale crescer contínua e velozmente. Sua receita operacional, nos três primeiros trimestres de 2004, ultrapassou os R$10 bilhões, batendo largamente a marca dos 7,5 bilhões do mesmo período de 2003.
26. O resultado é que sua receita bruta consolidada quase dobrou no mesmo período, passando de US$3,9 bilhões, em 2003, para US$6,1 bilhões no período janeiro a setembro deste ano.
27. Fortemente ancorada em uma vasta rede de acionistas, a empresa tem sido pródiga em lucros para seus investidores. Só em 2004, já distribuiu R$1,96 por ação, o que representa um total de cerca de 2,3 bilhões. O lucro líquido apresentado nos 9 primeiros meses de 2004 é de R$4,9 bilhões, contra 3,7 bilhões no mesmo período do ano passado.
28. Sr. Presidente, é assim que se constrói uma grande empresa brasileira. Eficiência empresarial, planejamento estratégico, valorização de seus quadros, esses são pilares do sucesso da Companhia Vale do Rio Doce.
29. Desse modo, Srªs e Srs. Senadores, deveriam ser conduzidos os negócios no Brasil. Destemor e confiança. O resultado é sempre positivo para os que confiam em sua capacidade de empreender. O sucesso da Vale do Rio Doce é o exemplo acabado desse axioma.
Muito obrigado.