Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de publicação da biografia do empresario pernambucano João Carlos Paes de Mendonça.

Autor
Marco Maciel (PFL - Partido da Frente Liberal/PE)
Nome completo: Marco Antônio de Oliveira Maciel
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Registro de publicação da biografia do empresario pernambucano João Carlos Paes de Mendonça.
Publicação
Publicação no DSF de 22/12/2004 - Página 44138
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • REGISTRO, LANÇAMENTO, BIOGRAFIA, HOMENAGEM, EMPRESARIO, ESTADO DE PERNAMBUCO (PE), ELOGIO, VIDA PUBLICA, DEFESA, REGIÃO NORDESTE.

O SR. MARCO MACIEL (PFL - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) -Sr. Presidente, Senador Eduardo Siqueira Campos, Srªs. e Srs. Senadores, foi lançado recentemente no Recife, no final do mês passado, o livro João Carlos Paes Mendonça: Vida, Idéias e Negócios, de autoria do Jornalista e Escritor Mário Hélio.

            Faço este registro com singular satisfação, pois conheço João Carlos Paes Mendonça de longa data, desde quando se mudou de sua terra natal, Sergipe, e adotou Pernambuco como o seu novo e, pode-se dizer, definitivo lar. É um empreendedor com visão estratégica, um empresário competente, portador de notável espírito de responsabilidade social e admirado, também, como pessoa e chefe de família.

João Carlos Paes Mendonça nasceu em Ribeirópolis, no Estado de Sergipe, como já declinei, cresceu junto com os negócios da família, em seu Estado natal, e tornou-se grande empresário e realizador em Pernambuco. São múltiplas as atividades por ele exercidas: no comércio - atacado e em supermercados -, no setor imobiliário e, também, na construção e administração de grandes centros comerciais, além de atuar exitosamente nas mídias impressa e eletrônica. Seus veículos de comunicação conhecidos são pela excelente qualidade e pela perfusão que tem em toda a sociedade nordestina, não apenas em Pernambuco.

Ademais, uma característica de João Carlos é ser líder em todas as atividades que desempenha, inclusive nos órgãos de classe dos quais faz parte - e são muitos os que integra. Teve, inclusive, a oportunidade de presidir a Associação Brasileira de Supermercados - Abras.

Cidadão com aguda consciência cívica e rara intuição política, não seria exagero dizer que é um ente republicano, pois homem público, na ampla expressão da palavra, não é apenas quem exerce funções de governo ou disputa eleições. Homem público, na minha opinião, é todo aquele que tem “instinto de nacionalidade”, para usar a expressão de Machado de Assis, aquele que se preocupa com o País, seu povo e suas instituições.

O livro a que me refiro, Sr. Presidente, trata, como o título revela, de sua vida, idéias e negócios e foi escrito, como já tive oportunidade de afirmar, pelo talentoso Mário Hélio.

Na orelha da referida publicação, diz o ex-ministro Gustavo Krause, em inspiradas palavras:

Estava escrito nas estrelas do céu limpo da Serra do Machado que aquele menino, privado dos prazeres da infância, aos 8 anos, uma espécie de holding mirim (vendia querosene na bodega do pai, jaca no carro de mão a eventuais compradores, frascos ao dono da farmácia e ganhava alguns trocados para levar as reses do cabo Pereira e do soldado Adalberto ao pasto) - um dia, romperia com as fronteiras de sua aldeia para vencer “falando para o mundo sobre o orgulho de ser nordestino.

No prefácio à obra, o Ministro Marcos Vilaça, escritor e acadêmico, destaca a saga de quem enfrentou desafios e soube vencê-los.

O livro mostra, diz Marcos Vilaça, “como esse homem compreendeu o entorno geográfico que a vida lhe reservou, o espaço; e teve o senso de oportunidade para fruir suas horas, o tempo. Não o teve por curto, como limitante, nem longo - como o tempo dos meninos - a ponto de desperdiçar cavalos selados que lhe passassem à frente”.

Mais adiante, completa o Ministro Vilaça:

Interessante nele é que poderia ser uma figura autárquica, que por si se bastasse. Ao contrário. Privilegia equipes. Reconhece os méritos de uma palavra que lhe é muito caríssima: parceria.

Bom parceiro, por isso catador de talentos. Bom parceiro, por isso respeitador da criação. Bom parceiro, por isso praticante da mediação.

Na biografia, o escritor Mário Hélio, cujas competência e seriedade são proclamadas por todos que o conhecem, traça um retrato que sintetiza a vida e obra, idéias e sonhos do biografado.

O autor sabe que uma biografia é muito mais do que uma coleção de datas ou relação de eventos; deve apresentar o biografado na exata moldura das circunstâncias. Ele trabalha - e eu o cito agora - “o personagem dentro da história e seu contexto”. E observa Mário Hélio mais adiante:

Escrever sobre um contemporâneo e, além do mais, com a obra em desenvolvimento, é tarefa difícil, ainda mais se tem caráter biográfico o estudo. Tem razão assim Leon Edel: ‘Se houvéssemos de contar as horas de trabalho e as recompensas, descobriríamos que a biografia é o mais custoso dos trabalhos literários’.

 

Foi, certamente, o que levou Braudel a asseverar ser esse o “gênero mais difícil da história”.

Sr. Presidente, Pernambuco se sente agraciado por ter adotado uma pessoa da estirpe de João Carlos Paes Mendonça. Os amigos e admiradores de João Carlos Paes Mendonça, entre os quais me incluo, estão, portanto, felizes com seu sucesso e lhe desejam novos e continuados êxitos, os quais são sempre compartilhados por toda a comunidade de nossa região, o que me permite, assim, repetir uma expressão que o próprio João Carlos Paes Mendonça cunhou: “o orgulho de ser nordestino”.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/12/2004 - Página 44138