Discurso durante a 16ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apelo ao Governo Federal para adoção de medidas de apoio aos produtores rurais do Estado do Mato Grosso do Sul.

Autor
Ramez Tebet (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
Nome completo: Ramez Tebet
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA AGRICOLA. POLITICA FISCAL.:
  • Apelo ao Governo Federal para adoção de medidas de apoio aos produtores rurais do Estado do Mato Grosso do Sul.
Publicação
Publicação no DSF de 10/03/2005 - Página 4643
Assunto
Outros > POLITICA AGRICOLA. POLITICA FISCAL.
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, REIVINDICAÇÃO, PRODUTOR RURAL, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), REDUÇÃO, JUROS, AMPLIAÇÃO, PRAZO, PREVENÇÃO, CRISE, ALTERAÇÃO, CLIMA, REGISTRO, REUNIÃO, COMISSÃO DE AGRICULTURA, SENADO, EXPECTATIVA, URGENCIA, PROVIDENCIA, GOVERNO FEDERAL.
  • COMENTARIO, REUNIÃO, RELATOR, MEDIDA PROVISORIA (MPV), REPRESENTANTE, EMPRESA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, NECESSIDADE, ALTERAÇÃO, PROPOSTA, REDUÇÃO, TRIBUTAÇÃO.

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quando temos apenas cinco minutos devemos fazer bom uso desse tempo, embora tão diminuto para os representante de uma região produtora como o Centro-Oeste, especificamente do Estado do Mato Grosso do Sul.

Novamente compareço à tribuna para manifestar a inquietação do homem do campo diante do quadro econômico que se avizinha e para fazer um forte apelo ao Governo Federal, por intermédio do Ministro da Agricultura, que tão bem compreende os problemas em que estão envolvidos e que hora afligem aqueles que estão plantando ou que se dedicam às lavouras de soja, arroz, milho, algodão ou a qualquer outra; enfim, aqueles que se dedicam à agricultura.

Algumas medidas precisam ser tomadas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores. Venho aqui, mais uma vez, em nome desses produtores rurais, que estiveram reunidos em meu Estado articulando várias fórmulas para saírem das dificuldades em que se encontram.

Noutro dia, nesta tribuna, apresentei os dados do agronegócio em favor da economia brasileira e disse o que ele representa para a geração de emprego e para o superávit da balança comercial de pagamento. Porém, precisamos de medidas objetivas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores.

Hoje de manhã, reuniu-se a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado - volto a repetir, criada em muito boa hora, porque não se compreendia que uma Casa como a nossa, que representa a Federação, não tivesse uma comissão representativa de segmentos tão importantes para a economia do nosso País: a agricultura e a pecuária.

Precisamos de juros mais baratos. Cumpre sejam tomadas algumas medidas. Os juros de custeio devem ser reduzidos. Urge acenar logo para os produtores com empréstimos mais prolongados, na compreensão de que, além da superprodução que acontece internacionalmente, o Brasil está sendo castigado por condições climáticas até interessantes de tão variáveis se apresentam. Em alguns lugares, chove muito; todavia, de repente, o solo é castigado pela inclemência de um calor fortíssimo. Outros lugares, como o Rio Grande do Sul, tantas vezes pródigo em chuva, foram castigados pela seca.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - Sr. Presidente, ouço a campainha.

O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT - AC) - V. Exª dispõe de dois minutos, além de um minuto complementar.

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS) - É o suficiente, porque não posso deixar de fazer este apelo. Os produtores do meu Estado e do Centro-Oeste têm me solicitado isso.

Sei que o Ministro da Agricultura está preocupado; porém, no Brasil, costumamos tomar providências a destempo. Urge, já que estamos pré-avisados e as coisas estão acontecendo, adotar algumas das medidas que estão sendo propostas. Não se pode mais demorar com a questão do crédito, da prorrogação das dívidas vencidas, dos juros mais acessíveis à classe produtora. Positivamente, não se pode mais demorar com isso.

Sr. Presidente, não digo que devemos consertar as estradas em seis meses ou em sessenta dias; já não digo que devemos suprir a infra-estrutura a que o Brasil, infelizmente, está acostumado. Contudo, também não dá para esperar mais. Por isso venho a esta tribuna.

Não falarei além dos cinco minutos a que tenho direito. A matéria foi muito debatida.

Sr. Presidente, agora mesmo, quando me encaminhava para cá, vi uma reunião na sala das Comissões. Procurei saber do que se tratava: eram representantes dos prestadores de serviço reunidas com o nosso Senador Romero Jucá, encarregado de relatar a Medida Provisória nº 232, que, parece, o Governo já compreendeu necessitar de alterações, se não ser eliminada ou retirada, porque a carga tributária está muito alta. Reclamam os agricultores e os pecuaristas; reclamam os prestadores de serviço. A sociedade está mobilizada. O Senado tem razão de procurar andar à frente para resolver esses problemas. É o que espero que aconteça, Sr. Presidente, porque confio na relatoria do Senador Romero Jucá e na sensibilidade do Governo, a quem estou pedindo que acelere imediatamente as providências para que o homem do campo possa voltar a trabalhar com mais tranqüilidade.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/03/2005 - Página 4643