Discurso durante a 19ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Preocupação com a reforma ministerial.

Autor
Antonio Carlos Magalhães (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Preocupação com a reforma ministerial.
Aparteantes
Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 15/03/2005 - Página 5010
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • QUESTIONAMENTO, REFORMULAÇÃO, MINISTERIOS, NECESSIDADE, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATENÇÃO, ESCOLHA, MINISTRO, IMPEDIMENTO, DISPUTA, POLITICA PARTIDARIA.
  • CRITICA, CONDUTA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MEMBROS, GOVERNO, PREFERENCIA, UNIFORME, FUTEBOL, PROPAGANDA, REFRIGERANTE.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, meu querido amigo Senador Marcelo Crivella, agradeço-lhe a gentileza. Serei o mais breve possível.

Preocupa-me - e acredito que essa preocupação se estenda a toda Casa - a reforma ministerial. Estou convencido, data venia de Sua Excelência o Senhor Presidente, que nada vai melhorar com isso. Ao contrário, talvez piore.

Muitos serão os que vão ficar sem participar do jogo; o jogo que se realiza semanalmente ou na Granja do Torno, no Jaburu, ou até mesmo na casa do Presidente do Senado.

Vejam que, nesse jogo, o Presidente, com humildade, se coloca na reserva. Sua Excelência não é o principal. Se não é o principal no jogo que realiza na sua casa, como vai ser o principal para a escolha dos Ministros? Evidentemente, isso é preocupante. Serão os melhores jogadores que vão participar do Ministério ou serão os que estão na reserva, como o Presidente, que vão entrar em campo?

Esse é um ponto que eu queria tratar com mais ênfase nesta sessão. Entretanto, não vou prejudicar, de modo nenhum, o nosso querido Senador Marcelo Crivella. Porém, amanhã, comprarei onze camisas - ou vinte e duas, se for necessário - para entregar ao Senador Mercadante, para evitar, assim, que o Presidente e os seus companheiros façam propaganda da Pepsi-Cola.

Não sei se foi gratuita a grande propaganda da Pepsi-Cola ou se ela patrocinou o jogo. O fato é que alguns da Coca-Cola - e aí vai o meu querido amigo Tasso Jereissati - devem estar enciumadíssimos com o fato de o Presidente vestir a camisa da Pepsi e deixar a Coca-Cola e outros refrigerantes de lado. Ainda bem que foram refrigerantes, porque senão o jogo não teria terminado em paz como terminou.

Seja como for, Sr. Presidente, que o nosso Presidente tenha mais cuidado na escolha daqueles que vão participar do Ministério, porque realmente o jogo do Palácio foi muito fraco.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador, eu gostaria de dizer, neste momento, que todos nós tínhamos esperança. Eu tinha esperança, votei no Presidente; o Piauí também. Portanto, Sua Excelência pode ajudar o Piauí. Lá, temos uma cachaça: Mangueira. Esta era a oportunidade de ela se tornar nacional e internacional. Seria uma ajuda às empresas piauienses. 

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA) - Então, esta é uma sugestão para V. Exª: assim como vou comprar sem nenhum rótulo, V. Exª poderá também comprar uma dúzia de camisas com o rótulo “Mangueira”.

De modo, Sr. Presidente, que todos vão querer agora aparecer no campo de futebol pelo menos com suas camisas ou com as camisas dos seus refrigerantes preferidos.

Que o Senhor Presidente tenha pelo menos cuidado em relação a isso. Sei que o Líder Mercadante também estava lá e pode até se zangar, mas a Senadora Serys bem que está gostando!

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/03/2005 - Página 5010