Discurso durante a 27ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem ao Dia do Diplomata, comemorado em 20 de março do corrente.

Autor
Valmir Amaral (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/DF)
Nome completo: Valmir Antônio Amaral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao Dia do Diplomata, comemorado em 20 de março do corrente.
Publicação
Publicação no DSF de 29/03/2005 - Página 6556
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, DIPLOMATA, ANIVERSARIO DE NASCIMENTO, JOSE MARIA DA SILVA PARANHOS, VULTO HISTORICO, ATUAÇÃO, ITAMARATI (MRE).
  • ELOGIO, POLITICA EXTERNA, BRASIL, QUALIDADE, INSTITUTO RIO BRANCO, PREPARAÇÃO, DIPLOMATA.

O SR. VALMIR AMARAL (PMDB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no dia 20 de março passado, foi celebrado o Dia do Diplomata, esse servidor público de fundamental importância para o reconhecimento internacional de nosso País.

Trata-se de uma homenagem ao maior diplomata que já tivemos, José Maria da Silva Paranhos - o Barão de Rio Branco. Nascido no dia 20 de março de 1845, esse luminoso brasileiro foi responsável pela complicada engenharia da construção pacífica de nossas fronteiras.

Gênio da arte da negociação e profundo conhecedor da Geografia Mundial, o Barão de Rio Branco, utilizando-se de muita habilidade argumentativa e de um senso de objetividade singular, conseguiu firmar acordos e tratados de delimitação de nossos vastos limites territoriais sem a necessidade de dar um tiro sequer.

O Barão também dá nome à escola preparatória que forma aqueles que ingressam na carreira diplomática. O Instituto Rio Branco, fundado em 1945, já se consolidou como berço dos grandes intelectuais formuladores de nossa política externa. Há, inclusive, diversos alunos estrangeiros que vêm aprimorar seus conhecimentos em assuntos diplomáticos nos afamados bancos do Instituto.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a carreira de diplomata é das mais difíceis e exigentes que temos no serviço público. O concurso de admissão ao Instituto Rio Branco se caracteriza, sobretudo, pela complexidade de seu conteúdo programático e pelo alto grau de qualificação de seus postulantes. Obter êxito em suas provas requer anos de estudo e intensa preparação.

Não é por acaso que nossos diplomatas, reconhecidamente, são dos mais preparados de todo o mundo. Nos fóruns internacionais, a atuação destacada de nossos representantes externos já rendeu inúmeros dividendos ao nosso País.

Portanto, Sr. Presidente, temos a obrigação de enaltecer e valorizar sempre o competente corpo diplomático brasileiro. Em um mundo onde a integração e as transações comerciais internacionais ganham contornos cada vez maiores, a função diplomática assume um papel de extrema importância para a afirmação de nossos interesses.

Nosso atual chanceler, Ministro Celso Amorim, que tanto tem brilhado na condução da política externa brasileira, é a prova viva da excelência de nossa diplomacia. Ousando contestar as grandes nações desenvolvidas sem cair no enfrentamento estéril, o chanceler brasileiro já se transformou em uma importante liderança do mundo em desenvolvimento nas negociações internacionais. Exemplo disso foi a criação do G-20 e sua luta pela eliminação dos subsídios que são oferecidos pela União Européia e pelos Estados Unidos aos seus produtores agrícolas.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a carreira diplomática requer, em virtude de sua característica essencial da mobilidade, desprendimento e renúncia por parte dos seus integrantes e de seus familiares. Não é fácil ter de se adaptar aos costumes e cultura de países muitas vezes tão distintos do nosso.

Muito se diz que a rotina do diplomata se resume a festas nababescas ou recepções suntuosas. Nada mais distante da realidade burocrática da diplomacia, em que o trabalho intenso não tem hora nem lugar para terminar.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no contexto da celebração do Dia do Diplomata, temos a obrigação de render uma merecida homenagem a essa categoria de funcionários públicos que tanto nos orgulha.

O reconhecimento do diplomata como peça fundamental de nossa burocracia e a devida valorização da carreira devem ser prioridades em nossa agenda de política externa. Quem tem a responsabilidade de representar o nosso País, cumprindo-a com absoluta propriedade e competência, não pode ser esquecido ou subvalorizado.

E que o espírito redivivo do Barão de Rio Branco continue a iluminar os caminhos de nossa diplomacia.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/03/2005 - Página 6556