Discurso durante a 30ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao Dr. Ulysses Guimarães e ao PMDB. Elevação da carga tributária no Governo Lula.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DEMOCRATICO. POLITICA FISCAL.:
  • Homenagem ao Dr. Ulysses Guimarães e ao PMDB. Elevação da carga tributária no Governo Lula.
Publicação
Publicação no DSF de 01/04/2005 - Página 7097
Assunto
Outros > ESTADO DEMOCRATICO. POLITICA FISCAL.
Indexação
  • REGISTRO, ANIVERSARIO, GOLPE DE ESTADO, GOVERNO, REGIME MILITAR, HOMENAGEM, PARTIDO POLITICO, MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (MDB), PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), ULYSSES GUIMARÃES, EX-DEPUTADO, PEDRO SIMON, SENADOR, LIDER, DEFESA, DEMOCRACIA.
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, AUMENTO, TRIBUTAÇÃO.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, brasileiras e brasileiros aqui presentes e que nos assistem pelo Sistema de Comunicação, hoje é dia 31 de março. Há 41 anos, Senador Pedro Simon - que vergonha! - , os canhões falaram mais alto. A democracia se apagou. Mesmo assim, surgiu um grandioso partido na ditadura: o MDB de Ulysses Guimarães, encantado no fundo do mar, que ensinou: “Ouçam a voz rouca das ruas!”

Teotônio Vilela, Tancredo Neves, Juscelino Kubitschek e Pedro Simon, aqui presente. O pacífico gaúcho João Goulart deixava o Governo na paz, para não haver derramamento de sangue, o que já tinha feito para tomar posse, atendendo até à mudança do regime para o Parlamentarismo, mas deixando em sua história o Rio Grande do Sul de guerra, o Rio Grande do Sul de Farroupilha, de Pedro Simon. Ele deixou essa mensagem de paz para contrabalançar a mensagem de guerra de Bento Gonçalves, da Farroupilha.

Mas nós estamos aqui. E faltam três minutos, Senador Jefferson Peres. Em mais de um minuto, Cristo fez o Pai-Nosso.

Senador Pedro Simon, em 1973, seu companheiro Ulysses Guimarães dizia: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Em 1973. Há 32 anos, este grandioso Partido teve um homem para se candidatar à Presidência da República. O anticandidato, para falar, para debater. Que vergonha! Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek foram cassados. E hoje, este Partido, Senador Paulo Paim, não tem um homem a defender a democracia, a participar. É como diz o jornalista Boris Casoy: “Isso é uma vergonha!”.

Falou-se aqui de impostos. Senador Jefferson, V. Exª se lembra da Bíblia, no momento em que perguntaram a Cristo se era justo pagar imposto? E Ele disse: “Quem está na moeda? É César? Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Mas Cristo diria para o brasileiro não pagar mais imposto porque o PT já cobrou muito. Dezesseis já foram aumentados, e mais dois foram criados. Isso é uma vergonha, Srªs e Srs. Senadores!

Concluo homenageando o Senador Pedro Simon, esse símbolo, esse homem de virtude que escolho para ser o Líder do Partido. Lembre-se, Senador Pedro Simon, de Ulysses Guimarães, que beijou a Bíblia e a Constituição Federal. E ele dizia:

“Nossos mortos, levantem-se de seus túmulos. Venham aqui e agora testemunhar que os sobreviventes da invicta Nação Peemedebista...”

(Interrupção do som.)

O SR. PRESIDENTE (Juvêncio da Fonseca. PDT - MS) - Senador Mão Santa, por favor, V. Exª tem dois minutos para encerrar, em função da Ordem do Dia.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Agradeço. Em um minuto, Cristo fez o Pai-Nosso.

“...os sobreviventes da invicta Nação Peemedebista não são uma raça de poltrões, de vendidos, de alugados, de traidores. Venham todos!

Venham os mortos de morte morrida, simbolizados em Juscelino Kubitschek, Teotônio Vilela, Tancredo Neves.

Venham os mortos de morte matada, encarnados pelo Deputado Rubem Paiva (...); Vladimir Herzog (...); Santos Dias, o operário; (...).

Não digam que isso é passado.

Passado é o que passou. Não passou o que ficou na memória ou no bronze da História.

O PMDB é também o passado que não passou. Não o enterremos, pois estaríamos calando vozes que a Nação ouviu e esquecido companheiros que não se esqueceram de nós.”

Senador Pedro Simon, comande esse Partido, a fim de que ele contribua com a democracia que, há 41 anos, foi enterrada e calada pelas canções. O sol da liberdade da democracia nasceu com o nosso MDB. Napoleão disse que o francês é tímido, mas, com um comandante forte, vale por cem mil homens. Neste momento histórico de nosso Partido, esse comandante é Pedro Simon.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/04/2005 - Página 7097