Discurso durante a 40ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Invasão do prédio do Ministério da Fazenda pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terra - MLST.

Autor
Antonio Carlos Magalhães (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Invasão do prédio do Ministério da Fazenda pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terra - MLST.
Publicação
Publicação no DSF de 15/04/2005 - Página 9289
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • GRAVIDADE, INVASÃO, SEM-TERRA, PREDIO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), FALTA, AUTORIDADE, GOVERNO FEDERAL, FORÇAS ARMADAS, OMISSÃO, GARANTIA, SEGURANÇA PUBLICA.
  • ANUNCIO, MOBILIZAÇÃO, CONJUGE, MILITAR, PROXIMIDADE, MINISTERIO DA DEFESA, PROTESTO, FALTA, PAGAMENTO, FUNCIONARIO MILITAR.
  • CONCLAMAÇÃO, PROVIDENCIA, CONGRESSO NACIONAL, FALTA, GOVERNO, PROTESTO, PARALISAÇÃO, POLITICA SOCIAL, COMBATE, FOME.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nada mais sério poderia acontecer neste País do que a invasão do Ministério da Fazenda. Essa é uma demonstração de falta de autoridade, é uma demonstração de falta de ação das Forças Armadas, é uma demonstração de que estamos próximos do caos. Se o Governo cruza os braços diante de uma situação como essa, evidentemente não há mais governo. E temos de zelar por isso; nós, Congressistas, temos o dever de zelar pela sociedade. Quando não há Polícia e nem Forças Armadas para defender os próprios do Governo, o que se dirá das casas dos cidadãos, das casas dos próprios Congressistas, das casas de todos nós!

É uma situação vexatória. Enquanto isso, o Presidente dança na África, e o MST dança no Ministério da Fazenda.

Sr. Presidente, a coisa é muito mais grave do que pensam. Se as Forças Armadas também estão deixando que isso ocorra, essa é uma reação ao Governo. Não pense o Governo que está bem nas Forças Armadas coisa alguma! Queremos que o Governo esteja bem nas Forças Armadas, queremos que o Governo respeite os militares e não os fique descompondo a toda hora, como vem fazendo. Queremos que o Governo pague decentemente a todos os brasileiros, mas também queremos que pague aos militares. Na próxima semana, vamos ver senhoras de militares em frente ao Ministério da Defesa, protestando contra essa situação.

Com quem vai contar finalmente este Governo? Com esta Bancada do PT, que não vem sequer ao plenário num dia grave como este? Não, Sr. Presidente. O PT está levando o País a uma situação de gravidade, que só não enxerga o Presidente Lula, porque está feliz com as delícias das viagens, no Aerolula, dançando com os africanos, o que, talvez seja a única coisa boa que ele saiba fazer.

De modo, Sr. Presidente, que a reação do Congresso tem de existir. É melhor cair de pé do que ficar de joelhos. E nós estamos ficando de joelhos perante os movimentos revolucionários insuflados pelo Governo. Precisamos reagir. A reação, no caso, é um dever. Nós temos de mostrar, o quanto antes, nesta Casa, que existe Congresso, e este é obrigado a fazer com que o Governo aja. Se o Governo não age, evidentemente, é porque quer que a anarquia tome conta da Nação, mas nós, como representantes do povo, temos o dever de querer a ordem.

Ninguém quer a pobreza. O projeto da fome, Sr. Presidente, está parado. As famílias estão morrendo de fome aqui e ali, e o Governo passeando no Aerolula e brincando nas Embaixadas. Não é isso o que se quer. Ou ganha autoridade moral ou este Governo, que já se julga reeleito e até perpetuado no poder, irá se decepcionar: será apeado do poder pelo voto. Mas, se não for pelo voto, por aqueles que têm dignidade de reagir de qualquer maneira para que o Brasil não viva na desordem que vive.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/04/2005 - Página 9289