Discurso durante a 41ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Aplauso à equipe do Instituto do Coração-Incor, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina do Estado de São Paulo - USP. (como Líder)

Autor
João Ribeiro (PL - Partido Liberal/TO)
Nome completo: João Batista de Jesus Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Aplauso à equipe do Instituto do Coração-Incor, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina do Estado de São Paulo - USP. (como Líder)
Aparteantes
Paulo Paim.
Publicação
Publicação no DSF de 19/04/2005 - Página 9413
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • ELOGIO, CAPACIDADE PROFISSIONAL, EFICACIA, GRUPO, MEDICO, CARDIOLOGIA, HOSPITAL DAS CLINICAS, FACULDADE, MEDICINA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), ESTADO DE SÃO PAULO (SP).
  • IMPORTANCIA, POSSIBILIDADE, TRATAMENTO MEDICO, GRUPO, CARDIOLOGIA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS (HFA), DISTRITO FEDERAL (DF).
  • EXPECTATIVA, RETORNO, MEDICO, PAIS ESTRANGEIRO, CUBA, CONTINUAÇÃO, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, EFICACIA, TRATAMENTO MEDICO, POPULAÇÃO, ESTADO DO TOCANTINS (TO).

  SENADO FEDERAL SF -

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O SR. JOÃO RIBEIRO (Bloco/PL - TO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, assomo no dia de hoje a esta tribuna para cumprir um dever de cidadão e deixar registrado nos Anais desta Casa Legislativa meu aplauso pessoal à equipe que atualmente comanda um dos mais modernos hospitais do mundo, especializado no tratamento clínico e cirúrgico de doenças cardíacas, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o conhecido InCor.

Tomo tal iniciativa por duas razões distintas. A primeira delas é de ordem pessoal, por ter sido assistido pela competente equipe comandada pelo Dr. Sérgio Timerman, cardiologista, Diretor do Laboratório de Treinamento daquele hospital e, assim, ter constatado o altíssimo nível de tratamento dispensado a todos os pacientes ali atendidos. Fato este que possivelmente deve marcar a todos os que por ali passam, dado o alto grau de qualidade do trabalho desenvolvido.

Já a segunda razão, de ordem política, se prende à necessidade de propor a todas as autoridades da área de saúde que dirijam suas atenções àquele Instituto, que deve ser visto como exemplo de boa gestão hospitalar a ser seguida pelas redes de assistência médica em nosso País.

Tenho plena consciência da distância entre as diferentes unidades hospitalares que estão sendo administradas pelo setor público e o InCor, tendo em vista a disponibilidade de recursos e a capacidade de gestão hoje presentes. Mas exatamente por constatar tal discrepância é que prego a necessidade de se mobilizar os responsáveis pelo setor para buscarem o modelo do InCor como meta para os serviços públicos de saúde.

A equação implementada pelo Instituto é simples: arrojo e ousadia na hora de escolher o parceiro para a gestão. No caso, os louros vão para a Fundação E.J. Zerbini.

Entretanto, o sucesso se deve a mais fatores, como o fato de que integram seu corpo clínico ao quadro de docentes das disciplinas de Cardiologia e Cirurgia Torácica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e ao quadro de médicos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da mesma universidade. Além disso, contam, porque buscam com competência, com os mais modernos recursos tecnológicos postos à disposição da Medicina.

No InCor, 82% do atendimento está por conta da assistência à população em geral, feita pelo Sistema Único de Saúde - SUS. O total dos atendimentos se completa com 15% de beneficiários de convênios e seguros médicos e apenas 3% de pacientes particulares.

Mas o Instituto do Coração da USP também é modelo no quesito preparação de equipe e difusão de conhecimentos.

Seu pessoal é permanentemente atualizado, pois realizam atividades de pesquisa e participam dos mais importantes eventos de troca de experiências da área e contribuem para o debate científico de forma rotineira, beneficiando mais diretamente alunos da Faculdade de Medicina da USP.

São muitas as qualidades do InCor, Sr. Presidente, e não haveria tempo suficiente, pela nova regra de uso da tribuna, de relatá-las neste momento.

Mas não posso concluir este registro sem antes parabenizar o Dr. José Antônio Ramires, Presidente do Instituto do Coração da USP, que, dirigindo uma inestimável equipe de médicos e profissionais de saúde do mais alto gabarito, gere de forma competente os recursos que lhe são destinados e, assim, faz do InCor um hospital público de padrão de excelência, somente comparável aos melhores centros de saúde de todo o mundo.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT - AC) - V. Exª ainda dispõe de dois minutos.

O SR. JOÃO RIBEIRO (Bloco/PL - TO) - Pois bem, Sr. Presidente, na semana passada, estive no InCor para um check-up, e pude constatar tudo o que citei neste breve relato. E informo à população, Senador Tião Viana, que é médico, assim como o Senador Mão Santa, que aqui está, e pude ver, pelo pronunciamento anterior, que o projeto do Senador Papaléo Paes está ligado à área, que foi instalado um InCor também em Brasília, com o apoio do Congresso Nacional, com todos os equipamentos modernos destinados à realização de qualquer tipo de tratamento e cirurgia do coração. Chegando a São Paulo, quando já fazia meu check-up, pude constatar essa maravilha. Fiquei impressionado com a atenção e a forma como os profissionais de saúde do InCor nos atendem. A população da Região Norte agora pode contar com o mesmo tratamento no HFA - Hospital das Forças Armadas, e ser assistida mais proximamente por esse hospital que se instala com equipamentos novos e uma equipe extraordinária e atenciosa.

Portanto, Senador Tião Viana, registro minha alegria por ver instalado em Brasília um hospital com as qualidades do InCor.

O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - V. Exª me permite um aparte, nobre Senador João Ribeiro?

O SR. JOÃO RIBEIRO (Bloco/PL - TO) - Senador Paulo Paim, não sei se ainda há tempo.

O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT - AC) - Pedimos apenas objetividade ao nobre Senador Paulo Paim.

O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - Utilizarei menos de um minuto, Senador João Ribeiro.

O SR. JOÃO RIBEIRO (Bloco/PL - TO) - Sei que V. Exª enriquecerá minha fala, com certeza.

O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - Como hoje estamos falando de saúde, assisti ao pronunciamento de V. Exª com relação aos médicos cubanos na Comissão de Assuntos Sociais. Registro minha solidariedade a V. Exª e ao Senador Eduardo Siqueira Campos. Foi praticamente um equívoco histórico expulsar do País médicos que prestavam serviços relevantes para aquela comunidade. Lamento. Espero que a decisão possa ser revista, e que os médicos e médicas possam voltar ao Tocantins a fim de continuar realizando o trabalho que V. Exª descreveu e que me deixou empolgado, que eu chamaria de “saúde da família”. Não pretendo tomar seu tempo, mas registro minha solidariedade ao movimento que V. Exª e o Senador Eduardo Siqueira Campos realizaram.

O SR. JOÃO RIBEIRO (Bloco/PL - TO) - Agradeço e incorporo a fala de V. Exª ao meu discurso.

Senador Paulo Paim, na Comissão de Educação, outro dia, eu disse que médicos brasileiros não iriam para cidades com 2, 3 e 4 mil habitantes. Muitos não iriam para essas cidades. Mas, graças a convênio firmado pelo então Governador Eduardo Siqueira Campos com Cuba, médicos cubanos vieram para o Brasil.

Lamentei muito a decisão da Justiça, que, em primeiro momento, decretou a saída desses médicos cubanos do Brasil, provocando um clima de terrorismo e preocupação na população do interior do Tocantins.

Senador Tião Viana, V. Exª pode me conceder mais um minuto?

Graças a Deus a Justiça às vezes tarda mas não falta - um ditado bastante correto. Assim, em Brasília, por intermédio de um recurso foi derrubada a liminar que determinava a saída desses médicos cubanos, do Brasil. Lamentavelmente, eles já estão em Cuba.

Mas essa celeuma foi provocada por um médico em Tocantins, que, sem autoridade, numa atitude equivocada, agrediu médicos cubanos ao chamá-los de curandeiros. Ao saber disso, o Presidente Fidel Castro mandou buscar os médicos aqui em Brasília e os levou para Cuba.

Queremos os médicos cubanos de volta, pois não temos médicos brasileiros para atender no interior. Os cubanos são muito atenciosos, carinhosos e prestaram um grande serviço à comunidade tocantinense, melhorando muito a área da saúde, a vida da população do interior do meu querido Estado de Tocantins.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/04/2005 - Página 9413