A SRª LÚCIA VÂNIA (PSDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Octávio, um dos grandes defensores de Brasília e do Distrito Federal, que realiza esta sessão para comemorar o aniversário de 45 anos de Brasília, que transcorre amanhã, dia 21 de abril, esta é uma homenagem justa e importante.

Cumprimento o Governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz. (Palmas.)

Nós, goianos, costumamos dizer que Joaquim Roriz é o goiano que nós emprestamos a Brasília. (Palmas.)

E, sem dúvida nenhuma, emprestamos um dos melhores quadros de Goiás para o Distrito Federal. (Palmas.)

Costumo dizer também, Governador Roriz, que Brasília tem a marca da ousadia representada por JK e tem a marca da competência representada por V. Exª. (Palmas.)

Portanto, receba neste momento a homenagem do povo goiano, que se orgulha muito de ter um conterrâneo como Governador do Distrito Federal, que faz da Capital da República uma das mais bonitas do mundo. A sua competência nos orgulha e enche de orgulho o povo brasileiro.(Palmas.)

Cumprimento os Senadores Cristovam Buarque, Valmir Amaral, Maguito Vilela, Demóstenes Torres e todos os Senadores que aqui estiveram. (Palmas.)

Srs. convidados e demais presentes, gostaria de homenagear a nossa Ana Christinna, que representa nesta mesa a força da mulher, a força de uma família cujas mulheres foram fortes, competentes e muito ajudaram o Brasil e Brasília. Parabéns, Ana Christinna, por sua presença aqui e pela família! (Palmas.)

A Capital da República, sede do poder onde grandes decisões nacionais são tomadas, representa a concretização de um sonho e um grande exemplo para todos nós que lutamos pelos direitos sociais e pela igualdade do nosso povo.

Não foi sem motivo que Brasília tornou-se o Patrimônio Cultural da Humanidade, tombada pela Unesco em 1987.

O principal objetivo dessa mudança seria a necessidade de fazer com que a ocupação humana chegasse às regiões despovoadas, além de iniciar novas frentes de desenvolvimento do País.

Incorporada a mudança à Constituição em 1891, no ano seguinte, o Governo selecionou uma comissão para explorar a região do Planalto Central. O então projeto fôra adiado e relançado, em 1955, por Juscelino Kubistchek, durante sua campanha eleitoral.

Depois de eleito, Juscelino promoveu o concurso de projetos para a nova Capital, e o escolhido foi o trabalho de Lúcio Costa - tão bem aqui relatado pelo Senador Demóstenes Torres - que desenvolveu as primeiras linhas de Brasília.

Surgia o Plano Piloto, hoje cartão postal para o mundo, com seus principais edifícios o Palácio da Alvorada,o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, 11 Ministérios, o Quartel da 6ª Companhia de Guarda, o Museu de Brasília e o Hangar do Aeroporto.

Além do projeto urbanístico de Lúcio Costa, Brasília teve em Oscar Niemeyer o grande mentor de sua arquitetura.

Ao lado dos fatos históricos que formam a realidade que hoje é a Capital da República, não se pode esquecer do sonho de São João Bosco, no século XVIII, ao profetizar o surgimento de Brasília no planalto central brasileiro.

Sua profecia antecipou-se à decisão de José Bonifácio de Andrada e Silva, para chegar ao que hoje é a Capital da República: a Capital do Terceiro Milênio, vivenciando muitos problemas das grandes capitais brasileiras, como a superpopulação e os engarrafamentos.

Mas Brasília continua a ser diferente, reconhecida pelas suas extensas áreas verdes e como marco da arquitetura moderna e do arrojado urbanismo.

Comemorar os 45 anos de Brasília, Governador Joaquim Roriz, significa comemorar toda a região Centro-Oeste, que deve muito a esse sonho e esse arrojo de JK. Se hoje temos uma região Centro-Oeste que é o orgulho deste País, que abastece e é o celeiro do Brasil - e será o celeiro do mundo -, devemos tudo a esse sonho e a essa ousadia.

Hoje, ao comemorar os 45 anos de Brasília, estamos comemorando também um novo País, que pensa, sim, por meio de Brasília, no seu povo, na melhoria da qualidade de vida do seu povo; pensa, sim, na renda, porque, transformando o Centro-Oeste no celeiro do Brasil, vamos alimentar aqueles que mais precisam e vamos gerar emprego e renda.

O sonho continua e haverá de permanecer acesa aquela vela da ousadia e da esperança que todos nós queremos comemorar amanhã.

Parabéns, Paulo Octávio! (Palmas.)

Parabéns por gostar tanto de Brasília, por perpetuar na memória do brasiliense essa história, por trazer com tanto carinho a história de JK, todos os anos, para este Plenário.

Parabéns por ter ao seu lado uma pessoa tão brilhante e determinada, que ajuda a construir e a continuar a obra de JK.

Parabéns a todos os brasilienses que aqui orgulhosamente comemoram os 45 anos de Brasília e comemoram, com orgulho democrático, aquele que consideram um dos melhores Governadores do Distrito Federal. Muito obrigada.