O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente Senador Francisco Pereira, Srªs e Srs. Senadores, faço uso desta tribuna para trazer informação do lançamento, na última terça-feira, dia 26, por parte da Confederação Nacional de Indústria, do Mapa Estratégico da Indústria (2007-2015), cuja divulgação consubstancia a visão da CNI sobre o futuro do País, para os próximos dez anos. O Mapa Estratégico aponta o posicionamento da indústria no cenário competitivo global, as prioridades estratégicas e as bases necessárias ao desenvolvimento de uma indústria forte, dinâmica e com participação expressiva no comércio internacional.

Qual o objetivo da indústria brasileira com o Mapa Estratégico? Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Mapa mostra o que a indústria quer e sonha: um País diferente. O Mapa define objetivos, metas e programas capazes de consolidar o Brasil como uma das principais plataformas da indústria mundial por meio de uma agenda voltada para a construção de uma economia competitiva, inserida na sociedade do conhecimento, inovadora e com capacidade de crescer de forma sustentável, com mais e melhores empregos.

A indústria brasileira sabe que não existem soluções mágicas. O crescimento da economia e a melhoria da vida da população exigem um conjunto amplo de ações e aprofundamento de reformas. Não há uma ação isolada com capacidade de gerar o crescimento. O crescimento é o produto de um todo, um conjunto de ações. A falta de ação sobre essa agenda é que pode afetar negativamente o potencial de crescimento do País.

O Mapa não é da indústria, mas do País. A indústria pretende atuar de forma pró-ativa junto à sociedade na mobilização dos recursos necessários para implementar os Programas Estratégicos que afetarão o desenvolvimento industrial brasileiro e, em última instância, garantir o desenvolvimento sustentável desta e das futuras gerações.

O Mapa reforça e recomenda soluções de mercado. Parte da premissa de que o Estado deve garantir instituições sólidas e de qualidade e ser capaz de coordenar ações necessárias à criação de um ambiente econômico competitivo.

O desenvolvimento institucional do País é causa e efeito do processo de crescimento. Escapar do círculo vicioso gerado por reformas institucionais parciais e inconclusas é o desafio do País. Ao liberar o potencial de crescimento, essas reformas geram as condições para um círculo virtuoso de novas reformas que surgem da prosperidade.

Os pilares do Mapa Estratégico estão centrados em um conjunto de elementos: a liderança empresarial; o ambiente institucional e regulatório; o desenvolvimento do capital humano (educação e saúde); a infra-estrutura; a disponibilidade de recursos.

Na construção do Mapa, a indústria, representada pelo Fórum Nacional da Indústria da CNI, mobilizou dezenas de organizações empresariais e centenas de empresários para uma reflexão conjunta sobre o futuro da indústria e do País. O produto final desse trabalho, desenvolvido ao longo de seis meses, é o Mapa Estratégico da Indústria (2007-2015).

O Mapa é, portanto, produto de uma visão compartilhada. Foi desenhado com ampla participação empresarial. Foi construído para ter permanência, independentemente de mudanças de governos. Traduz o pensamento da indústria e busca o compromisso com a sociedade em torno de uma estratégia para o desenvolvimento do País. Servirá também para dar foco à própria atuação do Fórum Nacional da Indústria da CNI, orientando as suas ações e prioridades.

Srªs e Srs. Senadores, a indústria brasileira está preocupada com a diminuição do injusto desequilíbrio regional neste País em relação às regiões ainda não desenvolvidas. Por isso, ao apresentar sua visão do País para os próximos dez anos, a indústria nacional inclui essa preocupação em seus objetivos.

O Mapa Estratégico da Indústria trata dos processos fundamentais e que apresentam relações de causa e efeito com os resultados esperados. Entre seus principais Processos e Atividades, tem como objetivo:

expandir a base industrial, promovendo o fomento de pequenas e médias empresas e o fomento de regiões menos desenvolvidas;

inserir-se internacionalmente a partir do desenvolvimento da cultura exportadora doméstica e da melhoria das condições de acesso aos mercados internacionais;

melhorar a gestão empresarial, aumentando a qualidade e a produtividade;

dar ênfase à inovação a fim de estarmos preparados para a competição da economia do conhecimento;

desenvolver a cultura de responsabilidade socioambiental, visualizando-a como uma oportunidade de negócio e um benefício para a sociedade.

Os processos a serem desempenhados pela indústria terão sustentação se estiverem disponíveis, de forma adequada, condições essenciais como infra-estrutura e recursos humanos, ambientais e financeiros.

Parte-se da premissa de que para o desenvolvimento sustentável é primordial um ambiente institucional moderno, ágil e eficiente, além de um ambiente regulatório estruturado e estável. Somam-se a essas condições a necessidade de um sistema de saúde de qualidade e um sistema educacional alinhado às exigências da sociedade, que fomente o empreendedorismo e esteja preparado para atender aos desafios da economia do conhecimento.

Por último, mas não menos importante, a indústria brasileira requer uma liderança empresarial coesa em torno de objetivos comuns, de uma visão estratégica consolidada e de um sistema de representação empresarial aperfeiçoado, de modo que o setor industrial participe ativamente da formulação de políticas públicas voltadas para o projeto de País de 2015.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Quero passar às mãos de V. Exª uma cópia do Mapa Estratégico da Indústria.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR FLEXA RIBEIRO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210 do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“Mapa Estratégico da Indústria (2007-2015).”