Discurso durante a 56ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cumprimentos aos Ministros Gilberto Gil e Luiz Fernando Furlan. Comentários à reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, sobre os brasileiros presos ao tentarem cruzar a fronteira do México com os EUA. (como Líder)

Autor
João Batista Motta (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: João Baptista da Motta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA SOCIO ECONOMICA.:
  • Cumprimentos aos Ministros Gilberto Gil e Luiz Fernando Furlan. Comentários à reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, sobre os brasileiros presos ao tentarem cruzar a fronteira do México com os EUA. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 06/05/2005 - Página 13432
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA SOCIO ECONOMICA.
Indexação
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, GILBERTO GIL, LUIZ FERNANDO FURLAN, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA CULTURA (MINC), MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO EXTERIOR (MDIC).
  • CRITICA, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), AUMENTO, TAXA DE CAMBIO, TAXAS, JUROS, COMBATE, INFLAÇÃO, PREJUIZO, EXPORTAÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, REDUÇÃO, OPORTUNIDADE, TRABALHO, CRESCIMENTO, EMIGRAÇÃO, BRASILEIROS, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA).
  • COMENTARIO, PROGRAMA, TELEVISÃO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), DIVULGAÇÃO, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, FUGA, BRASILEIROS, PAIS ESTRANGEIRO, MEXICO, DESTINAÇÃO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA).
  • DEFESA, NECESSIDADE, GOVERNO, ADOÇÃO, POLITICA, MELHORIA, REMUNERAÇÃO, PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO.

O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PMDB - ES. Pela Liderança do PMDB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, inicialmente, eu queria fazer das palavras do Senador Suplicy as minhas com relação ao cantor Gilberto Gil. E quero mais: eu gostaria também de registrar a presença do Ministro Furlan na Comissão de Desenvolvimento e dizer que este Ministro equipara-se, em eficiência, ao Ministro Gilberto Gil.

O Ministro Furlan, que compareceu esta manhã, como eu disse, à Comissão de Desenvolvimento, mostrou o trabalho eficiente que vem desempenhando à frente daquele Ministério.

Só lamento, com tristeza, que toda aquela luta, que todo aquele trabalho que o Ministro está desenvolvendo possa ir por água abaixo, já que a taxa de câmbio preconizada pelo Banco Central, hoje, pode nos levar a uma situação difícil e constrangedora. A taxa de câmbio prejudica as exportações do Brasil de hoje, e as taxas de juros acabam com a economia interna do País.

Mas hoje não vim tratar disse assunto, Sr. Presidente. Eu queria me referir a uma reportagem que vi no Fantástico, domingo: um grupo de brasileiros, tentando fugir do México para os Estados Unidos, teve que matar a sua companheira, que foi picada de cobra, para continuar a sua luta cujo objetivo é viver no país norte-americano.

Uma vergonha, Sr. Presidente! Pobres brasileiros deixam o nosso País para tentar a vida lá fora e muitos deles perdem a sua vida em busca de conseguir esse intento.

Há um conhecido, no meu Estado, que foi há algum tempo para aquele país e ganhou alguns recursos. Voltou para o Brasil, abriu uma mercearia e começou a trabalhar. Dois anos depois, ele chega à conclusão de que não vale a pena ser dono de uma mercearia no Brasil. É melhor lavar pratos nos Estados Unidos. E nossas universidades estão aí, formando técnicos e doutores para lavarem pratos nos Estados Unidos. Lamento que isso esteja acontecendo. É uma vergonha nacional.

Por que essas coisas estão acontecendo, Sr. Presidente? Porque combater inflação com aumento de taxa de juros é combater consumo, é combater produção, é diminuir oportunidade. O Governo tem que adotar a política de remunerar bem a produção para capilarizar a economia e distribuir melhor a riqueza nacional; garantir os preços agrícolas e pecuários, porque os preços dos produtos industriais já estão garantidos.

Quando os preços da soja ou do arroz estão a R$50,00 no Brasil...

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PMDB - ES) - Não são dez minutos, Sr. Presidente?

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PFL - SP) - A campainha toca automaticamente, mas falta um minuto. Depois o seu tempo pode ser prorrogado por mais dois minutos.

O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PMDB - ES) - Sr. Presidente, mas são dez minutos, não?

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PFL - SP) - Cinco minutos, como Líder.

O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PMDB - ES) - Como Líder, só cinco minutos?

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PFL - SP) - Cinco minutos antes da Ordem do Dia.

O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PMDB - ES) - Então, Sr. Presidente, eu queria...

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PFL - SP) - O tempo de V. Exª será prorrogado por dois minutos.

O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PMDB - ES) - ... dizer o seguinte: se não tomarmos providência, se o Governo não ficar atento para fazer uma política que venha a nos permitir melhor distribuição de riquezas, se o Governo não tomar providências para que este País dê oportunidade a seus filhos, não sabemos aonde iremos chegar.

Não é possível, Sr. Presidente, que um País do tamanho do Brasil, onde não há maremoto, onde não há terremoto, não possa oferecer condições de vida digna à população. Infelizmente, a política que viemos desenvolvendo ao longo dos últimos anos, minha cara Senadora, não permitirá que o esforço envidado por qualquer Ministro sobressaia e mostre eficiência.

Pretendo voltar depois para falar como orador inscrito.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/05/2005 - Página 13432