O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quem vai a São Paulo com freqüência e, principalmente, a população local conhecem o grande drama que representavam as inundações nas marginais do Rio Tietê, o Anhembi do maior aconchego paulistano, que só agora e enfim, no atual Governo, começa a ser solucionado, para, em 20 anos, voltar a ter águas cristalinas.

Cenário assemelhado poderá ocorrer, em 10 ou 15 anos, em Manaus, por conta do crescimento desordenado da Capital e a ocupação sem planejamento das áreas periféricas do Rio Negro.

Isso, que só aparentemente pode soar como absurdo, é uma séria ameaça a Manaus, como adverte o geólogo Mário Oliveira, gerente de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil. Oliveira tem larga experiência no assunto, como ex-técnico da Prefeitura de São Paulo, conhecedor da situação a que chegou o Tietê.

Menciono São Paulo das inundações do Tietê para, desde logo, realçar a urgência de ações que precisam ser adotadas pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Manaus, com apoio federal, a fim de evitar que o pior venha a acontecer. Falo, pois, em medidas sérias de prevenção, o que, sem dúvida, será de bom senso, evitando futuros gastos públicos e, principalmente, atrapalhos para a população da Capital amazonense.

Na sua advertência, objeto de reportagem do jornal Amazonas em Tempo, o geólogo do Serviço Geológico do Brasil, a ex-CPRM,baseia-se em estudos daquela estatal. O risco, pois, de inundações em Manaus, soa como alerta e só espero que as autoridades locais se mostrem sensíveis diante de problema que, se pode ser evitado pelo planejamento, segue, por enquanto como ameaça à tranqüilidade das populações manauaras.

A propósito, Sr. Presidente, estou anexando a este pronunciamento a matéria publicada pelo jornal Amazonas em Tempo, para que passe a constar dos Anais do Senado da República, como subsídio para eventuais estudos pelo Governo do Estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus.

Era o que eu tinha a dizer.