Discurso durante a 52ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Defesa da ampliação do número de cidades brasileiras atendidas pelo transporte aéreo mediante interferência do Departamento de Aviação Civil.

Autor
Francisco Pereira (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Francisco José Gonçalves Pereira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Defesa da ampliação do número de cidades brasileiras atendidas pelo transporte aéreo mediante interferência do Departamento de Aviação Civil.
Publicação
Publicação no DSF de 30/04/2005 - Página 12858
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL (DAC), URGENCIA, ACORDO, EMPRESA DE TRANSPORTE AEREO, AMPLIAÇÃO, ACESSO, MUNICIPIOS, REGULARIDADE, TRANSPORTE AEREO, COMENTARIO, DADOS, PRECARIEDADE, SITUAÇÃO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O GLOBO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), EXCESSO, ESCALA, LIGAÇÃO, CIDADE, PREJUIZO, POPULAÇÃO.

O SR. FRANCISCO PEREIRA (Bloco/PL - ES. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, meu pronunciamento, hoje, nada mais é que um apelo ao Departamento de Aviação Civil, o DAC. Apelo àquele órgão no sentido de que patrocine, com urgência, um acordo entre as empresas operadoras para que mais cidades brasileiras sejam atendidas pelo transporte aéreo regular; além disso, que esse atendimento seja prestado de maneira mais direta.

     Há pouco tempo, Senhor Presidente, uma matéria publicada no jornal O Globo chamou atenção para o problema. A reportagem mostrava que, de acordo com levantamento do próprio DAC, apenas 126 cidades de nosso País têm acesso ao transporte aéreo regular. Ora, isso quer dizer que apenas 2,3% dos 5 mil 561 municípios brasileiros têm de oferecer esse serviço a seus habitantes. Muito pouco, para um país com grande dimensão como o nosso.

     E o pior, Senhoras e Senhores Senadores, é que muitas das ligações entre esses 126 municípios não são feitas de forma direta. Ao contrário: exigem dos passageiros giros enormes, com escalas e conexões que poderiam, talvez, ser evitadas.

     A distância entre Aracaju e Recife, Senhor Presidente, é de apenas 489 quilômetros. Não obstante, o cidadão que quiser fazer de avião o trajeto entre as duas capitais terá que percorrer mais de quatro mil quilômetros. Quase dez vezes a distância entre as cidades. Isso porque os vôos que permitem a ligação, passam por Salvador e Brasília. É muita volta, não é verdade?

     Uma viagem aérea entre Petrolina e Teresina, cidades que distam uma da outra não mais que 652 quilômetros, exige do passageiro um roteiro de absurdos, quatro mil e setecentos quilômetros. Tudo porque a única maneira de sair de Petrolina e chegar a Teresina é passando por Recife e Brasília.

     Até dentro de um mesmo Estado, como no caso de Minas Gerais, vamos encontrar aberrações. Uberaba, por exemplo, está a menos de 500 quilômetros de Belo Horizonte, mas, para viajar de uma a outra, há que se passar por Brasília, o que faz o percurso aéreo entre as duas cidades saltar para quase mil e trezentos quilômetros.

     E muitos outros exemplos, Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, poderiam ser citados: os 445 quilômetros entre Teresina e São Luís, que se transformam em 1.704; os 2 mil 655 quilômetros entre Rio Branco e Campo Grande, que se transformam em 5 mil 112; os 2 mil e 57 quilômetros entre Macapá e Cuiabá, que se transformam em 3 mil 704.

     Desse modo, Senhor Presidente, algo precisa ser feito. E é evidente que quem deve tomar a iniciativa de buscar soluções só pode ser o Departamento de Aviação Civil, entidade responsável pelo transporte aéreo em nosso País.

     Portanto, que o DAC chame as empresas operadoras e, todos juntos, criem condições para que os cidadãos brasileiros tenham acesso, por avião, ao maior número possível de cidades, dar voltas desnecessárias e cansativas e sem gastarem desnecessário valor mais alto no preço das passagens.

     Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/04/2005 - Página 12858