O SR. ANTERO PAES DE BARROS (PSDB - MT. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Ministro do Desenvolvimento Agrário, o gaúcho Miguel Rossetto, colocou em polvorosa o agronegócio brasileiro, que já vivia um inferno astral com a quebra de safras por causa do clima e os problemas decorrentes do câmbio, do custo dos insumos e do preço final dos produtos.

O ministro Rossetto, sempre visto como um inimigo do agronegócio, decidiu alterar os índices de produtividade utilizados como critério para desapropriação de áreas para fins de reforma agrária. Essa mudança, naturalmente, vai facilitar a desapropriação e está sendo implementada no pior momento possível.

O ministro está se aproveitando da ocasião. É inegável que a seca e os preços puxaram os índices de produtividade para baixo. O que pretende Rossetto? Provar que a produtividade foi menor e com isso tornar as terras do agronegócio improdutivas por decreto. Beira a insanidade, parece loucura, mas é assim que age o Ministério que deveria ser do Desenvolvimento Agrário, mas se revela cada dia mais o Ministério do MST.

O comportamento do ministro gerou críticas dos produtores rurais . Ele está usurpando funções que seriam do Conselho Nacional de Política Agrícola, integrado por representantes de dez ministérios, de trabalhadores e empregadores rurais, e tentando impor, através de instrução normativa monocrática, índices de produtividade que deveriam ser debatidos e definidos de maneira democrática pelo colegiado.

Essa nova ameaça ao agronegócio foi objeto de artigo que escrevi para publicação no jornal A Gazeta, de Cuiabá, no último dia 20. Peço à Mesa a transcrição do artigo, que anexo a este discurso, nos Anais desta Casa. É o nosso alerta sobre a forma desorganizada e atabalhoada que o PT trata a questão agrária no País, pondo em risco um setor que responde por milhões de empregos e pela maior parte do superávit da balança comercial do país.

Peço também que seja transcrito nos anais do Senado, Senhor Presidente, artigo de minha autoria publicado no Diário de Cuiabá do último domingo, dia 24 de abril, sob o título “Os pecados de Lula”.

Neste texto, eu comento as tentativas do Presidente Lula da Silva de influir na escolha do próximo Papa e a crítica do cardeal do Rio, dom Eusébio Scheid, que considerou Lula “caótico” e disse, com todas as letras: Lula não entende de Espírito Santo.

Lembrando a frase do presidente Lula em Roma, quando disse aos jornalistas que pôde comungar sem haver confessado porque não tem pecado, o artigo lembra que, na fé cristã, só Cristo e a Virgem Maria estão livres do pecado. Todo homem, inclusive o Presidente da República, é pecador. E Lula peca quando diz publicamente que não tem pecados.

Neste artigo eu recomendo mais humildade ao Presidente da República e suplico a Deus que o perdoe por suas faltas e erros.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.

*********************************************************************************

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ANTERO PAES DE BARROS EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

*********************************************************************************

Matérias referidas:

“Os pecados de Lula.”

“Terrorismo contra o agronegócio.”