Fala da Presidência durante a 60ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Esclarecimentos sobre os números apresentados pelo Senador Aloizio Mercadante, no que tange ao reajuste concedido aos servidores do Poder Legislativo.

Autor
Efraim Morais (PFL - Partido da Frente Liberal/PB)
Nome completo: Efraim de Araújo Morais
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
POLITICA SALARIAL.:
  • Esclarecimentos sobre os números apresentados pelo Senador Aloizio Mercadante, no que tange ao reajuste concedido aos servidores do Poder Legislativo.
Publicação
Publicação no DSF de 13/05/2005 - Página 14533
Assunto
Outros > POLITICA SALARIAL.
Indexação
  • QUALIDADE, PRIMEIRO SECRETARIO, ESCLARECIMENTOS, INEXATIDÃO, CALCULO, ALOIZIO MERCADANTE, SENADOR, REFERENCIA, GASTOS PUBLICOS, PAGAMENTO, REAJUSTE, SERVIDOR, DESNECESSIDADE, SENADO, CREDITO SUPLEMENTAR, AUSENCIA, INCONSTITUCIONALIDADE, DECISÃO, MESA DIRETORA, AUMENTO, VENCIMENTOS.

O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais. PFL - PB) - Srªs e Srs. Senadores, na condição de membro da Mesa e 1º Secretário, cabem alguns esclarecimentos sobre os números que há pouco foram citados pelo Senador Aloizio Mercadante.

Quero só lembrar que a adoção desse reajuste foi fruto de um acordo entre as Mesas das duas Casas do Congresso Nacional, com a participação ativa e o endosso do então Ministro do Planejamento, Guido Mantega.

Quero deixar bem claro que o Senado, em função desse acordo, no ano passado, pagou aos funcionários desta Casa R$25 milhões, relativos aos meses de novembro, dezembro e ao 13º Salário. Repito: foram R$25 milhões referentes a novembro, dezembro e ao 13º Salário. O Senado, quero deixar claro, não precisou de crédito suplementar para fazer face a esse pagamento. Portanto, a informação de não-previsão orçamentária não procede. Se, em três meses, gastaram-se R$25 milhões, a repercussão não pode chegar jamais a cerca de R$211 milhões em 2005. É uma questão matemática: se, em três meses, gastaram-se R$25 milhões, em 12 meses, jamais se chegará a R$211 milhões, porque seriam em média R$8 milhões por mês. Se considerássemos os 12 meses mais o 13º Salário, seriam aproximadamente R$103 milhões.

Portanto, o cálculo feito não é verdadeiro, pois o reajuste aqui citado não incide em toda a remuneração, mas apenas no vencimento do servidor. O cálculo que foi apresentado não é verdadeiro, porque se tomou a folha do Senado e como base nela se calcularam os 15%. No entanto, sabemos que esses 15% não incidem em toda a remuneração.

Quero deixar claro, como 1º Secretário da Casa, que o Senado Federal não precisa de crédito suplementar para pagar os 15% dos funcionários desta Casa. A Mesa, sob o comando do Presidente Renan Calheiros, determinou cortes de despesas, que foram feitos, e o Senado Federal não precisa de nenhum crédito suplementar para pagar os 15%. Essa é a informação verdadeira. Lamentamos que o cálculo tenha sido feito sobre a folha total. A incidência dos 15%, repito, é apenas sobre o vencimento. Esclareço aos Srs. Senadores, aos funcionários e a todo o Brasil que houve um ato de responsabilidade por parte da Mesa da Casa, no momento em que deu o aumento de 15%, sabendo que havia recursos para que fossem pagos.

Repito: o Senado Federal não precisa de nenhum crédito suplementar para pagar os 15%, não havendo, pois, qualquer inconstitucionalidade no ato da Mesa do Senado Federal para proceder ao aumento de 15%.

Era o esclarecimento que queria fazer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/05/2005 - Página 14533