O SR. ALMEIDA LIMA (PSDB - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, desejo pedir a palavra pela ordem a V. Exª exatamente para prestar um esclarecimento que diz respeito a este tema, mas, de logo, quero dizer que não passarei de 90 segundos, de 100 segundos. Serei brevíssimo.

Tive oportunidade de, num grupo, ontem à noite, assistir à matéria do Jornal Nacional. A sensação de todos, Sr. Presidente, era de náusea, de enjôo, de nojo da classe política deste País. Essa é a minha preocupação.

Tentei há pouco, num aparte, manifestar-me para trazer ao Plenário do Senado Federal esta preocupação acerca da sensação que causaram ao País as declarações daquele funcionário, gravadas, das quais todo o Brasil tomou conhecimento. A sensação não foi outra senão esta: vontade de vômito, de botar para fora a classe política deste País.

Sr. Presidente, a Polícia Federal não cumpre mais do que a obrigação de apurar; o Ministério Público idem; o Ministro da Justiça da mesma forma. Seria justo que o Presidente Lula ou o Ministro da área tomassem a decisão de exonerar, seria necessário, a fim de não termos que ouvir o que ouvi hoje pela manhã, no aeroporto de Aracaju, no avião e aqui em Brasília, por integrar a classe política - e não tenho vergonha de ser político. Quem precisa investigar é o Congresso Nacional. Que seja instaurada uma CPI, com Senadores e Deputados investigando para poder dizer: “Deste lodo não participo”. Caso contrário, Sr. Presidente, teremos, não digo vergonha, porque não tenho acanhamento nem constrangimento de andar pelas ruas por integrar a classe política.

Não é possível, Sr. Presidente, que somente à Bancada do PT não tenha causado náuseas, ânsia, vontade de vomitar diante de tanto nojo.