O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Queria agradecer à Senadora Ideli Salvatti pela oportunidade que me deu de romper com a frustração de não poder ter tido a oportunidade de aparteá-la.

Fique certo V. Ex.ª de que iria elogiá-la. Hoje, é sabido no Brasil inteiro que há uma corrente dentro do Partido de V. Ex.ª, do PT, que se americanizou. E V. Ex.ª, que tanto canta e encanta este Plenário, nos dias que escolhe para nos brindar com seus cantos, tenho certeza de que, na próxima vez, irá homenagear Carmem Miranda.

V. Exª americanizou-se. Antigamente, os exemplos que davam aqui eram de outros países mais afinados ideologicamente com o partido de V. Exª. Só que - e, antes disso, quero elogiar V. Exª pela tradução perfeita que fez do inglês para o português no jornal - a questão da obstrução nos Estados Unidos restringe-se exclusivamente à comissão específica na aprovação. O Plenário funciona normalmente, diferentemente do que ocorre aqui.

Agora, Senador Tião Viana, cada um usa as armas que tem. A Oposição, para tentar mudar uma votação, usa o sinal da gravata; o Governo usa cargos. Distribui cargos para mudar a posição daqueles que querem votar com suas convicções. E daí é que nós estamos vendo o resultado dos escândalos que ocorrem, exatamente por conta dessa sofreguidão, que leva, muitas vezes, ao preenchimento de cargos com pessoas desqualificadas. Cada um usa as armas que tem.

Mas, tenho certeza, inclusive, de que as próprias Srªs Senadoras, ao gesto da gravata, quando ocorre, entendem e aderem a ele. Só que todas as vezes que a Oposição lançou mão desse expediente, não foi para trair a Câmara dos Deputados, não foi para trair o Supremo Tribunal, tampouco para trair a palavra empenhada na véspera.

Muito obrigado, Sr. Presidente.