Discurso durante a 68ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Aplauso a iniciativa do Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que anunciou um conjunto de obras estruturais no valor de R$ 270 milhões para Belo Horizonte/MG.

Autor
Eduardo Azeredo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
Nome completo: Eduardo Brandão de Azeredo
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Aplauso a iniciativa do Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que anunciou um conjunto de obras estruturais no valor de R$ 270 milhões para Belo Horizonte/MG.
Aparteantes
Eduardo Suplicy.
Publicação
Publicação no DSF de 26/05/2005 - Página 16367
Assunto
Outros > ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, AECIO NEVES, GOVERNADOR, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), BUSCA, ENTENDIMENTO, GOVERNO FEDERAL, ANUNCIO, OBRA PUBLICA, IMPLEMENTAÇÃO, VIA EXPRESSA, VIADUTO, CAPITAL DE ESTADO, COLABORAÇÃO, GOVERNO MUNICIPAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT).
  • REPLICA, DISCURSO, LIDER, GOVERNO, SENADO, ESCLARECIMENTOS, ATUAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), RETIRADA, ASSINATURA, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBITO ESTADUAL, INVESTIGAÇÃO, CUMPRIMENTO, PERCENTAGEM, APLICAÇÃO DE RECURSOS, SAUDE, CRITICA, LOBBY, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT).
  • REGISTRO, DECLARAÇÃO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, AUSENCIA, DISCRIMINAÇÃO, REGIÃO NORDESTE, JUSTIFICAÇÃO, INEXATIDÃO, NOTICIARIO, IMPRENSA.

O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, serei breve, até para ouvir o nosso Senador e ex-Vice-Presidente Marco Maciel.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, trago aqui a notícia e o meu aplauso a uma ação efetiva de um Governador do PSDB, o Governador do meu Estado, Aécio Neves, que ainda ontem anunciou em Belo Horizonte um conjunto de obras estruturais para a capital.

Vejam bem, a capital é dirigida por um Prefeito do PT e o Governador anunciou obras no montante de R$270 milhões, recursos do Tesouro Estadual e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. São obras necessárias, que há muito tempo são prometidas e reclamadas pela população belo-horizontina, como a construção da Linha Verde, uma via expressa, ligando o centro de Belo Horizonte ao aeroporto Tancredo Neves, em Confins, fazendo com que tenhamos um acesso melhorado, um acesso realmente digno para o aeroporto que foi, recentemente, reinaugurado. O aeroporto de Confins estava ocioso e agora é utilizado novamente, um aeroporto que custou mais de R$500 milhões e não podia continuar ocioso como estava.

Mas faltava esta providência, faltava fazer o acesso adequado. O Governo Federal chegou a prometer dinheiro para essas obras. Infelizmente, ou como era de se esperar, o dinheiro não saiu. Então, o Governador Aécio Neves, com recursos próprios, está anunciando obras importantes - viadutos e duplicação de vias - para que possamos ter esse acesso, que não beneficia apenas o aeroporto, mas toda a região da Grande Belo Horizonte e várias cidades que fazem parte da região da capital mineira. Reitero que, enquanto isso, o Governo Federal, responsável pela construção do metrô de superfície de Belo Horizonte, repassa minguados recursos da ordem de R$10 milhões a R$15 milhões por ano para a obra, cuja segunda fase ainda falta ser concluída.

Portanto, o Governador dá o exemplo de que busca o entendimento trabalhando, e não fazendo uma política menor, como, infelizmente, tem feito o Governo Federal.

Senador Mão Santa, trago essas informações para mostrar que existe uma disposição dos Governos do PSDB no sentido do entendimento. O PSDB não deseja uma crise institucional no País; o PSDB deseja que exemplos de sucesso, como o são os das administrações do Governador Aécio Neves, em Minas Gerais, que aqui relato, e o do Governador Geraldo Alckmin, em São Paulo - não é à toa que esses governos têm uma avaliação positiva - sejam seguidos. São exemplos de busca de administração eficiente, são exemplos de gestão, são exemplos de entendimento e de respeito à Oposição, são exemplos de trabalho conjunto, como esse, no caso da capital mineira, que, volto a dizer, é dirigida pelo Prefeito Fernando Pimentel, do PT. Assim, como bem disse o Senador Cristovam Buarque, a população poderá ser atendida. Esse é o objetivo principal de todos nós.

O PSDB insiste na CPI porque essa é uma questão nacional que precisa ser corretamente esclarecida. Mas não estamos, de maneira alguma, antecipando o processo eleitoral. Se assim fosse, estaríamos definindo o pré-candidato do PSDB. Ao contrário, temos a confirmação de um calendário e só definiremos o pré-candidato mais no fim deste ano.

Portanto, a ação do Governador no sentido de realizar obras de infra-estrutura, que, há muito tempo, não são feitas em nossa capital, são exemplos de eficiência administrativa e de busca do entendimento.

Aproveito este momento, Sr. Presidente, para fazer um reparo ao que foi dito ontem pelo Líder do Governo. Segundo S. Exª, em Minas Gerais, uma CPI foi encerrada pela retirada das assinaturas. É muito diferente a situação. O que o Partido dos Trabalhadores está tentando fazer, em Minas, é uma CPI para apurar a aplicação ou não de 12% na Saúde. O Governador está aplicando mais do que 12%. Deviam questionar quando a Secretaria da Saúde que, no governo anterior, esteve entregue ao PT, seguramente gastou muito menos do que 12%! Agora, não. agora Estão gastando mais.

Essa, sim, é uma CPI política, apenas para se discutir se estão ou não gastando 12%. É uma questão contábil. Não exige CPI. Os deputados que retiraram suas assinaturas, dois ou três apenas, viram que não existia motivo nenhum. Foi uma CPI proposta para investigar o cumprimento ou não de um percentual.

Faço este esclarecimento para que não paire nenhuma dúvida em relação ao procedimento do PSDB no caso de Minas Gerais. Ao mesmo tempo, quero lembrar que o PT insiste em repetir outra afirmação, que foi feita pelo Líder - e eu o disse pessoalmente -, como se verdade fosse. Dizia-se aqui que o Presidente Fernando Henrique teria demonstrado preconceito ao criticar a “sertanização”. O Presidente Fernando Henrique não fez essa afirmação. Em nota oficial, eu já havia registrado que ele não usou esse termo, não fez essa afirmação. Estive em São Paulo, no encontro regional do PSDB, e lamento que essa questão seja aqui repetida. Disse-me o Líder que estava se baseando em uma coluna de jornal; coluna de jornal mal informada, coluna de jornal que não retrata a verdade.

Por isso, faço estes dois reparos, em relação a Minas e em relação ao Presidente Fernando Henrique.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero encerrar a minha manifestação, dizendo que temos que fazer como se está fazendo em Minas Gerais: vamos olhar para frente; vamos caminhar, buscando realizar obras de infra-estrutura de que o Brasil tanto precisa, cuidando das nossas estradas, melhorando a aplicação dos recursos na educação e na saúde, aplicando o dinheiro do Fust. Quatro bilhões estão parados e destinam-se à inclusão digital, e nada se faz!

Esse é o caminho. A CPI é importante sim, mas não é fundamental. O fundamental é que o Governo não fique paralisado ou semiparalisado.

Sr. Presidente, eu gostaria agora de ouvir as palavras do Senador Marco Maciel.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Permite-me, Senador Eduardo Azeredo?

O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG) - Sim, Senador Eduardo Suplicy. Com muito gosto, ouço V. Exª.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - A voz de V. Exª, inclusive como Presidente do PSDB, tem sido de muita ponderação e equilíbrio. V. Exª aqui esclarece, por exemplo, que o Presidente Fernando Henrique Cardoso não fez declarações sobre a “sertanização”. Mas, nesses dias, na minha avaliação, o Presidente Fernando Henrique Cardoso foi um pouco além da conta na hora de falar que o Governo poderia estar parecendo... Nem preciso repetir, pois V. Exª sabe. Quero dizer a V. Exª, como um companheiro que se tornou seu amigo - eu me considero seu amigo -...

O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG) - Com muita honra.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - ...que também seria bom ponderar ao Presidente Fernando Henrique Cardoso para que ele aja com moderação na maneira como se refere ao Presidente Lula, que ele considera como amigo. Isso também contribuirá inclusive para que haja, aqui no Congresso Nacional, o que V. Exª acaba de afirmar, com o que concordo. Havendo a CPMI, que ela seja feita não como uma questão principal, não como algo que paralise as atividades do Congresso Nacional. Se ela se realizar, vamos todos contribuir para que ela seja a mais isenta e equilibrada e que apure, de fato, tudo o que precisa ser verificado e apurado: os seus responsáveis e assim por diante. O Presidente Lula transmitiu, por meio do Senador Aloizio Mercadante, a todos nós, Senadores, o quanto ele quer colaborar para que haja a apuração completa dos episódios ocorridos, seja nos Correios ou onde for, porque ele não admite a corrupção e quer a apuração completa dos fatos. Temos certeza de que vamos contar com a sua cooperação, bem como com a minha, e espero que com a de todos os Parlamentares do Congresso Nacional.

O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG) - Muito obrigado, Senador Eduardo Suplicy.

Garanto a V. Exª que o Presidente Fernando Henrique em nenhum momento faltou ao respeito com o Presidente Lula. Ele tem pelo Presidente o respeito que o Presidente merece ter de todos nós, brasileiros.

Agradeço-lhe pelo aparte e reitero que o desejo do Partido é que a ética seja prevalecida, que não haja corrupção, que tudo seja esclarecido e que o Brasil possa continuar buscando a melhoria para a sua população.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/05/2005 - Página 16367