A SRª ANA JÚLIA CAREPA (Bloco/PT - PA. Para uma explicação pessoal. Sem revisão da oradora.) - Poxa! Por favor! E, portanto, eu tenho direito, primeiro, a dizer que as pessoas devem ter cuidado quando falam.

Sr. Presidente, quero dizer que todas as nossas prestações de contas foram feitas e foram aprovadas no Tribunal de Contas. As falhas formais, inclusive, foram aprovadas no Tribunal de Contas, no Tribunal Regional Eleitoral. Quero dizer que nós fizemos questão, porque sempre subimos a esta tribuna para defender. E aqui, Senador, V. Exª é testemunha. Atacar, sim, grileiro, predador, mas defender aqueles que fazem a exploração florestal de forma correta, de forma séria, e, portanto, vão merecer sempre! Eu tenho orgulho de apoiar e, graças a Deus, ser apoiada. Mas, quero dizer mais: que isso se trata de ataques a mim, porque pensam que eu sou candidata. E pessoas que nos atacam, inclusive, é que têm que se defender perante a Justiça, perante a Polícia Federal. Porque eu nunca fui presa pela Polícia Federal, respondendo a acusações. Não! Nunca fui presa, Senadora Ideli, pela Polícia Federal, nem tenho empresa cujo sócio está sendo procurado pela Polícia Federal porque foi preso por fraude à Previdência Social. Não! Não é o meu caso, graças a Deus! Durmo tranqüila no meu travesseiro e os meus filhos não têm vergonha desta Senadora. Muito pelo contrário. Muito menos o povo do Pará.

Portanto, eu lamento. Eu lamento esses ataques levianos, eu lamento essa atitude, que eu só posso crer que seja por conta de pensarem que eu sou candidata, apesar de já ter dito que não, e de estar “aparecendo bem na foto”, como se diz.

Sr. Presidente, vamos, inclusive, exigir que as pessoas comprovem essas afirmações levianas, senão vamos levá-las ao Conselho de Ética.

Quero dizer que eu tenho a minha prestação de contas absolutamente feita. Eu sei que muitos nem colocam algumas doações na sua prestação de contas. Eu não tenho medo de colocar nenhuma doação, quando ela é feita. Pode ter sido de R$15 mil, de R$5 mil, mas está lá colocada. Fizemos questão, inclusive, de que fosse legal essa prestação.

Então, quero dizer até que não me surpreendem esses ataques. Não me surpreendem porque eu já estou acostumada a ser atacada. Isso aconteceu e tem acontecido sempre. Quem enfrenta bandido que ajuda a financiar a morte e a violência no Estado do Pará, que infelizmente é o campeão de mortes no campo; quem enfrenta aqueles que se utilizam do trabalho escravo; quem apresentou projeto impedindo financiamento para aqueles que cometem o crime de se utilizar do trabalho escravo e crime ambiental, é natural que, agora, esteja sofrendo essa campanha difamatória para tentar enlamear o meu nome, para tentar me juntar com esse tipo de gente.

Mas eu quero dizer que o povo do Pará conhece a minha história, inclusive o meu patrimônio, e, graças a Deus, o povo paraense sabe inclusive onde eu moro. Portanto, eu não tenho o que esconder. Só lamento de estar sendo tão levianamente atacada, visto que as pessoas o fazem sub-repticiamente, numa forma de tentar fazer com que eu me iguale àqueles que, na verdade, devem - e devem muito! - à Justiça e ao povo. Eu, graças a Deus, só devo a satisfação daquilo que faço e procuro mostrar.

(Interrupção do som.)

O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT - AC) - Peço a V. Exª que conclua. Não há prorrogação em explicação pessoal.

A SRª ANA JÚLIA CAREPA (Bloco/PT - PA) - Certo. É só para dizer, Presidente, que eu tenho algo na minha vida que prezo mais que qualquer coisa, que é a minha história, a minha ética, a minha honra. E isso não vai ser qualquer pessoa que vai conseguir atacar ou atingir, muito menos aqueles que estão junto a esse grupo, como falei para V. Exª, e que precisam responder, explicando para a sociedade e para a Polícia Federal, sobre os processos que estão sofrendo. Muito obrigada.