O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Pela Liderança do PSB. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, consideramos fundamental para a existência da democracia e do próprio Legislativo que as CPIs sejam consideradas, que tenham o respeito dos Congressistas e que recebam toda a força dos Parlamentares. Quanto às que estão sendo formadas neste momento - a CPI dos Correios e a CPI do Mensalão -, o Senador João Capiberibe e eu assinamos os requerimentos de instalação das duas, porque entendemos que são o único instrumento de que o Poder Legislativo dispõe para, por meio de uma investigação eficiente e equilibrada, prestar contas de tudo aquilo que for investigado.

Srª Presidente, hoje a sociedade brasileira está acompanhando de perto a nossa ação, a nossa atividade, o nosso comportamento, a nossa conduta. Não há apenas o desejo de que pareçamos honestos. É como se dizia antigamente a respeito da mulher de César: não tem apenas que parecer honesta; tem de ser honesta. Assim, é o político, o parlamentar, que deve ser um modelo, deve ter um padrão de comportamento, deve transmitir às gerações de hoje e às gerações futuras a forma como os nossos futuros parlamentares deverão comportar-se no exercício dos seus mandatos.

Por isso, Senador João Capiberibe, parabenizo V. Exª por ter acompanhado esse movimento no Senado Federal e na Câmara dos Deputados com o intuito de proporcionar ao Legislativo a perspectiva, a oportunidade de fazer uma investigação consciente, como eu disse, sobre tudo aquilo que tem sido objeto de noticiário bastante desgastante não apenas contra o Legislativo, como também contra o Governo.

Quem conhece o funcionamento do Congresso Nacional sabe que não existe possibilidade nenhuma de controle de uma CPI. Pode ser Presidente alguém do Governo, pode ser Relator alguém do Governo, mas não há possibilidade de colocar debaixo do tapete, como disse a Senadora Serys Slhessarenko, uma investigação como essa, porque ela é acompanhada não apenas por nós, Parlamentares, mas também pela imprensa, pelo Ministério Público, pela sociedade brasileira, que hoje está, mais do que nunca, atenta aos acontecimentos políticos, notadamente àqueles que se referem a atos de corrupção.

De sorte que não tenho a menor preocupação quanto ao andamento das CPIs, porque o controle é da sociedade, do Congresso Nacional, dos parlamentares. Tanto os Deputados Federais como os Senadores agirão na conformidade do Regimento, da Constituição, observando os olhos bem vivos, bem acesos, da opinião pública nacional.

(A Srª Presidente faz soar a campainha.)

O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Srª Presidente, para terminar esse meu pequeno pronunciamento, se V. Exª me permitir mais dois minutos, gostaria de registrar um acontecimento importante para nós que moramos em Sergipe. Trata-se do aniversário de 115 anos do Município de Simão Dias, cidade onde nasci e onde fui prefeito. No último sábado, tive oportunidade de estar lá, ao lado do Prefeito José Valadares, dos Vereadores e de milhares de pessoas que compareceram às festividades alusivas ao aniversário de Simão Dias, vizinha de Paripiranga, no Estado da Bahia, cidade amiga do Senador Antonio Carlos Magalhães.

Esteve abrilhantando a festa o Agnaldo Timóteo, que conseguiu atrair uma multidão incalculável para a praça pública. Ele é um dos mantenedores da Música Popular Brasileira, da música romântica, ao lado de Nelson Gonçalves, Valdick Soriano, Ângela Maria, Francisco Alves, José Augusto, Jair Rodrigues, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Elizete Cardoso - a Divina -, Jamelão e muitos outros. Graças a esses cantores românticos, conseguimos assegurar a composição brasileira romântica, aquela composição que transmite o sentimento de brasilidade. O brasileiro é um homem sentimental, romântico, o que pressupõe dizer que o brasileiro é um homem bom, um amante da boa música brasileira.

Por isso, Srª Presidente, aproveito a oportunidade para homenagear o meu querido povo de Simão Dias pelo aniversário de 115 anos do nosso Município.

Muito obrigado.