Pronunciamento de Mão Santa em 17/06/2005
Discurso durante a 85ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Crise política que assola o Governo. Aumento do preço da gasolina no Brasil. Viagem de S.Exa. ao Rio Grande do Sul para tratar do problema dos quilombolas. Gastos em propaganda na Petrobrás.
- Autor
- Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
- Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA ENERGETICA.
POLITICA FUNDIARIA.
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA.:
- Crise política que assola o Governo. Aumento do preço da gasolina no Brasil. Viagem de S.Exa. ao Rio Grande do Sul para tratar do problema dos quilombolas. Gastos em propaganda na Petrobrás.
- Publicação
- Publicação no DSF de 18/06/2005 - Página 20273
- Assunto
- Outros > POLITICA ENERGETICA. POLITICA FUNDIARIA. ADMINISTRAÇÃO PUBLICA.
- Indexação
-
- COMENTARIO, NOCIVIDADE, EFEITO, AUMENTO, PREÇO, GAS LIQUEFEITO DE PETROLEO (GLP), GASOLINA, OLEO DIESEL, DENUNCIA, OCORRENCIA, DESMATAMENTO, REGIÃO NORDESTE, OBJETIVO, OBTENÇÃO, CARVÃO VEGETAL, MOTIVO, IMPOSSIBILIDADE, AQUISIÇÃO, GAS.
- REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, AUDIENCIA PUBLICA, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), APURAÇÃO, PROBLEMA, INJUSTIÇA, AMEAÇA, DESPEJO, VITIMA, QUILOMBOS, OCUPAÇÃO, TERRAS, PERIODO, CINQUENTENARIO.
- CRITICA, EXCESSO, GASTOS PUBLICOS, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), PUBLICIDADE.
O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senadora Heloísa Helena, que preside esta sessão de sexta-feira, Srªs e Srs. Senadores, brasileiras e brasileiros que nos assistem pelo sistema de comunicação, o que vou falar, Senadora Heloísa Helena, V. Exª não viu - pode ter lido -, pois é muito novinha, tem uns 40 anos. Mas o Senador Efraim Morais, com esses cabelos brancos, deve ter ouvido isso, assim como o Senador Arthur Virgílio, que também deve ter ouvido de seu pai, que participou dos fatos que vou relatar.
Senadora Heloísa Helena, tínhamos esperança, quando à época de Getúlio, dizia-se: “O Petróleo é nosso”. Essa frase é de 1953, de 1954. V. Exª não tinha nascido, Senadora, mas, estudiosa que é, conhece uma das campanhas mais bonitas deste País.
Houve a campanha dos gaúchos, a Farroupilha, que antecedeu a República. Era uma esperança para a libertação e foi sufocada.
Houve outras campanhas civilistas de Rui Barbosa, mas V. Exª presenciou as Diretas Já. Essa campanha do “O Petróleo é Nosso” foi, em todo o País, a salvação. Isso se deu em 1954, há mais de meio século. Sei que a Petrobras não é nossa, é da sem-vergonhice, é do descaramento.
Senadora Heloísa Helena, que petróleo é nosso?
Sebastião Nery, um dos mais inteligentes jornalistas deste País, eleito em Pernambuco, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, escreveu o artigo “PT e Gás”, em que diz: “Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu, em 1995, o gás custava R$4,80. Hoje, no Nordeste, é quase R$40,00”.
Atentai bem! Essa velocidade no aumento do preço, ó Lula, deu-se no reinado do PT. Senadora Heloísa Helena, ouço a voz rouca da rua. Ontem, o povo mesmo - gosto do povo -, diante desses trágicos acontecimentos, disse: “Senador Mão Santa, PT é Partido Trágico, da tragédia!”
Parece até que tenho prevenção contra José, Zé, São José, embora eu seja Francisco. De jeito nenhum! Não tenho nada contra o Zé, o Zé Maligno. Sou a favor do Brasil, do povo do Brasil. Hoje, entra aqui outro Zé: Zé Eduardo Dutra. O Antonio Carlos Magalhães aqui veio, Senador Arthur Virgílio, e o batizou. Com a sua vida, a sua história e o seu poder, batizou o Zé Eduardo de Zé do Forró - e ele o é.
A Petrobras fugiu do seu sentido: do pensamento de Getúlio; da campanha “o petróleo é nosso”; do sentimento dos brasileiros; do sentimento de Arthur Virgílio, o pai, que lutou, e do filho, que está aqui; do sentimento de Heloísa Helena, que viu isso na história, que não assistiu à luta, porque é novinha, é muito jovem. Senadora Heloísa Helena, que campanha bonita!
Mas quero dizer que isso é ridículo. Sou muito prático. Cirurgião é um homem prático. Juscelino era como nós, cirurgião, prefeitinho, foi médico de Santa Casa, Governador de Estado, sorridente, alegre, mas trabalhador. Até cassado ele foi. Mas é assim, sofrido.
Então, quero dizer que sou muito prático. A esse negócio de dinheiro, não dou muito valor. Existem outros valores: a fé, o amor, o estudo, o trabalho e o povo. Senadora Heloísa Helena, eu mensuro as coisas. Senador Efraim Morais, nós aqui fizemos campanha todos juntos. A Senadora Heloísa Helena não a fez recentemente. O Senador Arthur Virgílio a fez.
Tenho um Tracker, aquele carrinho, um Jeep pequeno. Parece com o seu, Senadora Heloísa Helena; é só um pouquinho maior. E mensuro de forma muito simples: R$50,00 enchia o tanque do Tracker, na campanha. Fui para a minha Parnaíba, no Tracker - gosto de ir com ele -, e coloquei R$50,00 de combustível. Senador Arthur Virgílio, deu um terço do tanque. E nossa campanha foi outro dia!
Sou prático, então meço R$50,00. Aí fui refletir. De repente, eu estava no Parlatino, na Venezuela de Chávez. Perguntei: quanto é para encher o tanque? Responderam-me que era R$5,00. Lá a corrida de carro parece com a de um mototáxi do meu Piauí, de tão barata que é: R$3,00, R$4,00, R$5,00.
Confesso - o povo do Piauí me conhece - que gosto de uma mordomia moderada. Ontem mesmo, fui com o PT, com o Senador Paulo Paim, defender o Quilombo. É a maior imoralidade, a maior vergonha! Não sei em que país estamos! É o Rio Grande do Sul, da Farroupilha, de Anita Garibaldi, de Bento Gonçalves, de Alberto Pasqualini, de Getúlio, de Brizola, de João Goulart, de Pedro Simon, de Paulo Paim! É uma vergonha! A área não dá meio hectare; são pouco mais de 4,5 mil metros quadrados. Um Quilombo sendo despejado! Que injustiça é essa!
Castro Alves dizia: ó Deus, onde estás que não vês tamanha vergonha e injustiça? Senador Arthur Virgílio, são três governos: federal, estadual e municipal. Por menos de meio hectare, despejaram-se os pobres negros que construíram esta Pátria e que lá estão há quase um século. Isso é uma vergonha!
Digo isso, porque fui prefeitinho, governei o Piauí e nunca permiti que isso acontecesse. E essa será a maior vergonha e desonra para o bravo povo do Rio Grande do Sul. Que justiça é essa? Não é justiça não! Justiça, Senadora Heloísa Helena, é aquela de Cristo: “bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça.” A terra é de quem nela nasce, nela trabalha e nela mora. É uma família Silva.
E fomos lá fazer uma audiência. Nós, que somos católicos, sabemos que o grande mistério é o dogma da Trindade, três pessoas em uma só. Que se unam, esse Presidente aí - que está traindo o nosso Nordeste, a nossa sensibilidade -, o Governador, que é do nosso Partido, e o Prefeito.
Existem leis. Fui Prefeitinho e sei disto, Lula: qualquer Poder pode fazer um decreto de desapropriação, e eu fiz muito, para fim social. Aquilo é simbólico. É um quilombo, onde vivem famílias negras. Existe em todo o País.
E o nosso Zumbi, das suas terras, Senadora Heloísa Helena...permitir isso é uma vergonha.
Três pessoas em uma só: Pai, Filho e Espírito Santo. Juntem-se esse Presidente, o Governador e o Prefeito em uma só direção: a justiça que o povo quer.
E a nossa Petrobras? A Ministra fala em desmatamento na Amazônia, em Mato Grosso. E é o Nordeste que está sendo desmatado. Quero denunciar à Ministra, que vocês conhecem, eu só conheço alguns Ministros, porque são 40, com quem nunca me encontrei. Pior é desmatar o Nordeste e está sendo desmatado. Por que, Senador Arthur Virgílio?
Porque, lá, o gás custa R$40,00, Senador Efraim Morais. E o nosso homem honrado, o nosso caboclo tem que comer, e comida quente. O Lula não disse que não se deve comer frio? Então, lá ele precisa de carvão e está tirando madeira porque não tem dinheiro para comprar gás. Essa é a verdade, Senador Arthur Virgílio.
Se há desmatamento na Amazônia, no Nordeste é pior, porque há pouca. Estão desmatando para fazer carvão. Enquanto, na Venezuela, o botijão de gás custa R$10,00, no Nordeste custa R$40,00. Por quê? Porque o Zé do forró, o PT, o Partido da Tragédia, desviou o sentido.
Senador Arthur Virgílio, atentai bem: quando Getúlio deu início a esse sonho - e a Senadora Heloísa Helena ainda não havia nascido -, o imposto sobre a gasolina era de 4,8%. Os dados estão aqui. Hoje o imposto é de 59,2%. Motorista, quanto você está botando no tanque de gasolina? Eu só boto R$50,00, mas para facilitar o entendimento, vamos supor R$100,00. Desses R$100,00, R$59,20 são dados para o Governo.
Além disso, Senador Efraim Morais, há o gasto com publicidade. Que propaganda, Zé do forró, a Petrobras precisa fazer? De produto bom não se faz propaganda. Sou médico e sei que apenas no início se faz propaganda do produto. Mas, depois que ele se consagra, Senadora Heloísa Helena, procura-se amostra grátis e não tem mais. Quem precisa do medicamento é o médico para curar e o doente para se recuperar. Para que propaganda?
Observem o que gasta de propaganda essa Petrobras. E para quê? Vão fazer propaganda de oxigênio, de água? A gasolina, o gás, o óleo diesel, isso tudo encarece. A gasolina brasileira é a mais cara do mundo.
Senadora Heloísa Helena, sei que V. Exª não gosta; o Arthur Virgílio ainda não sei, não fiz um análise; sei que Fernando Henrique gosta, e eu gosto, moderadamente. A Heloísa Helena, zero. Mas, na classificação, existe agora uma mordomia deslumbrada, a do PT. Está todo mundo deslumbrado. Ainda vou classificar.
Estive lá na Venezuela do Chávez e, como gosto de mordomia moderada, o povo me conhece - vou já sair para comer na casa do Heráclito, é bom... Então, Senador Arthur Virgílio, quando terminou esse Congresso, fui passear na ilha da Venezuela. Apareceu um brasileiro, e pedi para arrumar um táxi para as 4h, depois que eu e Adalgisa almoçássemos e repousássemos.
Andei na ilha da Venezuela. O passeio começou às 4h; o motorista recordava a história da ilha, da política, dava uma de paparazzi, e voltamos ao hotel quase às 21h. Quando fui pagar, R$30,00, porque o combustível é barato.
Presidente Lula, se baixar o preço do combustível, a gasolina, o petróleo, o gás, você está ajudando a todos os brasileiros e brasileiras, principalmente os mais pobres.
Está no jornal, a Petrobras está nessa farra de distribuição de dinheiro para projetos - e não sou contra a arte e cultura. Mas o nosso Governo, Senador Arthur Virgílio, é estruturado: tem o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura. É uma farra, uma simpatia, com o dinheiro alheio.
Eu faria só uma indagação ao Presidente Lula. Parece-me que, ontem, o Espírito Santo baixou e ele tomou essa decisão de limpar o núcleo duro, de arejar, de oxigenar. Vamos aguardar. O dólar chegou a quase R$4,00. Atentai bem, Lula, medite, reflita. Tem que pensar. “Penso, logo existo”, dizia o filósofo. Pare para pensar. Não vai na onda desse Goebbles Duda Mendonça, que não dá. Mentira, mentira, mentira não se torna nunca verdade. A verdade é a verdadeira, é aquela, Heloisa Helena, que Cristo falava sozinho e ainda hoje chega: “De verdade em verdade eu vos digo...”
Gosto de uma mordomia moderada. Na posse do PT, eu antevi que não ia dar certo no meu Estado, e fui com a minha Adalgisinha, caladamente, a Miami, onde o PT abriu conta. Fui a Disney World. O dólar estava a quase R$4,00. Vamos ser práticos, eu sou um homem comum. Tudo era caro. Nós fazíamos apenas uma refeição e, graças a Deus, como o sanduíche era grande, eu dividia com Adalgisa e economizava.
Senador Arthur Virgílio, o dólar não baixou de R$4,00? Dizem que nós ainda importamos petróleo, mas, alguma vez, baixou o preço da gasolina, do óleo diesel ou do gás de cozinha?
O Lula criou ou Fome Zero. Lula, a primeira coisa é gás para que o povo possa cozinhar e comer. O povo tem gás para dois dias na semana e para os outros cinco, não. Está caro no Nordeste, lá o botijão custa R$40,00. O salário mínimo atual é R$300,00, mas o povo gasta quase 15% com o gás.
Senadora Heloísa Helena, a sua colega Senadora que é também Ministra precisa saber que estão desmatando o Nordeste. Lá, o nosso pobre desmata para fazer carvão. Talvez o Senador Arthur Virgílio não saiba o que é isso, mas eles pegam os gravetos e vão queimá-los enterrados, para não ter combustão. É assim que eles conseguem se alimentar.
Para justificar tudo isso, eu queria apenas dizer que - atentai bem - o imposto era de 4,8%, na época de Getúlio; agora, é de 59,2%.
Em 1953, apenas o Imposto Único incidia sobre o preço da gasolina. A alíquota era de 4,8% do valor de revenda. Agora, está aí essa situação. Eu iria adiante: nos Estados Unidos, o litro da gasolina em dólar é US$0.47; aqui, é US$0.70. A renda deles é muito maior. Lá, um operário ganha US$8.00 por hora. Como trabalha dez horas por dia, ele ganha US$80.00. É o que o brasileiro ganha por mês, mas, lá, a gasolina custa praticamente a metade.
Como é isso? E dizem que somos quase auto-suficientes, mas em farra, em convênios, em contratos para promoção pessoal dos políticos do PT. Essa é a vergonha.
Vamos colocar essa farra em zero, na Petrobras, e diminuir o preço do combustível, Lula. Aí, estará dividido igualmente entre os brasileiros, baixando o custo de vida e proporcionando ao povo a oportunidade de comer quente, porque ele está comendo frio, ou então com carvão, desmatando.
Essas são as nossas palavras.
A SRª PRESIDENTE (Heloísa Helena. P-SOL - AL) - Senador, prorrogo a sessão por meia hora, para que V. Exª e o Senador Arthur Virgílio falem pelo tempo que julgarem necessário. Pode continuar.
O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Pois continuemos:
O preço da gasolina na bomba, em março de 2004, no Rio de Janeiro, era de R$1,95 (...) - paga-se mais de R$1,00 de imposto, muito mais da metade, aproximadamente 60%. Nos Estados Unidos, Capiberibe, somadas todas as taxas, o percentual é de 26% .
Lá, há governo, progresso e oferecem-se segurança de retorno, educação e saúde.
Além disso, eles falam, Senador Arthur Virgílio, em lucro. A Petrobras teve lucro, lucro! Lucro com essa farra de gastos, não é? São pródigos em gastos desnecessários e não naquilo que é fundamental.
Dizem que a empresa ganhou, no último ano, mais de dez bilhões. Eu quero saber o que o povo ganhou. O povo!
Agora a Petrobras faz caridade com o chapéu dos outros. O povo não come, compra o gás, a gasolina e o óleo diesel mais caros do mundo, e os “bonitinhos” do PT (Partido da Tragédia) fazem filantropia.
Esse é um discurso de Antonio Carlos Magalhães. Foi ele quem inventou esse negócio de forró. O apelido de “Zé do Forró” não é meu, é do Senador Antonio Carlos Magalhães. A manchete era: “Petrobras financia forró petista na Bahia” e ele indagava como estaria Sergipe.
Recebi agora, Heloísa Helena, “A Festa Junina do Governo”. Já houve a festa de Santo Antônio, haverá a festa de São João e há uma modinha que já está sendo cantada.
Terminarei nossa festa com ela, porque muito mais que a oratória, as palavras, Senador Arthur Virgílio, a musicalidade comunica. Tanto é verdade, Senadora Heloísa Helena, que Salomão usava os Cânticos, os Salmos, cuja comunicação chega até hoje.
Estão cantando “A Festa Junina do Governo”, do PT, Partido da Tragédia:
Tem pamonha, quentão
e tapioca!
Bolo de coco, de fubá,
de amendoim!
Tem canjica, capeta e cocada!
Batata-doce, arroz-doce e pudim!
Nossa festa tem comida
o mês inteiro!
Aqui ninguém passa fome não!
Melhor que tudo isso:
tem dinheiro!
Porque junho é o mês
do mensalão!
Olha a propina!!!
É mentira!!!
Ó o mensalão!!!
Né comigo não!!!
Mão na cintura!!!
Tira a assinatura!!!
Tá todo mundo aí???
Olha a CPI!!!”
Essa é a crítica que nasce do povo do Brasil, porque a destinação de um povo são o trabalho, a riqueza e a felicidade.
As minhas palavras são no sentido de que o Divino Espírito Santo pouse em Lula, ilumine-o e transforme-o, para voltarmos a ter esperança.
Já falava o Apóstolo Paulo de três valores que Heloísa Helena sabe de cor: o amor, a fé e a esperança. E dizia Francisco, o santo: onde houver desespero, a esperança.
Essas são as minhas palavras para que o Presidente da República, com o seu PT, Partido da Tragédia, não tire a esperança de melhores dias do povo brasileiro.