O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PMDB - ES. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como é do conhecimento desta Casa, o Espírito Santo, meu Estado, possui uma fábrica de chocolates por demais conhecida em todo o Brasil: a Garoto. Essa fábrica, que sempre deteve 80% do mercado de chocolates, teve que ser vendida por um problema da família que a administrava. Também é do conhecimento desta Casa que o Cade, após dois anos e meio da compra da Garoto pela Nestlé, resolveu vetar a negociação. Foi um escândalo denunciado nesta Casa pela Bancada do Espírito Santo.

Logo a seguir, a Garoto conseguiu uma liminar na Justiça e hoje opera graças a ela.

Os jornais da semana passada noticiaram que o Cade está empenhando, com “unhas e dentes”, a derrubar a liminar, quer vencer a batalha agora na Justiça.

Sr. Presidente, eu estou até torcendo para que a Justiça dê ganho de causa ao Cade. Eu estou torcendo hoje para que o Cade faça a corretagem da empresa para outro grupo. Talvez tirando do grupo suíço e colocando nas mãos de um grupo americano. Eu estou torcendo, repito, para que haja uma decisão da Justiça contrária aos interesses da Garoto, para ver aonde vai chegar o interesse do Cadê. Por certo, talvez cheguemos a mais uma CPI.

Não entendo por que essa gana, essa vontade de atrapalhar uma empresa que vem trabalhando como a Garoto sempre trabalhou no mercado nacional. Repito, quero ver aonde o corretor Cade quer chegar, agora na Justiça, para impedir a negociação da Garoto. Vamos ver se amanhã conseguiremos com a nova empresa que suceder a Nestlé. Quero ver se o grupo americano que pretende assumira direção da Garoto, por obra e graça do Cade, conseguirá fazer, no Espírito Santo uma empresa maior, com mais empregos e mais nome no mercado interno e internacional que a Garoto.

Muito obrigado, Presidente.