Discurso durante a 91ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Debate sobre a CPI dos Correios e a reforma política.

Autor
Garibaldi Alves Filho (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RN)
Nome completo: Garibaldi Alves Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT). REFORMA POLITICA.:
  • Debate sobre a CPI dos Correios e a reforma política.
Publicação
Publicação no DSF de 28/06/2005 - Página 21061
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT). REFORMA POLITICA.
Indexação
  • IMPORTANCIA, RESPONSABILIDADE, ETICA, CONDUTA, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT), APURAÇÃO, DENUNCIA, CORRUPÇÃO.
  • QUESTIONAMENTO, CRITERIOS, REFORMA POLITICA, TRAMITAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS.

O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, na verdade, estamos aqui em uma sessão cuja metade do tempo foi dedicada às denúncias trazidas pelas revistas semanais, principalmente a Época e a IstoÉ. São denúncias que, é claro, merecem ser imediatamente apuradas. E há um clamor de toda a Nação brasileira no sentido de que isso seja feito como está sendo feito, sem açodamento, sem radicalismos, mas com critério, com seriedade, como o momento exige. O momento é da maior gravidade, e exige que cada um se compenetre do seu dever, principalmente aqueles que estão tomando assento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura todo esse vendaval de denúncias que invadiu o País.

Ao mesmo tempo, Sr. Presidente, relembro que o debate deve ser também voltado para a chamada reforma política. Hoje, os jornais - aliás, não apenas hoje, mas durante todo o fim de semana - advertiram para alguns equívocos que estão sendo cometidos com o processo de reforma política, que se encontra na Câmara dos Deputados, depois de ter sido aprovado no Senado Federal. O equívoco diz respeito à lista de parlamentares. Seria adotada no País uma lista que daria oportunidade ao eleitor de, pela primeira vez, em vez de votar no candidato, votar no partido. Sabe-se hoje que, no Brasil, a grande maioria do eleitorado se volta mais para o candidato do que para o partido.

Então, o que se diz a respeito do que foi mostrado pela imprensa - vou procurar me aprofundar, é claro, nessa matéria - é que os Parlamentares atuais figurariam inicialmente na lista. Isso poderia se transformar no famoso “chapão”, aquele “chapão” tão condenado ao longo dos anos.

Por outro lado, o financiamento público de campanha - que é a providência mais acertada, tendo em vista os escândalos que aí estão - também teria que ser adotado com maior rigor e com maior cuidado.

Não tenho condições, com o tempo que me foi cedido, de fazer uma análise mais aprofundada, como a que foi feita pela jornalista Helena Chagas no matutino O Globo, edição de hoje. Mas prometo, Sr. Presidente, perseverar nesse caminho, nessa preocupação com o que poderá acontecer depois. Mesmo punidos todos aqueles, como serão punidos, tenho certeza, que forem culpados agora, é preciso cuidar do futuro, lançar um olhar para o futuro, e votar a reforma política da forma mais correta possível.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/06/2005 - Página 21061