Pronunciamento de Marco Maciel em 21/06/2005
Discurso durante a 87ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Homenagem de pesar pelo falecimento do Sr. Paulo Affonso Martins de Oliveira, ex-Secretário Geral da Câmara dos Deputados.
- Autor
- Marco Maciel (PFL - Partido da Frente Liberal/PE)
- Nome completo: Marco Antônio de Oliveira Maciel
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- Homenagem de pesar pelo falecimento do Sr. Paulo Affonso Martins de Oliveira, ex-Secretário Geral da Câmara dos Deputados.
- Publicação
- Publicação no DSF de 22/06/2005 - Página 20472
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM POSTUMA, EX SERVIDOR, SECRETARIO GERAL, CAMARA DOS DEPUTADOS, MINISTRO, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU), ELOGIO, VIDA PUBLICA.
O SR. MARCO MACIEL (PFL - PE. Para encaminhar a votação. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Renan Calheiros, Srªs e Srs. Senadores, faço minhas as palavras do Senador Heráclito Fortes acerca do sentimento de pesar que consiga pervadir toda a Casa pelo falecimento do ex-Ministro Paulo Afonso Martins de Oliveira. Paulo Afonso Martins de Oliveira, advogado, depois, funcionário da Câmara dos Deputados durante 42 anos ininterruptos, foi, durante muito tempo, Secretário-Geral da Mesa. Teve a oportunidade de secretariar 11 presidentes daquela Casa, entre os quais eu me incluo. Certamente, todos concordarão que Paulo Afonso foi um eficiente Secretário-Geral da Mesa, não somente pelo conhecimento que tinha da Casa, mas também porque era uma pessoa extremamente estudiosa, capaz, graças à sua grande intuição, de interpretar adequadamente as questões políticas que geralmente são suscitadas no debate parlamentar.
Foi, portanto, Paulo Afonso um formador de quadros também, deixando com sua aposentadoria pessoas como o Dr. Mozart Vianna e outros, que, de alguma forma, seguem as suas pegadas na Secretaria-Geral da Mesa na Câmara dos Deputados.
Como lembrou o Senador Heráclito Fortes, o Ministro Paulo Afonso Martins de Oliveira, foi posteriormente escolhido para o Tribunal de Contas da União, e lá se houve com o mesmo brilho e competência. Depois, teve oportunidade de assessorar V. Exª como Ministro da Justiça.
O Ministro Paulo Afonso Martins de Oliveira era uma privilegiada memória viva destes últimos 50 anos da vida pública brasileira. Conhecia bem a política nacional e, de modo especial, os meandros do Congresso Nacional, sobretudo da Câmara dos Deputados. O seu falecimento, portanto, nos enche de tristeza.
Tive oportunidade, como parlamentar em dois mandatos e presidente da Câmara dos Deputados, de haurir muitos ensinamentos que ele na ocasião nos ofereceu a respeito de momentosas e delicadas questões que enfrentei no exercício presidência da Casa.
A enfermidade que acometeu Paulo Afonso fez ele sofrer muito nos últimos anos. No entanto, se é verdade que foi grande o seu sofrimento, tenho certeza de que ele não morreu de tristeza, porque tinha a consciência de que oferecera ao País o melhor dos seus serviços nas diferentes funções que exerceu.
Por isso, eu não estaria exagerando se dissesse que, com o seu desaparecimento, deixa um exemplo que servirá para que a instituição congressual possa louvar-se nas suas lições e nas suas observações. Assim, poderemos continuar a vê-lo como exemplo.
Peço, finalmente, Sr. Presidente, que, da decisão da Casa, seja dado conhecimento à viúva, Srª Ana Vitória, bem como aos seus filhos, dois dos quais, pelo que sei, funcionários do Senado Federal.
Encerro minhas palavras dizendo que Paulo Afonso Martins de Oliveira, além de deixar muitos amigos, converteu-se num paradigma a ser seguido.
Era o que eu tinha a dizer.