Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registra o apoio dos convidados a sua reeleição, em reunião ocorrida no Teatro Oficina, em São Paulo. Agradecimento aos participantes da reunião. Manifesta o desejo de participar dos trabalhos das Comissões Parlamentares de Inquerito.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Registra o apoio dos convidados a sua reeleição, em reunião ocorrida no Teatro Oficina, em São Paulo. Agradecimento aos participantes da reunião. Manifesta o desejo de participar dos trabalhos das Comissões Parlamentares de Inquerito.
Publicação
Republicação no DSF de 30/06/2005 - Página 21443
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • AGRADECIMENTO, SENADOR, RECONHECIMENTO, DISPOSIÇÃO, ORADOR, PARTICIPAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI).
  • REGISTRO, REUNIÃO, TEATRO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), RECEBIMENTO, APOIO, CONVIDADO, REELEIÇÃO, ORADOR.
  • COMENTARIO, INFERIORIDADE, DESPESA, ORGANIZAÇÃO, REUNIÃO, TEATRO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CONTRIBUIÇÃO, ORADOR, ARTISTA, INTERPRETAÇÃO, OBRA LITERARIA, ESCRITOR, BRASIL, APRESENTAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, ALEMANHA.
  • AGRADECIMENTO, CONVIDADO, PRESIDENTE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), DEPUTADOS, CANDIDATO, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), JURISTA, ARTISTA.
  • EXPECTATIVA, CUMPRIMENTO, FUNÇÃO, DETERMINAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ATUAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), BINGO, PAGAMENTO, MESADA, CONGRESSISTA.

O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senado Renan Calheiros, Srªs e Srs. Senadores, quero agradecer a atenção do Senador Tasso Jereisatti, do Senador Arthur Virgílio e também do Senador Aloizio Mercadante, que mencionaram a minha disposição de participar das diversas CPIs que estão ocorrendo no Congresso Nacional. Eu gostaria de aproveitar essa oportunidade, já que foi citada a plenária ocorrida domingo último, no Teatro Oficina, inclusive pelo Senador Heráclito Fortes, para dizer que, de fato, perguntei às pessoas que poderiam estar avaliando, na medida em que sou Senador já no segundo mandato - estou no meio do 15º ano, serão 16 anos no ano que vem -, se o Partido dos Trabalhadores devia indicar-me novamente para um novo mandato e assim eu ser eleito em 2006.

Outro dia, o jornalista Fernando Rodrigues, Presidente Renan Calheiros, me perguntou: “Mas será que não é demais 24 anos como Senador? Será que não deveria ter alguma limitação? No México, por exemplo, sabe V. Exª que cada Parlamentar pode exercer apenas uma vez o mandato. E há muitos ali que se candidatam a Deputado e, depois, a Senador. Há uma limitação”. Isso está no contexto do direito à reeleição. Acredito mesmo que poderíamos estar pensando muito no direito à reeleição dos Chefes do Poder Executivo e nos mandatos parlamentares, nas Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas e no Congresso Nacional, no Senado e na Câmara dos Deputados.

Eu avaliei que era importante perguntar às pessoas se deveria eu ser novamente candidato ao Senado. Será que não seria o caso de as pessoas responderem: está na hora de você dedicar-se mais a ser professor de Economia, a escrever livros, reflexões sobre o que se passou, ou - quem sabe? - contribuir como jornalista, ou até fazer algumas coisas agradáveis? Quem sabe, ir cantar com os meus filhos - o Supla, o André e o João -, o que gosto de fazer. Imaginem se eu tivesse tempo para ensaiar com eles. Quem sabe? Talvez eu pudesse cantar melhor, e assim por diante, ou seja, fazer outras coisas na vida.

Então, eu achei mais do que justo perguntar às pessoas. E eis que eu tive uma resposta tão positiva. E é sobre isso que eu gostaria de falar. Vou aproveitar para dar a notícia, Senador Renan Calheiros.

Primeiro, quero informar que, para esse encontro, eu fiz questão de gastar o mínimo possível. Aproveitei os instrumentos que tenho, como, por exemplo, encaminhar e-mails a tantas pessoas. Hoje a Internet facilita muito. Pedi que fossem impressos quinze mil volantes pequenos, onde estava escrito: “Venha à plenária do Senador Suplicy”. Havia também uma pequena foto minha com o dizer: “É diferente de tudo que está aí”. Esse foi o mote da minha campanha em 1985, quando fui candidato a Prefeito e na ocasião foi eleito Jânio Quadros. Carlito Maia, Erazê Martinho e Chico Malfitani tinham colocado esse mote, que foi rememorado recentemente por mim quando um amigo meu disse que eu era um tanto estranho, mas ele próprio tinha dito que eu havia aprovado o mote “diferente de tudo que está aí” e era consistente com aquele mote.

Quero aproveitar a oportunidade para agradecer a cerca de 600 pessoas. Alguns que estavam na porta, das 3 horas da tarde até às 19 horas, disseram que de 500 a 600 pessoas apareceram no Teatro Oficina. Quero agradecer muito a José Celso Martinez Corrêa, e informar que fiz questão de perguntar-lhe quanto custaria se eu usasse durante quatro horas o Teatro Oficina. Ele disse que não custaria nada, mas os serviços do homem que cuida da iluminação e do som e do homem responsável pela segurança dos camarins, para que ninguém entre lá e pegue as coisas bonitas usadas na apresentação de “Os Sertões” estavam estimados em R$900,00.

Fiz questão de pagar R$2.000,00 para que a diferença ficasse como contribuição para a viagem que os 65 membros de Os Sertões que vão para a Alemanha. Foram convidados para apresentarem A Luta, a primeira parte de Os Sertões - já são quatro partes de Os Sertões. Um dia, quem sabe, poderão os baianos ver. São seis horas cada uma dessas partes. Agora, são os alemães que vão assistir em setembro. Eles foram convidados especialmente para o mais importante festival de teatro da Alemanha. Eu quero muito agradecer a José Celso e a todo o seu elenco, que tiveram uma energia tão positiva para essa plenária.

            Agradeço ao Presidente Nacional do PT, José Genoino, que ali disse que sou imprescindível neste Senado Federal e que não há dúvida de que serei o candidato no ano que vem; aos três candidatos ao Governo do Estado de São Paulo pelo PT, meu colega Senador Aloizio Mercadante, Deputado João Paulo Cunha, que foi Presidente da Câmara dos Deputados, e Marta Suplicy. Os três foram muito bem recebidos e cada um expressou o quanto avaliam que eu seja importante aqui. Os candidatos a Presidente do PT, José Genoino, Plínio de Arruda Sampaio, Walter Pomar e Marcos Sokol - Raul Pont e Maria do Rosário são do Rio Grande do Sul e não poderiam se deslocar -, vieram dizer da importância de eu ser o Senador aqui por mais oito anos. Também os Deputados Federais Ivan Valente e Ricardo Zarattini, que aqui ali estiveram. Os Deputados Estaduais Simão Pedro Schiovetti, Renato Simões, José Zico Prado de Andrade; os Vereadores Paulo Teixeira, Paulo Roberto Fiorillo e Chico Macena; e Soninha Francine, radialista, que serviu como mestre-de-cerimônias. Paulinho Bururu, Prefeito de Jandira, e Miro do Táxi, Vice-Prefeito; Wagner Lino, Vereador do PT. Mas também estiveram ali, Sr. Presidente, os movimentos sociais.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB - AL) - Senador Eduardo Suplicy, estamos concluindo a Ordem do Dia. Há um requerimento do Senador Tasso Jereissati que pretendemos votar.

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Sr. Presidente, vou concluir. Quero apenas dizer que foram os ambulantes do Parque Ibirapuera, os trabalhadores dos Correios, os moradores de rua, os movimentos sociais os mais diversos, o jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, que fez um maravilhoso pronunciamento, o Professor Dalmo de Abreu Dallari, que ali chegou com os seus netos e falou coisas tão bonitas do tempo até que eu havia... Caso eu tivesse sido escolhido Prefeito ou designado Secretário de Negócios Jurídicos, ele relembrou desse episódio, e tantas pessoas, Sr. Presidente, inclusive...

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Bárbara Abramo, lembrando o meu irmão Cláudio Abramo e tantos...

            O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Eduardo Suplicy, eu queria cooperar com a sua carreira política.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Só quero dizer, Senador Mão Santa, que eu me senti com uma extraordinária energia positiva para continuar aqui debatendo com V. Exª.

            O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - V. Exª me permite? A maratona de V. Exª tem de continuar.

            (O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Rui Barbosa, 31 anos. Agora que V. Exª está na metade.

            O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB - AL) - V. Exª não pode conceder apartes. V. Exª está falando na forma do art. 14.

O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Quero dizer que estou extremamente animado para cumprir todas as funções que o PT atribuir a mim, inclusive o meu Líder, na CPI da Privatização ou na da Terra, onde já estou. Poderei colaborar na CPI dos Correios, na do Mensalão...

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Na dos Correios não.

O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - A do Mensalão talvez exista. Se for CPI mista... Eu não posso em todas, simultânea e regimentalmente.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Um passarinho me disse que não pode.

O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Mas eu disse que, se houver a do Mensalão, até prefiro ficar nela, porque eu considero importante cooperar para fazer aquilo que o Presidente Lula disse: espero que o Congresso Nacional possa realizar, com equilíbrio, a apuração mais completa dos fatos, mesmo que seja para “cortar a própria carne”. Quaisquer que sejam os responsáveis, há que se apurar até o fim todos os episódios para o bem do Brasil. É o que a população brasileira espera.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR EDUARDO SUPLICY EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e o § 2º , do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“Parlamentares e autoridades presentes na Plenária do Senador Eduardo Matarazzo Suplicy, realizada no Teatro Oficina, em São Paulo, em 27/06/2005”


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/06/2005 - Página 21443