Discurso durante a 115ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o clima de exaltação na reunião da CPMI dos Correios, com a oitiva de Delúbio Soares, e a necessidade de apuração das denúncias de corrupção envolvendo o governo federal.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT).:
  • Considerações sobre o clima de exaltação na reunião da CPMI dos Correios, com a oitiva de Delúbio Soares, e a necessidade de apuração das denúncias de corrupção envolvendo o governo federal.
Aparteantes
Ana Júlia Carepa, Eduardo Suplicy, Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 21/07/2005 - Página 24934
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT).
Indexação
  • OCORRENCIA, DEPOIMENTO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT), TESOUREIRO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), TENTATIVA, IMPUNIDADE, CORRUPÇÃO, CRIME DO COLARINHO BRANCO, ALEGAÇÕES, CRIME ELEITORAL, IRREGULARIDADE, EMPRESTIMO, PAGAMENTO, DIVIDA, CAMPANHA ELEITORAL, NECESSIDADE, ESCLARECIMENTOS, AUSENCIA, PRIVILEGIO, MEMBROS, FILIAÇÃO PARTIDARIA, RECUPERAÇÃO, CONFIANÇA, DEMISSÃO, PUNIÇÃO, RESPONSAVEL, REFORMULAÇÃO, ELEIÇÕES.
  • COMENTARIO, HISTORIA, PARTIDO POLITICO, MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (MDB), PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), IMPORTANCIA, TRABALHO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI).

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é compreensível o vazio deste plenário. Lá na Comissão o clima é de exaltação. Hoje é o dia do célebre depoimento do tesoureiro do PT. Armaram um esquema segundo o qual tudo o que aconteceu no PT foi o tesoureiro. Cento e tantos milhões de empréstimos dos bancos foi feito pelo tesoureiro. Ele e o empresário assumiram esses empréstimos, e a Executiva Nacional não sabe de nada.

Ontem, falou o Secretário-Geral, que tinha ouvido falar, e agora está lá o tesoureiro. O que aconteceu foram gastos de campanha. Muitos companheiros do PT tinham dívidas grandes da última eleição. E o tesoureiro, junto com o empresário, pegou uma série de empréstimos e distribuiu esse dinheiro. Para quem? Ele não fala. Quanto foi? Ele não fala. Quais são os seus bens? Ele não fala. O que o senhor possui? Ele não fala. Está ele com um advogado, que, como diz a Deputada Juíza Denise Frossard, é um dos mais caros de São Paulo. Traçaram uma tática. Não houve roubo, não houve falcatrua, não houve nada. Não teve mensalão, não teve nada nos Correios, não teve nada. O que houve foi que o PT se utilizou do chamado caixa dois, dinheiro não regularizado. Nas campanhas políticas, o PT gastou e ficou devendo dinheiro não contabilizado. Para pagar, o tesoureiro e o empresário foram aos bancos e pegaram dinheiro fora do PT para pagar essas contas e não contabilizaram.

O que eles querem dizer é que o que aconteceu aqui foi muito simples, algo que geralmente acontece. Candidato a prefeito, a deputado, a senador, a governador, gasta muito mais do que se imagina na campanha. Gasta! Gasta e não registra e fica por isso mesmo. É o que o PT teria feito e é o que ele agora está apresentando, uma tática que eu diria inteligente sob o ponto de vista jurídico. Os advogados orientaram para que o PT fique firme nisto, que não houve uma vírgula de irregularidade a não ser dinheiro usado para campanha. Eles acham que, assim, caem no crime eleitoral, e o crime eleitoral já passou, porque a eleição foi há dois anos e meio, já prescreveu e nada pode acontecer. Eles acham que toda essa confusão que está havendo no Brasil terminará zero a zero. Mas que ingenuidade é essa?

O advogado deles pode ser muito competente, pode entender, pode orientar no sentido jurídico, mas, no sentido político, ele não entende nada. Ele não entende o que dizer para um Secretário-Geral que vem aqui depor quando perguntado “quais são os seus bens? O que é que o senhor tem”? “Eu direi depois, na hora em que achar importante”. Como pode um Secretário-Geral do PT se esconder, não dizer o que tem? Onde é que estamos, meu Deus do céu?

Depois, ficamos sabendo que tem um carro último tipo, o mais moderno, e que uma das empresas que tem atuação lhe deu de presente. O Collor também ganhou de presente um carro Elba quando estava na Presidência da República. Aliás, o carro do Collor era bem mais simples do que esse que o Secretário-Geral ganhou.

O Presidente Lula disse: “Vamos investigar; não fica pedra sobre pedra. O que tem para se falar se falará, e se dirá a verdade”. E eles estão escondendo. Não está entendendo o PT que, só botando a nu a realidade, conseguirá vencer essa etapa.

O Brasil confiou no PT, foram 25 anos em que o PT semeou, plantou, teve uma obra excepcional, andou pelos bairros, pelas vilas, pelos operários, pelos trabalhadores. O povo confiou e deu uma vitória ao Lula, um homem do povo, um homem simples, que vinha das camadas mais humildes da população e chegou à Presidência da República.

Agora está aí. Agora esta aí, meu Deus do céu! Agora está aí o Partido envolvido no caos e não quer sair. O PT só tem uma saída: botar a nu o que aconteceu e botar para rua os que cometeram corrupção. O PT ou faz isso ou sucumbe junto.

Volto a repetir: o meu Partido, o PMDB tem uma história mais espetacular que a do PT, porque o MDB foi o Partido da luta democrática, que fez a democracia, que lutou contra a ditadura. Quando o PT entrou, já tínhamos a democracia. Mas nós, o PMDB, sustentamos os 20 anos da ditadura militar, defendemos, lutamos, esbravejamos e conquistamos a democracia.

O Tancredo Neves ganhou a eleição; morreu antes de assumir. Assumiu o Sr. Sarney. E o MDB ficou naquela: um pé no Governo Sarney, um na Oposição. Nós tínhamos ganho dois terços na Câmara dos Deputados, dois terços no Senado e todos os Governadores, à exceção do Sergipe. Uma eleição depois, logo depois, o Dr. Ulysses entrou com 3%. O povo não aceitou aquela tibieza do MDB, o povo não aceitou aquela falta de capacidade de ação e de tomar posição do MDB. E não tivemos nada de envolvimento com escândalo, com imoralidade. Não chegamos ao Governo. O PT chegou e elegeu o Presidente da República. O povo confiou, está olhando para ele e vê esse espetáculo que a televisão está transmitindo. Há uma revolta geral.

Chego no Rio Grande do Sul, e sobre todos os partidos estão dizendo “o que está acontecendo? Mas o que é isso, meu Deus do céu?” Estão enlameando nós todos juntos.

Agora vêm querer dar um golpe: “Não, foi despesa de campanha”. “Olha, os partidos gastaram demais, e, como os partidos gastaram demais, tivemos que dar dinheiro para pagar as despesas”.

Quer dizer, o que se falou dos Correios não existe mais. As irregularidades, os ilícitos não existem mais. É isso o que o PT quer.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Concede-me V. Exª um aparte?

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Concedo o aparte ao Senador Eduardo Suplicy.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Senador Pedro Simon, sempre tive V. Exª como um amigo não apenas pessoal, mas também do PT. V. Exª, às vezes, teve divergências no Rio Grande do Sul.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Sou fã do PT.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Mas poderia aqui recordar tantos episódios de que fui testemunha, inclusive diálogos que V. Exª teve com o Presidente Lula, hoje, juntamente com José Graziano, e no tempo do Governo Itamar Franco, quando V. Exª era o Líder.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - No seu gabinete.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - No meu gabinete.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Em nome do Presidente da República, convidava o Lula para trazer o PT para participar do Governo.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Exatamente.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - V. Exª participou do diálogo com o Presidente Itamar Franco a respeito de como iria contribuir para acabar com a miséria e a fome.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - O PT apresentou uma proposta, e o Presidente Itamar a aceitou e a pôs em prática.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Essa foi uma entre dezenas de ocasiões em que estivemos juntos, inclusive tivemos participação e interação intensa tanto na CPI de Paulo César Farias quanto na CPI do Orçamento, pois ambos fomos os primeiros proponentes diante das irregularidades ocorridas. A sua palavra é de recomendação positiva. Nós do PT precisamos colaborar para que a verdade venha inteiramente à tona. Esta é a minha recomendação a Silvinho Pereira e a Delúbio Soares: revelem as coisas tais como aconteceram, de acordo com a recomendação do próprio Presidente, nas suas últimas falas. Que se diga toda a verdade, não só pela metade; que não se diga a inverdade, porque tem pernas curtas. Esse foi o sentido maior da sua fala para o Fantástico, no último domingo. Vamos aqui colaborar para que a verdade venha inteiramente à tona, e esse será o caminho para que a nossa Instituição, o Congresso Nacional, e para que o PT se fortaleçam. Uma organização constituída de seres humanos, é claro, pode ter pessoas que cometam erros. Eu posso cometer erros. Mas é importante que essa organização saiba como corrigir os erros. É isso que precisamos demonstrar agora. A possibilidade de o Partido dos Trabalhadores sair dessa situação, sobreviver e ainda se fortalecer no futuro dependerá muito de como vamos corrigir os erros, reconhecê-los, responsabilizar os que porventura tiverem cometido faltas graves e, com o Congresso Nacional e conosco mesmos, ver quais as medidas para caminharmos na direção de nunca mais cometer essas impropriedades. Meus cumprimentos a V. Exª, que fala como um amigo. Sei que V. Exª respeita o PT e sabe o quanto, na sua terra, o Rio Grande do Sul, o Partido dos Trabalhadores é forte, se fortaleceu. V. Exª, muitas vezes aqui elogiou as iniciativas do orçamento participativo e tantas outras, das quais foi testemunha na sua terra, em Porto Alegre, em Caxias do Sul e em outros municípios gaúchos.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Agradeço a V. Exª o aparte, que me fez lembrar os tempos em que V. Exª estava praticamente sozinho aqui nessa bancada, em que V. Exª era o único representante do PT. Foi uma luta difícil a sua. V. Exª incomodava, um Senador que, sozinho, parava este Senado, porque impunha respeito.

Gosto do PT. Meus companheiros do MDB me olhavam com um certo ressentimento, no Rio Grande do Sul, dizendo: “Mas por que você não vai para o PT?” “Eu não vou para o PT porque sou do MDB. Mas reconheço que o PT é um fator novo na sociedade brasileira. Representa uma verdadeira revolução social, sem a violência. E, com o Lula, ele tem todas as condições de fazer.” Eu acreditava. Eu acreditava!

Quando tive a honra de o Lula jantar em minha casa, eleito Presidente, antes de assumir, eu disse para ele: “Lula, o Brasil inteiro hoje é Lula: a universidade, os empresários, os intelectuais. Há uma torcida só para que o teu governo dê certo. E você não tem compromisso com ninguém, Lula. Você não tem compromisso com militar, nem com empresários; você não tem compromisso com absolutamente ninguém a não ser com a sociedade brasileira. Escolha os mais capazes, os mais competentes, e faça um governo revolucionário que você tem condições de fazer”. E eu achava que era isso que ia acontecer.

Agora, nessa altura, eu concordo que temos que passar o Brasil a limpo...

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - V. Exª me permite um aparte, nobre Senador Pedro Simon?

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Já lhe darei.

Eu concordo que nós temos que mudar profundamente esses vazios pelos quais saiu o dinheiro para as campanhas eleitorais. Eu concordo que tem que ser reformulado isso. Eu concordo. Mas ficar só nisso, não. Nós temos é que botar o dedo nas coisas que aconteceram. Nós temos é que chamar a atenção para os erros cometidos. E o PT tem que fazer a mea culpa dele. O PT fazendo a mea culpa, ele e o Lula, afastando alguns que devem ser afastados. Por isso que eu não entendo. Demitiram o coitado do Olívio Dutra, e o Presidente do Banco Central está lá, ainda. O Presidente do Banco Central está lá, processado pelo Supremo Tribunal, processado por corrupção. E está lá o Presidente do Banco Central. Mas o que é isso, meu Deus do céu!? Como é que eles vão dizer que o Governo começou a se moralizar, se um Presidente escandaloso, como esse do Banco Central, está lá no Governo? Ter coragem de mudar, fazer uma plataforma singela, falar à Nação, o PT pode dar a volta, e o Lula também. Agora, esconder para debaixo do tapete, querer encontrar uma fórmula jurídica e obrigar os jovens, os companheiros do PT, a votar numa fórmula dessas, é suicídio coletivo.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Pedro Simon, a história se repete. V. Exª me lembra o Senador...

A SRª PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT - MT) - Senador Mão Santa, um instante. Senador Pedro Simon, V. Exª já tem 4 minutos de prorrogação. Peço ao Senador Mão Santa que seja breve no aparte.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Estamos há tão pouco tempo aqui, Senadora!

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Dez segundos para elogiar a Senadora Serys Slhessarenko, que fica muito bem na Presidência. Mas a história se repete, Senador Pedro Simon. Havia em Roma um Senador, Cícero, brilhante como V. Exª. Dizem que foi o maior orador do mundo, porque V. Exª não tinha nascido. Mas, diante da corrupção que derrubava o Império Romano, César disse: “Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?”.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Lamento, Senador Pedro Simon, pois não se trata de apenas um Catilina; são muitos Catilinas abusando da nossa paciência.

A Srª Ana Júlia Carepa (Bloco/PT - PA) - V. Exª me permite um aparte, Senador Pedro Simon?

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Pois não, Senadora Ana Júlia Carepa.

A Srª Ana Júlia Carepa (Bloco/PT - PA) - Obrigada, Senador Pedro Simon. Serei breve. Estou indo para a CPI, e não poderia deixar de fazer o aparte, de parabenizar V. Exª e de concordar com o que diz em relação à necessidade de o PT fazer o que tem que ser feito, de fazer a mudança que precisa ser feita no Partido. É por isso que apóio o Sr. Raul Pont para Presidente do PT e o fato de o Presidente Lula - já dissemos isso várias vezes - demitir não apenas para colocar pessoas de outros Partidos. Considero legítimo que Sua Excelência coloque pessoas de outros Partidos, mas que demita quem está sob suspeita e quem está sendo processado, como, por exemplo, o Dr. Henrique Meirelles, pois este já deveria ter saído há muito tempo, ou talvez nunca devesse ter entrado neste Governo. Muito obrigada.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Muito obrigado a V. Exª. Eu acho, Srª Presidente, que é uma hora em que todos devemos colaborar. Temos que dar força nesse sentido. Aquelas CPIs que estão aí não devem ser feitas no sentido de tentar derrotar o PT, e muito menos tentar se fazer no sentido de atingir o Lula. Sou daqueles que defende que a pessoa do Lula é uma pessoa muito importante. E que, para nós, é muito importante que o Lula chegue até o final de seu Governo. Mas o Lula tem que dar exemplo para isso. O Lula tem que dar sinal para isso. E, nessa altura, não estou aqui para dizer “sabia ou não sabia. Se sabia, era isso; se não sabia, era aquilo”. Estou para dizer que agora aconteceu, e todo o Brasil sabe. E se agora aconteceu, e todo o Brasil sabe, o Lula tem que tomar providência. E a sua Bancada aqui no Congresso tem que ser a primeira a dar o exemplo.

Quando, há um ano e oito meses, Srª Presidente, pedimos a criação da CPI dos Bingos, que era o caso do Waldomiro, não tinha nada. Àquela altura, o Lula era Deus, o PT era Deus, o Governo era uma maravilha, não tinha nada. Foi o primeiro fato que aconteceu. Se tivessem criado aquela CPI, nós não chegaríamos onde chegamos hoje, mas uns achavam que eram mais amigos do Presidente do que todo mundo, e boicotaram, não deixaram criar a CPI.

O Sr. Mercadante e os Líderes do PMDB e do PTB não indicaram os nomes. E o Presidente do Senado, que tinha a obrigação de indicar, não indicou. Engavetaram. O Supremo teve que mandar indicar. Se tivesse sido constituída lá, um ano e oito meses atrás, não estaríamos na situação em que estamos hoje. Estou dizendo isso para dizer apenas o seguinte: ser amigo não é esconder, não é botar o rosto no travesseiro para não enxergar. Ser amigo é ter coragem de dizer: isso é errado e isso deve ser modificado.

Acho que isso deve ser feito, Srª Presidente. Torço e rezo para que possamos ver o Presidente Lula e o PT reconduzidos à posição para a qual o País os escolheu.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/07/2005 - Página 24934