Discurso durante a 121ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Consternação pelas denúncias de corrupção no atual governo.

Autor
Heráclito Fortes (PFL - Partido da Frente Liberal/PI)
Nome completo: Heráclito de Sousa Fortes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT). PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.:
  • Consternação pelas denúncias de corrupção no atual governo.
Aparteantes
Eduardo Suplicy, Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 29/07/2005 - Página 25871
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT). PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.
Indexação
  • GRAVIDADE, CONTINUAÇÃO, DENUNCIA, CORRUPÇÃO, FRUSTRAÇÃO, POPULAÇÃO, PERDA, ETICA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), REVOLTA, DESVIO, RECURSOS, POLITICA SOCIAL.
  • COMENTARIO, CORRUPÇÃO, PUBLICITARIO, VINCULAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), NECESSIDADE, INVESTIGAÇÃO, LIGAÇÃO, BANCOS, FUNDOS, PENSÕES, CRITICA, MEMBROS, GOVERNO, TENTATIVA, OBSTACULO, TRABALHO, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT), REDUÇÃO, RESPONSABILIDADE, AUTORIDADE.
  • QUESTIONAMENTO, POSSIBILIDADE, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CONHECIMENTO, CORRUPÇÃO.
  • ANUNCIO, VIAGEM, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ESTADO DO PIAUI (PI), INAUGURAÇÃO, USINA, Biodiesel, REGISTRO, PROVIDENCIA, URGENCIA, RECUPERAÇÃO, RODOVIA, EXPECTATIVA, PROPOSTA, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, COMPENSAÇÃO, INSUCESSO, PROGRAMA, COMBATE, FOME.

O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho a impressão de que a sociedade brasileira nunca esperou presenciar esse caleidoscópio de notícias ruins e de desgraças com que convive hoje. Se se examinar em quaisquer das direções, vê-se o desacerto e o desgoverno.

Senador Suplicy, tenho desta tribuna, por costume, citar uma frase de Millôr Fernandes, que na realidade é de Nenen Prancha, aquele filósofo do futebol carioca, que diz que “para político, fundo de poço tem mola”. O problema é que, na crise do Governo de V. Exª, ninguém consegue achar o fundo desse poço. É lamentável! A cada instante esse pântano de irregularidades mostra novas façanhas e novas vertentes. É triste. É triste!

E a tristeza do Partido de V. Exª e da Nação brasileira é refletida na sua fisionomia. V. Exª é um homem hoje abatido, de semblante triste, vendo que os grandes anos, que o bom da sua vida dedicado à esperança que queria vencer o medo foi por água abaixo, que nada será como antes.

E uma coisa que me preocupa muito, Senador Suplicy - V. Exª deve ser uma testemunha mais isenta e com mais densidade de fatos do que eu, porque é de São Paulo, o maior Estado da Federação -, é que a cada momento o povo começa a participar mais, a acompanhar mais esses acontecimentos. E faz contabilidades rápidas de fazer inveja ao nosso Malba Tahan, aquele matemático que nos encantou na juventude. E as perguntas são: quanto atenderia em casas populares cada saque desse que a todo momento a televisão denuncia e que as apurações descobrem? Mataria a fome de quantos brasileiros, ou quantos quilômetros de asfalto ou casas populares, Senador Mão Santa, poderiam ser construídos?

O grave da crise é que não se sabe fazer uma distinção do dinheiro usado quando público, quando particular, ou quando privado. Essa linha imaginária que separa o meu, o seu, o nosso foi emaranhada. O que vemos nessa promiscuidade no trato da coisa pública brasileira é o desrespeito a pequenas regras.

Mas me impressiona, Senador Lobão, a rapidez com que aprenderam. Esse Partido que não queria alianças com o Poder de então, resolveu não votar em Tancredo Neves porque era misturar os seus princípios com os princípios vigentes na época - muito embora que, naquela eleição, toda a Nação brasileira aplaudisse e justificasse por ser a passagem de uma transição ditatorial para um regime democrático. Optaram por não participar sequer do processo eleitoral, expulsando, inclusive, Parlamentares de militância consagrada no Partido dos Trabalhadores pelo fato de não terem seguido a regra do Partido. Combatiam, com veemência, as ligações brasileiras com o Fundo Monetário Internacional. De repente, ganha-se o Poder e joga-se por terra tudo o que construíram com grande esforço ao longo dos anos. E a vítima maior é logo quem? O Presidente Lula, que foi o símbolo da criação e do fortalecimento desse Partido e que, por ser o Mandatário maior, a maior Liderança, se torna no maior prejudicado e na grande vítima.

É lamentável, Senador Eduardo Suplicy, que aquele zelo que se demonstrava nos palanques, com relação ao dinheiro público, às críticas que se faziam aos que governavam foram esquecidas e a prática, tão combatida, passou a ser usual.

Senador Edison Lobão, no Nordeste, temos aquela velha desconfiança com amizade nova e é muito comum no meu Piauí e no seu Maranhão se responder, quando se pergunta se você é amigo de fulano: “Não comemos ainda sal juntos”. E para que o sal simbolize a ligação é preciso uma quantidade de pelo menos meia saca, o que equivale a mais ou menos 60 quilos ou metade de 45.

O Marcos Valério foi apresentado ao PT em outubro. Em fevereiro, já fazia operações financeiras de grande porte e avais de amigos incondicionais. Nunca vi uma ascensão tão rápida de um homem público no Brasil quanto a do Sr. Valério.

Agora, essa história de se querer fazer do Valério a única vítima desse processo é querer desviar a atenção dos fatos. Ele foi o instrumento, mas nós temos de descobrir quem estava por trás, quem fez a ligação de quem com os bancos, com as estruturas financeiras, com os fundos de pensão, quem foi que apresentou, quem foi que conduziu, quem comandou todo esse processo. Há um pouco de cerimônia - não quero dizer de medo - de se chegar a isso. Começou-se querendo sacrificar o tal do Maurício, que botou os R$3 mil no bolso. Ladrão de galinha! Depois, começou-se a querer desqualificar a Karina, desqualificar um ou outro, mas não se está querendo chegar - e isso é o importante -, de fato, aos culpados e puni-los.

E o Governo, de uma maneira esperta, tenta jogar a crise para dentro do Legislativo, que, infelizmente, está envolvido, mas como corrompido, não como corruptor. Não deixa de ter menos culpa, mas não é o agente.

Temos que saber, a coisa tem que ficar esclarecida, quem são, se o Presidente da República sabia, se não sabia, quando sabia, até para que o próprio Presidente não tenha mais necessidade de fazer pronunciamento como o que fez ontem em Porto Alegre, invocando as lições que recebeu da mãe e do pai. Ele tem até o direito de fazer, porque tem uma vida pública bonita. Só não teve o principal: o cuidado de se cercar bem quando assumiu a Presidência da República.

Sr. Presidente, se for verdade a metade do que diz aí... e esse Roberto Jefferson penso que, na outra encarnação, foi pitonisa, porque tudo o que está dizendo está acontecendo. Não é anjo, não é santo. Já diz, inclusive, que sublimou o mandato. Ele tem um traço interessante, porque não acusa ninguém. Não diz que fulano é ladrão, mas dá o roteiro do crime. Ele diz é “por aqui, por ali.” E quem vai lá acha.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI) - Se for verdade 30% do que está dito, o Presidente é azarado em escolher amigos, porque, Senador Edison Lobão, nunca vi tanta má companhia num palácio só. Nunca vi tanta má companhia cercar uma pessoa só, para onde você se vira. No caso, não são os amigos novos, aí personalizados na pessoa do Sr. Marcos Valério, que era apenas um agente; são os amigos de velhas datas, que fizeram caminhadas, que passaram fome, alguns foram torturados, tinham estrada, que caminharam, que perseguiram a ascensão desse Partido à Presidência da República.

(Interrupção do som.)

            O SR. PRESIDENTE (Edison Lobão. PFL - MA) - Vou prorrogar o tempo de V. Exª por mais cinco minutos.

O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI) - Agradeço a V. Exª. 

E jogaram por terra toda essa esperança.

Senador Mão Santa, isso me lembra muito a história que conheci na minha infância de um médico famoso da minha terra, o Piauí. Naquele tempo, fazer medicina era um negócio difícil, complicado, tinha que se ir para o Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e poucos tinham acesso.

E um médico de uma família tradicional chegou no Piauí formado, as moças casadoiras todas atrás dele, querendo casamento, ele sendo paparicado pela família toda. Gente nova que chega em cidade pequena é festa para todo lado, é uma semana de festa. Contrataram uma orquestra de fora, Românticos de Cuba, nunca me esqueço disso - são coisas que ficam na cabeça da gente - para homenagear o médico.

Àquela época, Senador, usava-se muito roupa branca. Ele excedeu-se um pouco. Não esperou a hora da festa, que era sua consagração. A chegada seria uma apoteose no velho Clube dos Diários, onde V. Exª dançou tanto na sua juventude e conhece muito bem.

Pois quando ele chega, tinha atravessado a nossa velha ponte de ferro e tinha ido até Caxias, onde foi homenageado com um almoço pela sempre hospitaleira gente maranhense e lhe deram cambica, aquele suco forte de juçara, e ele misturou aquilo com alguma coisa. Ao chegar ao salão, estava sendo recebido no centro do salão pela família, passou mal, teve uma disenteria e teve que voltar para casa. Todos participaram da festa, menos ele.

É preciso prudência nessas coisas. Esperar a hora certa da festa, senão você perde e os outros é que tiram proveito.

Com maior prazer, ouço o aparte do Senador Mão Santa.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador Heráclito, V. Exª engrandece o Piauí. V. Exª - e dou testemunho - fala aqui com autoridade, com cátedra sobre amigos. Creio que essa é a grande riqueza do Senador Heráclito. Ele sabe fazer o “diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. Ninguém, hoje, no Senado da República, pode-se apresentar como maior amigo de Tancredo do que Heráclito, de Ulysses do que Heráclito, de Renato Archer, do Comandante Rolim, de Luís Eduardo Magalhães, o líder, o ícone de nossa geração. Outro dia, li no jornal da capital, que o PT está querendo acusá-lo de que a família da esposa do Heráclito, de que todos nós sabemos a idoneidade, o trabalho, a origem do dinheiro, teria ajudado na campanha. Acho que, se a família da mulher dele gosta dele, ele merece aplauso. Agora, quero dizer e deixar claro aqui para aqueles que lhe acusaram que a sua maior riqueza não é o dinheiro da família do seu sogro, mas as amizades que V. Exª sabe fazer.

O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI) - Agradeço a V. Exª.

Só em se ter, ao disputar uma eleição como a que disputei para o Senado, a tranqüilidade de não precisar que nem de perto da sua porta passasse o mensalão já é uma virtude.

Aliás, há um fato interessante, Mão Santa, porque os meus gastos de campanha, Senador Edison Lobão, foram feitos de maneira clara e aberta, julgados pela Justiça Eleitoral, com os nomes dos doadores, como a lei manda.

O Presidente do Partido, que fez a acusação, elegeu-se, Senador Suplicy, gastando apenas R$20 mil. Foi eleito Deputado estadual do Piauí gastando apenas R$20 mil e eu pergunto como, Senador Lobão, pois a campanha dele foi uma campanha bonita, com camiseta, panfletos, avião, carro... O Governador do Piauí elegeu-se Governador do Estado sem gastar combustível. Nunca o vi no lombo de um burro tampouco remando pelas águas do nosso Parnaíba. É um milagre.

Senador Suplicy, concedo-lhe um aparte.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Senador Heráclito Fortes, V. Exª, no início, mencionou que eu tenho estado um pouco triste com os acontecimentos. Não poderia estar efusivo e contente, porque são acontecimentos que entristecem tanto a mim como a tantas pessoas do Partido dos Trabalhadores e a todos aqueles que lutaram por ideais de ética na política, de realização de justiça e de aperfeiçoamento da democracia.

(Interrupção do som.)

O SR. PRESIDENTE (Edison Lobão. PFL - MA) - Mais dois minutos.

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - E tenho a certeza, Senador Heráclito, de que a enorme maioria dos filiados do PT, dos simpatizantes do PT, enfim, todos os brasileiros em sua grande maioria consideram a retidão o principal atributo da nossa vida, do nosso cotidiano e também uma característica importante que deve ter os nossos representantes, os que são escolhidos. Sei que V. Exª tem sido eleito inúmeras vezes, desde o tempo em que fomos colegas na Câmara dos Deputados, em função, sobretudo, do seu empenho, trabalho e dedicação. Considero que, para aquele que já é um Parlamentar, a melhor forma de se eleger é realizar um bom trabalho, estar aqui ativo, fazendo pronunciamentos, como fazem V. Exª, o Senador Mão Santa e o Senador Edison Lobão, cujos trabalhos podem os nossos eleitores apreciar. Tenho certeza de que tornarei inteiramente transparentes os meus gastos de campanha até 3 de outubro próximo. Disponho-me a ser candidato pelo Senado, se o PT assim confirmar, e farei questão, ainda mais desta vez, de que todo e qualquer dispêndio - mesmo que haja uma reforma eleitoral ou política em que só se permitam fundos públicos de campanha ou contribuição apenas de pessoa física ou de pessoa jurídica -, toda e qualquer contribuição seja contabilizada e tornada transparente em tempo real. Esse é o compromisso que assumo. Tenho convicção de que o melhor dispêndio de campanha é a energia com que aqui trabalhamos. Graças aos meios de comunicação e a estes instrumentos tão poderosos, que são a TV Senado e a Rádio Senado, hoje o nosso trabalho é acompanhado, quase cotidianamente, pela população. Percebo isso porque, ao andar pelas ruas de São Paulo, ao fazer palestras, as pessoas comentam que têm nos assistido e que, portanto, podem avaliar cada uma das nossas palavras. Com respeito às recomendações que V. Exª tem feito ao Governo do Presidente Lula, creio que é importante,...

(O Presidente faz soar a campainha.)

O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - ... sobretudo como falei ao Senador Mão Santa, que V. Exª possa transmiti-las ao novo Ministro Coordenador Político, Jaques Wagner, porque S. Exª, com a disposição de dialogar com a Oposição, considerou a possibilidade de transmitir pessoalmente as suas recomendações. Muito obrigado.

O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI) - Senador Eduardo Suplicy, em primeiro lugar, creio que, quando o PT quiser mostrar à Nação o seu arrependimento, o primeiro ato simbólico que deveria fazer era vir a público pedir perdão a V. Exª. Sou testemunha, assim como todos nós, do Senado, do vexame que alguns companheiros de V. Exª quiseram fazer V. Exª passar aqui, no plenário, porque V. Exª havia assumido a coragem de assinar a CPI dos Correios. Imagine o PT tendo impedido a instalação dessa CPI! Se tivesse conseguido, como é que estávamos hoje? Os escândalos vindo à tona, sem haver um instrumento próprio e político para a apuração?

            Creio que a primeira providência do PT para mostrar que mudou e que está arrependido, o primeiro mea-culpa, a primeira penitência é pedir perdão a V. Exª, que tem dado tanto a esse Partido. V. Exª tem empatia com o eleitor. Talvez, V. Exª seja um dos políticos brasileiros hoje com melhor relação pessoal, olho no olho, com o eleitor, e em uma cidade difícil, como São Paulo, e em todo o Estado é da mesma maneira. Portanto, na hora em que o PT fizer isso, Senador Lobão, começarei a achar que o PT está arrependimento sinceramente.

Senador Edison Lobão, quero encerrar as minhas palavras com muita alegria. Não gosto de falar sobre coisa ruim, desgraça atrás de desgraça. Sou um otimista.

Li, agora, que o Presidente Lula vai, no dia 2 de agosto, ao Piauí e que vai inaugurar, na cidade de Floriano, uma usina de biodiesel. Para isso, as providências estão sendo tomadas: estradas esburacadas há vários anos estão sendo recuperadas, estradas que estavam sendo destruídas estão sendo recuperadas.

Que Sua Excelência chegue a Floriano, terra de grandes ligações com V. Exª, e seja recebido por aquele povo hospitaleiro com a educação de costume. Mas que a sua viagem, desta vez, ao Piauí, tenha êxito. Não seja como aquela em que foi prometer acabar com a fome, com o Programa Fome Zero, e fizeram apenas um banquete no Hotel Rio Poty, em Teresina. Os que acreditaram no Fome Zero e que resolveram aguardar uma solução perderam peso, sem necessitar fazer como a Senadora Ideli, que passou pelo bisturi. Esses perderam quilos esperando o SPA do Lula, que até agora não chegou.

Os que esperaram os computadores baratos, Senador Suplicy, para acesso ao saber e adaptação com instrumentos modernos, estão aguardando. Anseiam por todas aquelas promessas feitas pelo Presidente da República, como alimentar durante três vezes por dia o brasileiro e dobrar os seus salários.

Espero que a viagem do Presidente ao Piauí, desta vez, seja motivo de anúncios firmes. E que o Presidente, que sempre foi bem recebido e acolhido nas terras piauienses, receba novamente esse tratamento, como Chefe de Nação, até porque a liturgia do poder manda e exige isso. Que pelo menos vá ao Piauí com propostas concretas.

É necessário outra coisa: o Governo Lula precisa pedir perdão ao Piauí por querer mandar para lá uma cadeia de segurança máxima para abrigar a bandidagem nacional. Que ele agora vá, que não leve flores, mas leve obras, e não sonhos, porque de sonhos os piauienses e os brasileiros estão cansados.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/07/2005 - Página 25871