Discurso no Senado Federal

Esclarece normas do Regimento sobre a indicação de membros para compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, destinada a apurar as denúncias de recebimento de quaisquer vantagens patrimoniais e/ou pecuniárias indevidas por membros do Congresso Nacional, com a finalidade de aprovar as matérias de interesse do Poder Executivo.

Autor
Aloizio Mercadante (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Aloizio Mercadante Oliva
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), MESADA.:
  • Esclarece normas do Regimento sobre a indicação de membros para compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, destinada a apurar as denúncias de recebimento de quaisquer vantagens patrimoniais e/ou pecuniárias indevidas por membros do Congresso Nacional, com a finalidade de aprovar as matérias de interesse do Poder Executivo.
Publicação
Publicação no DSF de 20/07/2005 - Página 24825
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), MESADA.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, NORMAS, REGIMENTO INTERNO, DETERMINAÇÃO, PRESIDENTE, RELATOR, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), RESPONSABILIDADE, PARTIDO POLITICO, SUPERIORIDADE, MEMBROS, CONGRESSO NACIONAL, COMENTARIO, AUSENCIA, ACORDO, CONGRESSISTA, DEFESA, UTILIZAÇÃO, VOTO, INDICAÇÃO, PARTICIPANTE, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO.

O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT - SP. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, serei muito breve. Primeiro, o respeito à Minoria sempre existiu nesta Casa e, de nossa parte, jamais foi questionado em qualquer Comissão ou em qualquer outro funcionamento. Mas nem o Regimento, nem a história do Parlamento estabelece que presidência ou relatoria seja um direito da Minoria. O que o Regimento diz é que cabe a presidência ao maior partido, e cabe a relatoria ao maior partido da outra Casa. É verdade que o Bloco tem indicações proporcionais aos Senadores do bloco. Mas V. Exª há de reconhecer que, desde o início desta Legislatura e da anterior, nós acordamos que presidência de comissão não seria definida por bloco. Tanto que o Presidente da Casa é do PMDB, Senador Renan Calheiros - o anterior também o era, o Senador José Sarney; a Presidência da CAE, que é a primeira indicação, é do PMDB; a segunda, do PFL; a terceira, do PT; a quarta, do PSDB. Sempre o fizemos por partido, por voto. Exatamente para evitar troca-troca à véspera de final de Legislatura, como ocorre em outras Casas para composição da Mesa ou comissão. Então, está respeitado. Por acordo ou entendimento, nós podemos chegar a qualquer solução. A minha preocupação fundamental é que seja um Presidente bastante equilibrado e que dê segurança aos trabalhos, e que seja um Relator que tenha uma excelente formação jurídica, para que não se cometa qualquer tipo de arbitrariedade ou açodamento nessa investigação. Alguém que tenha uma boa formação jurídica e que seja capaz de sustentar, no amparo da lei, da Constituição, do Código de Processo, do Regimento da Casa, o seu parecer. Eu acho que este é o espírito da Casa: o direito de defesa, o contraditório, apurar com rigor e profundidade, mas sempre com o amparo da lei. Eu acho que essa é a sugestão que nós queremos construir. Mas vamos sentar, vamos conversar e ver se conseguimos celebrar acordos. Se não, nós iremos a voto, como é democrático, e a Oposição disputou, bravamente, na CPI dos Correios. O voto é secreto. A vontade dos Senadores e dos Deputados é que vai estabelecer a Presidência da Comissão, como já aconteceu em outras Comissões.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/07/2005 - Página 24825