O SR. RIBAMAR FIQUENE (PMDB - MA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a manifestação de brasilidade que atende à inspiração maior da Pátria brasileira se evidencia com a verdadeira proclamação daquilo que se tem guardado com o maior anseio e com o melhor respeito.

Ouvi de V. Exª, Senador Mão Santa, como também do Senador Antonio Carlos Magalhães, os traços característicos da história brasileira, com duas faces marcantes, que é a do estudante e a do advogado.

O estudante é o primado eloqüente da Pátria e o advogado o defensor das glórias do Direito, efetivando a satisfação que todos têm na grandeza e no respeito, na efetividade, na consubstanciação de tudo que se possa evidenciar desse primado.

O estudante é um dos titulares da educação, porque a educação não poderá existir sem que o estudante exista. O outro titular é o professor. E não há como deixar de caminhar nas ruas do progresso se as condições de agilidade, de intenção e de vontade se aplicam aos pendores da educação. É da educação que provém o desenvolvimento, correndo na esteira da sabedoria e destacando-se a prioridade ingente de sustentar o ordenamento do equilíbrio social. A trajetória de outros países - é bom que se diga isso no Dia do Estudante, que é verdadeiramente o maior alicerce da inteligência brasileira - exemplifica as medidas fortes no campo educacional.

Destaca-se a Coréia do Sul. Em1960, ela era um país miserável e arrebentado por uma guerra civil que deixou um saldo de 1 milhão de mortos e a economia destroçada. A renda per capita coreana não passava de US$900.00 por ano - a metade da renda brasileira daquele tempo. O analfabetismo era 33% entre a população com mais de 15 anos de idade. De então para cá, no período de 40 anos, a Coréia transmudou-se em “Tigre Asiático”. A economia fervilha e a população usufrui de invejáveis bons indicadores da qualidade de vida. A renda per capita é mais que o dobro da renda dos brasileiros naquela época.

Segundo os analistas, é um exemplo de como o investimento maciço na educação pode ser a força motriz para o crescimento de um país. Seu sistema público de ensino básico projeta-se como um dos melhores do mundo e oferece oportunidades iguais a pobres e ricos.

O Brasil, nas últimas décadas, tem discutido muito sobre a questão da educação de todos os níveis. No âmbito do ensino fundamental, Presidente Mão Santa, há grandes avanços. No entanto, ainda perduram graves entraves no que se refere à qualidade do ensino e à qualificação e valorização dos professores.

A universalização do ensino fundamental, a demanda pelo ensino médio e o despertar da consciência da cidadania acordaram o enorme contingente de jovens brasileiros.

Nada melhor do que perceber que a destinação educacional transcende na proporcionalidade de sentimentos patrióticos.

A vivacidade de empreendimento traduz a verdadeira feição da solidariedade no campo educativo.

A visão permanente da causa educacional faz identificar que o sonho da juventude apressa a vontade da produção intelectual.

É melhor saber que os fatores prioritários acumulam a observância e a dedicação.

Faça-se o bem com a educação, e outras vertentes da grandeza nacional aparecem para desenvolver.

As concepções conservadoras são desprezadas diante de uma juventude que vê as coisas de outro modo. Os jovens se desenvolvem com suas próprias idéias, fazem suas opções e procuram os meios do triunfo.

Daí, com a efetiva tradução dos meios grandiosos, surge a causa para consubstanciar os interesses nacionais. Em todos os recantos da Pátria, há uma verdadeira ufania para que o povo brasileiro se intelectualize e faça dessa intelectualização o maior anseio, a maior agilidade e a grandeza absoluta para que, assim, se venha, embora um pouco de longe, imitar aquela antiga, perdida e hoje gloriosa Coréia do Sul.

O ProUni, sem dúvida, começou a desobstruir os canais de acesso dos estudantes de baixa renda à universidade. Desse modo, o ensino no Brasil evoluirá em abrangência e substância.

No meu Estado, o Maranhão, todas as faculdades privadas aderiram ao ProUni. Vislumbro nisso um despertar atencioso e solidário.

Só haverá o soerguimento idealizado quando a educação estiver colocada na evidência imprescindível do desenvolvimento nacional. O estudante vive no coração do Brasil e o advogado é o porta-voz da defesa nacional.

Muito obrigado.