Pronunciamento de Arthur Virgílio em 12/08/2005
Discurso durante a 133ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Nota de autoria de integrantes da equipe econômica por meio da qual foi desmarcada reunião com parlamentares para debater a política fiscal de longo prazo.
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
- Nota de autoria de integrantes da equipe econômica por meio da qual foi desmarcada reunião com parlamentares para debater a política fiscal de longo prazo.
- Publicação
- Publicação no DSF de 13/08/2005 - Página 27351
- Assunto
- Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
- Indexação
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- REPUDIO, ADIAMENTO, SEMINARIO, INSTITUTO DE PESQUISA ECONOMICA APLICADA (IPEA), PARTICIPAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), MINISTERIO DO ORÇAMENTO E GESTÃO (MOG), ALEGAÇÕES, NEGAÇÃO, DEBATE, SENADO, MOTIVO, APROVAÇÃO, VALOR, REAJUSTE, SALARIO MINIMO, PROTESTO, DESRESPEITO, LEGISLATIVO.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, estou aqui com uma nota estarrecedora, uma nota de adiamento do debate “Desafios do Desenvolvimento”, no qual se discutiria a qualidade da política fiscal de longo prazo - o debate seria realizado nesta quinta-feira, 11 de agosto, no Ministério do Planejamento.
O Ipea, que é do Governo, e o Pnud, que não é, pelos seus presidentes, respectivamente Glauco Arbix e Carlos Lopes, decidiram suspender um debate que teria a presença do Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo; do Ministro da Fazenda, Antônio Palocci; dos Senadores Aloizio Mercadante, Tasso Jereissati, do meu partido, e Rodolpho Tourinho, do PFL e do Bloco de Oposição; e do Deputado Delfim Netto. A alegação deles, no fundo - aqui está mal escrito, o português deles não é dos melhores -, basicamente, é a seguinte: como o Senado aprovou esse salário mínimo que por muitos é considerado absurdo - e houve razões políticas por trás disso, não vamos negar -, eles disseram que não tinham mais o que debater com o Senado.
Quero repudiar, em nome do Senado, porque isso é um atentado à soberania do Senado. Se não quiserem conversar com os Senadores, que não conversem. O Senado não faz a menor questão de conversar com autoridades que talvez nem mais detenham poder a essa altura dos acontecimentos. Agora, repudio, em nome do Senado - e sei que falo em nome de todos nós -, o Pnud e o Ipea imaginarem que podem interferir sobre o gesto soberano, intransferível do voto e da consciência do Senador que cada um de nós é, representando cada unidade federativa. Se não quiserem conversar, o Senado não faz a menor questão. O Senado aqui vota como quer, quando quer, do jeito que quer, de acordo com a sua consciência. Se erra ou acerta, aí estão os analistas políticos e econômicos para nos criticar. Isso é uma grosseria que repelimos. Sugiro que não se aceite mais convite do Ipea, nem do Pnud para discutir coisa alguma enquanto não pedirem desculpas formais ao Senado da República.