Discurso durante a 138ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem a maçonaria brasileira pela passagem do Dia do Maçom.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SOBERANIA NACIONAL.:
  • Homenagem a maçonaria brasileira pela passagem do Dia do Maçom.
Aparteantes
Paulo Octávio.
Publicação
Publicação no DSF de 20/08/2005 - Página 28429
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SOBERANIA NACIONAL.
Indexação
  • HOMENAGEM, MAÇONARIA, ELOGIO, IDEOLOGIA, COMENTARIO, OBRA INTELECTUAL, MEMBROS, ENTIDADE, DEFESA, SOBERANIA NACIONAL, REGIÃO AMAZONICA.

O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nobre Senador Mozarildo Cavalcanti; demais membros da Mesa, ilustres membros da Maçonaria brasileira, ilustres convidados, é motivo de grande satisfação participar desta solenidade em que comemoramos o Dia do Maçom, principalmente na quadra atual da história do Brasil, em que muitas são as dúvidas sobre os homens e as instituições que nos governam.

Hoje, mais que nunca, todos nós precisamos nos inspirar nos ideais cultivados pela Maçonaria, como Ordem Universal formada por homens de todas as raças, credos e nações, unidos por suas qualidades cívicas, morais e intelectuais com o objetivo de construir uma sociedade humana baseada no amor fraternal, na liberdade, na igualdade e na fraternidade.

Muito já se disse e muito já se escreveu sobre a Maçonaria, sua natureza, sobre seu papel na história, sobre maçons ilustres que tiveram participação decisiva em eventos importantes de nossa civilização.

Como homem da Amazônia, gostaria, nesta solenidade, de destacar um aspecto importantíssimo da atuação da Maçonaria que é a defesa da Amazônia, cada dia mais objeto da cobiça internacional. (Palmas.)

Não há dúvida de que a Amazônia é hoje vítima de todos os tipos de traficantes, que se aproveitam das nossas fragilidades e da enorme extensão das nossas fronteiras para realizar ações deletérias, ações criminosas e ações fraudulentas de contrabando, descaminho, tráfico de drogas, tráfico de pessoas, tráfico de animais, plantas e outros elementos de nossa rica biodiversidade.

A Amazônia possui 61% do território nacional, 10% da população brasileira e é uma das áreas mais desassistidas do nosso País. Comungamos nas mesmas preocupações das Lojas Maçônicas do Brasil com os objetivos das chamadas grandes potências mundiais, que procuram, por todos os meios, diretos ou indiretos, declarar a Amazônia “zona de interesse mundial”, conferindo ao Brasil apenas uma “soberania restrita” sobre a região.

Temos as mesmas preocupações das Lojas Maçônicas do Brasil em relação ao reaparelhamento das nossas Forças Armadas, para que possam cumprir de forma adequada suas atribuições constitucionais de garantir a soberania do País, manter a integridade de nosso território e assegurar as condições dignas de trabalho a todos os brasileiros.

Todas essas questões e todos os elementos relacionados com a problemática da defesa da Amazônia estão expostos, de forma muito clara e objetiva, numa das melhores obras já publicadas sobre a integridade da Amazônia e soberania do Brasil. Estou me referindo, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhores convidados, à obra denominada A Maçonaria pela Integridade da Amazônia em Defesa da Soberania do Brasil, de autoria do jurista e grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Waldemar Zveiter.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ilustres membros da Maçonaria brasileira, ilustres convidados, a avassaladora onda denominada globalização vem criando enormes dificuldades para os países emergentes, pois, a partir da aceitação de seus princípios e da aplicação de seus métodos e práticas, verificamos o aumento do poder econômico, do poder político e do poder militar das grandes potências.

Os países mais pobres encontram enormes dificuldades para melhorar suas condições sociais e econômicas nesse chamado mundo globalizado, pois os organismos financeiros e outras agências internacionais impõem cláusulas leoninas, as chamadas condicionalidades.

O Sr. Paulo Octávio (PFL - DF) - Senador Valdir Raupp, V. Exª me permite um aparte?

O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO) - Com muito prazer, nobre Senador Paulo Octávio.

O Sr. Paulo Octávio (PFL - DF) - Senador Valdir Raupp, cumprimento V. Exª pela preocupação constante com a Amazônia, manifestada no seu pronunciamento. Hoje é um dia muito importante, o Dia do Maçom. Mais uma vez, mais um ano, o Senador Mozarildo Cavalcanti convoca todos nós, o Senado Federal, e homenageia os maçons brasileiros. Quero aqui, na pessoa do Ministro José de Jesus, brasiliense, cumprimentar todos os maçons brasilienses. Hoje já chegamos a quase 15 mil. Estamos crescendo, felizmente. Quero deixar registrado ao Senador Alvaro Dias, que também fez um brilhante pronunciamento, que o trabalho que S. Exª vem desenvolvendo nas CPIs é muito importante. O Brasil passa por um momento de exigência da transparência, e esse trabalho que o Senado vem exercendo é muito importante. Por isso, neste Dia do Maçom, quero cumprimentar todos os senhores presentes, que vieram de vários Estados brasileiros, e dizer a todos que o Senado da República se sente muito feliz em tê-los aqui, ocupando as bancadas dos Senadores. E sintam-se efetivamente homenageados. Todos os anos, estaremos aqui ao lado do Senador Mozarildo Cavalcanti fazendo esta homenagem, uma homenagem justa a pessoas de bem que estão ajudando a construir um grande País. Parabéns a todos. Muito obrigado, Senador Valdir Raupp, pelo aparte. (Palmas.)

O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO) - Obrigado a V. Exª. Foi com muito prazer que ouvi o seu aparte.

O significado real e final dessas políticas, com a aplicação dessas condicionalidades, é a perda da soberania dos países mais pobres, que passam a ser monitorados pelo poder econômico e pelo poder político dos países mais desenvolvidos.

O doutor Waldemar Zveiter faz uma análise abrangente da questão amazônica, destacando a soberania nacional, o papel das Forças Armadas, a cobiça estrangeira em relação à Amazônia e as repetidas frases de personalidades estrangeiras com o objetivo de relativizar a soberania brasileira sobre a região.

Tenho plena convicção de que as preocupações de todos os maçons do Brasil são as nossas mesmas preocupações e que podem ser resumidas nas palavras contidas no título do livro citado: integridade da Amazônia e defesa da soberania do Brasil.

Tem sido essa a nossa luta no Senado da República e no Congresso Nacional. A luta por uma Amazônia realmente do Brasil, desenvolvida por brasileiros, para os brasileiros, com independência e com soberania.

Não tenho dúvida, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores e autoridades maçônicas, de que a Maçonaria, a exemplo de todo o mundo, em especial do Brasil, desde os primórdios do Império e da Proclamação da República, tem lutado sempre pelas grandes causas nacionais. E esta é mais uma causa de interesse da Nação por que a Maçonaria brasileira está lutando e vai lutar com todas as forças: a soberania da nossa querida Amazônia brasileira.

Deixo aqui meus cumprimentos a todos os maçons do Brasil, na certeza de que os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade serão sempre colocados a serviço dos interesses mais altos do País e da humanidade.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/08/2005 - Página 28429