Discurso durante a 156ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro do transcurso, hoje, do aniversário do ex-Presidente Juscelino Kubitschek. (como Líder)

Autor
Paulo Octávio (PFL - Partido da Frente Liberal/DF)
Nome completo: Paulo Octávio Alves Pereira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Registro do transcurso, hoje, do aniversário do ex-Presidente Juscelino Kubitschek. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 13/09/2005 - Página 30606
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE NASCIMENTO, JUSCELINO KUBITSCHEK, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, REGISTRO, BIOGRAFIA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, CONSTRUÇÃO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL.

O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL - DF. Pela Liderança do PFL. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em primeiro lugar, quero agradecer ao Senador Antonio Carlos Magalhães e ao Senador Arthur Virgílio o requerimento que foi consignado em mesa, prestando homenagens ao Presidente Juscelino.

Sobre esse assunto eu gostaria de tecer algumas considerações, até porque hoje é o dia de comemorarmos o nascimento do nosso saudoso e eterno Presidente Juscelino Kubitschek.

Nascido a 12 de setembro de 1902 na histórica cidade de Diamantina, em Minas Gerais, onde fez seus primeiros estudos, Juscelino Kubitschek de Oliveira era filho de uma família modesta: o pai, caixeiro viajante; a mãe, dedicada professora primária, que o criou desde a infância, após a morte prematura de seu pai.

Espírito inquieto e sonhador, Juscelino Kubitschek iniciou sua vida profissional como telegrafista, ocasião em que se formou, na Faculdade de Medicina de Minas Gerais, como médico, especializando-se em urologia na França logo em seguida. De volta ao Brasil, ingressou na Polícia Militar de Minas Gerais, onde alcançou o posto de Coronel-médico, participando, como defensor do Governo constituído, do combate à Revolução de 1932.

Em 1931, casa-se com D. Sarah Luiza Gomes de Lemos, idealizadora e patronesse das Pioneiras Sociais, trabalho social até hoje lembrado e reverenciado por todos. Imortalizou o fundador de Brasília ao construir-lhe um Memorial, ao lado do cruzeiro. Hoje, aliás, foi rezada lá missa em homenagem ao nascimento de JK, por sinal muito bonita.

Dotado de notável inteligência e de vasta cultura humanística, iniciou sua incomparável vida política em 1933, na Chefia de Gabinete do então Governador Benedito Valadares, em Minas Gerais.

Foi Deputado Federal em duas legislaturas, Senador, Prefeito de Belo Horizonte e Governador de Minas Gerais, época em que, com seu largo sentido de homem público, se afirma como administrador exemplar e político sagaz. O êxito de sua administração e a dinâmica repercutem em todos os recantos do País. Percebe-se, então, que havia chegado o momento de o menino humilde de Diamantina, conhecido por todos como Nono, lançar-se candidato à Suprema Magistratura do País para realizar seu acalentado sonho de transformar o Brasil numa respeitável Nação progressista.

Em reverência a essa história e à memória desse inigualável homem público, foi realizada, hoje, no cruzeiro onde foi celebrada a primeira missa de nossa cidade, uma homenagem em memória de JK. Foi celebrada pelo Arcebispo de Brasília, Dom João Brás Neves, com a presença da neta e presidente do Memorial JK, Anna Christina Kubitschek, do Governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, e sua esposa Srª Weslian Roriz, além de Secretários de Estado, Administradores regionais e de muitos outros pioneiros, aos quais homenageio na pessoa do nosso querido Ernesto Silva, que o Senador Antonio Carlos Magalhães tão bem conhece, que está prestes a comemorar 91 anos de vida, prestando enormes serviços ao nosso País.

Durante a cerimônia, recheada de emoções, o coral da Catedral Metropolitana de Brasília, regido pelo maestro Daniel Távora, fez a sua estréia, e 400 crianças da cidade de Ceilândia representaram o futuro da Capital de todos os brasileiros.

Foi um sonhador e um realizador. Ousava fazer e sabia fazer. E também, como todos os gênios, tinha o dom da previsão. Não fora essa virtude, não teria aceito o desafio de construir Brasília, sua meta-síntese, nem a teria profetizado na sua primeira viagem ao ermo do Planalto, a 02 de outubro de 1956, numa explosão de entusiasmo.

Com a visão de estadista, que pensa nas futuras gerações, e a paciência do político mineiro, chegou ao fim do Governo consagrado pelo povo.

Fico feliz, Srª Presidente, que Brasília e o Brasil, mais uma vez, reverenciam a memória e a obra de JK, político exemplo, cuja vida pública foi marcada pela tenacidade e pelo trabalho em favor de todo o povo brasileiro. Sua esperança num Brasil melhor é que deve pautar as ações de todos nós que abraçamos a vida pública, pois JK, em sua inteligência e enorme capacidade de antever o futuro, já vislumbrava para Brasília um futuro diferente e especial, traduzidos nesta frase de sua fala durante a missa campal ocorrida exatamente em 03 de maio de 1957: “Que Brasília se molde na conformidade dos altos desígnios do Eterno, que a Providência faça dessa cidade terrestre um reflexo da cidade de Deus; que ela cresça sob o signo da Caridade, da Justiça e da Fé.”

É o que todos nós desejamos no dia de hoje, ao comemorarmos os 103 anos de nascimento de JK, para Brasília e para o Brasil.

Que Deus abençoe esta cidade!

Que Deus abençoe o nosso País!

Muito obrigado, Srª Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/09/2005 - Página 30606