Discurso durante a 157ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Regozijo com a queda da criminalidade com armas de fogo no Estado da Paraíba. Reflexão sobre recente pesquisa que mostra que o excesso de burocracia no Brasil é maior que países como a Etiópia e Bangladesh. (como Líder)

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA. LEGISLAÇÃO COMERCIAL.:
  • Regozijo com a queda da criminalidade com armas de fogo no Estado da Paraíba. Reflexão sobre recente pesquisa que mostra que o excesso de burocracia no Brasil é maior que países como a Etiópia e Bangladesh. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 14/09/2005 - Página 30763
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA. LEGISLAÇÃO COMERCIAL.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, DADOS, REDUÇÃO, CRIME, ARMA DE FOGO, ESTADO DA PARAIBA (PB), EFEITO, CAMPANHA, DESARMAMENTO.
  • COMENTARIO, DADOS, PESQUISA, AMBITO INTERNACIONAL, BUROCRACIA, ABERTURA, EMPRESA, LEGISLAÇÃO COMERCIAL, COMPARAÇÃO, BRASIL, MUNDO, PREJUIZO, ECONOMIA NACIONAL, NECESSIDADE, REFORMULAÇÃO.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, dois assuntos me trazem à tribuna. O primeiro refere-se ao meu Estado, à minha área. Queria dizer a todos os Senadores e, através da TV Senado, ao Brasil, da minha alegria de ver que, na Paraíba, os crimes por arma de fogo caíram 14,2% em relação ao ano passado. E a nossa alegria maior é vermos que Estados da Região cresceram até, contrariando a média nacional, que foi de 8%. Isso mostra que, na Paraíba, a entrega de armas, a consciência do problema de não usar armas de fogo realmente está funcionando, tanto é que, enquanto a média nacional foi de 8%, nós caímos 14,2%, mesmo havendo na Região alguns Estados que não se comportaram dessa forma. Um Estado vizinho teve 9% de crescimento, ainda um pouco fora do contexto.

O segundo assunto que me traz hoje aqui - enquanto o primeiro era de alegria pelos dados relativos ao meu Estado - é de tristeza por ver, Sr. Presidente, que no Brasil a burocracia ganha apenas da Etiópia e de Bangladesh. Uma pesquisa internacional mostra que - isso ontem estava sendo estampado nas tevês, nos jornais - aqui são necessários 152 dias para se conseguir uma licença para se operar uma empresa, enquanto se consegue em 12 dias no país mais ágil, que é a Nova Zelândia.

A burocracia tem custado muito ao Brasil, em termos de empregos, de economia, de custos, enfim, é uma chaga que precisamos combater. V. Exª, Senador Roberto Saturnino, como economista, como homem que fez carreira no BNDES e conhece a economia brasileira, sabe que esse item pesa no Custo Brasil. Já ocupei esta tribuna inúmeras vezes para falar da burocracia, mostrando que fizemos cíclicas reformas, mas que é preciso fazê-las de quando em quando. É como o metabolismo do ser humano: há poucos dias, eu estava bem mais magro; viajei e já voltei mais gordo. Tenho que fazer regime de novo. E é assim, porque a burocracia dá poder a quem está no cargo; e, quanto mais entraves, mais poder essa pessoa tem. Então, é preciso que o Governo esteja combatendo isso ciclicamente.

Fiquei muito triste ao lembrar que, ano passado, nós brigávamos, lutávamos para que a criação de empresas fosse mais ágil. E este ano, a exemplo do que acabei de falar da viagem, estamos mais burocratizados do que nunca e precisamos voltar ao combate.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/09/2005 - Página 30763