O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, meu caro Senador Mão Santa, faço um registro aqui que, tenho certeza, também o farei em seu nome. Quero registrar, com o mais profundo pesar, o falecimento, nesse final de semana, na cidade de Piripiri, no Estado do Piauí, do ex-Prefeito de Domingos Mourão, Aluiz Viana, que foi assassinado barbaramente, com oito tiros, quando saía de uma serenata em um bar daquela localidade.

V. Exª, como eu, conhecíamos demais o ex-Prefeito de Domingos Mourão, que governou aquele Município por duas vezes. Sem entrar no mérito, até porque quem está à frente do caso é a Polícia Militar e a Polícia Civil do Piauí, Senador Mão Santa, quero lançar aqui o meu protesto: tem sido uma constante no nosso Estado, infelizmente, eliminarem-se vidas de prefeitos e também de ex-prefeitos.

O caso a que me refiro hoje está sendo investigado.

Vim de Piripiri, onde participei do velório e fiz visita à família de Aluiz, com a segurança de que, nesse caso, teremos uma solução rápida. Encontrei-me com o Coronel Prado, que é um militar respeitado, homem com muita sensibilidade em elucidação de crimes dessa natureza, e ele me disse que as medidas estavam sendo tomadas, que já tinha várias pistas e esperava que, nas próximas horas, os fatos fossem esclarecidos.

Agora mesmo, passei a vista em um jornal local que circulará amanhã e que já está com a matéria no seu site, que diz que alguns suspeitos já foram transferidos para Teresina.

Senador Mão Santa, no exato momento em que estamos empenhados em ter uma posição com relação a essa campanha do desarmamento, é inadmissível que crimes como esse aconteçam, tirando vidas. Estive na casa do Prefeito e vi a esposa, filhos, amigos e irmãos, inconsoláveis. Nada justifica se tirar a vida de um cidadão, por mais discordância e divergência que haja. Espero que encontremos o mais rápido possível os culpados e que tenhamos no Piauí, Senador Mão Santa, uma trégua com relação a crimes dessa natureza. Afinal de contas, existe a Justiça para as demandas de qualquer natureza contra os adversários.

Não estou lançando aqui nenhuma acusação, nenhuma dúvida contra quem quer que seja, até porque, no Município de Domingos Mourão - e nisso eu tive a compreensão do próprio Aluiz -, na campanha de 1982, fui votado pelos dois lados. O lado que lhe faz oposição, eu conheço, não é composto de pessoas com capacidade para esse tipo de vingança, esse tipo de comportamento. E quero fazer justiça: em todo o tempo em que estive por lá, em nenhuma ocasião se lançou suspeita contra os adversários políticos com quem ele travou embate nas eleições de 2002.

Daí por que, em nome da nossa Bancada - apesar de o Senador Alberto Silva não estar aqui, tenho certeza de que também se solidariza -, quero enviar os nossos votos de pesar, já apresentados pessoalmente, também em nome dos piauienses que representamos nesta Casa, à família do Aluiz Viana, aos seus correligionários, aos seus admiradores, ao povo de Domingos Mourão e ao povo de Piripiri, onde ele tinha residência fixa, e pedir a Deus que faça com que se dê, no Estado, um basta nesse tipo de prática, que não resolve de maneira nenhuma pendengas ou questões dessa natureza.

Faço aqui este registro na confiança de que a Polícia Civil e a Polícia Militar do Piauí encontrarão os culpados para puni-los de maneira exemplar, coibindo de uma vez por todas essa prática, que já se torna tão comum, infelizmente, em nosso Estado.

Muito obrigado.